Avenged Sevenfold: um ranking do pior ao melhor disco

Com diversas mudanças de estilo e de formação, o Avenged Sevenfold assumiu diversas caras na sua carreira. Veja nosso ranking do pior ao melhor disco!

Avenged Sevenfold em 2016
Foto via Wikimedia Commons

Já com mais de 20 anos de carreira, o Avenged Sevenfold é uma daquelas bandas que teve diversas fases e sempre deixa dúvidas sobre o que vai trazer em seus próximos trabalhos.

Não é pra menos: foram diversas mudanças de estilo, como por exemplo a transição dos vocais de M. Shadows entre uma abordagem com mais gritos e mais próxima do Hardcore para o estilo mais melódico e é claro que houve uma grande adaptação quando o talentosíssimo The Rev nos deixou de forma precoce.

Por isso, é tarefa difícil elencar os melhores trabalhos da banda. A depender do estilo de preferência, talvez o pior disco para um seja o melhor para outro; ainda assim, resolvemos assumir essa missão e tentar analisar e ranquear de maneira objetiva os sete trabalhos de estúdio do quinteto californiano.

Confira a seguir!

Sounding the Seventh Trumpet (2001)

Quem conhecesse o A7X lá em 2001 provavelmente não se empolgaria tanto assim com a banda, que exibia uma espécie de protótipo de Metalcore quando o gênero ainda era praticamente inexistente. Entre os poucos brilhos do álbum, no entanto, “Darkness Surrounding” se destacava ao dar o tom para o que viria no futuro, assim como a bela e sincera “Warmness on the Soul” e a épica introdução “To End the Rapture”.

Hail to the King (2013)

Hail to the King é um retrato de uma banda que ainda tentava se encontrar depois do falecimento de The Rev, e alterna entre momentos bem bons e outros pouquíssimo inspirados, que parecem mais uma banda cover de clássicos do Rock. O primeiro caso engloba a faixa-título, por exemplo, e também a excelente “Coming Home”; já outras como “Shepherd of Fire” e “This Means War” estão entre as mais genéricas que o A7X já fez.

The Stage (2016)

O Avenged Sevenfold (quase) sempre flertou com o Prog em seus trabalhos, mas em The Stage a banda simplesmente abraçou completamente o estilo. Não é como se o álbum fosse ruim; aliás, nenhum dos já citados é. Acontece que, ao entrar de cabeça nesse gênero, o grupo deixou de lado algumas de suas principais características que os destacavam dos demais e acabou soando apenas como “mais uma” em meio a tantas outras (mais experientes e mais conhecidas) do Prog Metal.

Nightmare (2010)

Por tudo que a banda viveu naquele momento, Nightmare pode ser considerado uma baita vitória. São pouquíssimas canções que não chamam atenção no trabalho, que já abre com um dos maiores sucessos da banda na faixa-título. O disco traz ainda a emocionante “So Far Away”, talvez a música mais cheia de sentimentos do A7X, algumas pancadas como “Natural Born Killer” e “God Hates Us” e as épicas “Save Me” e “Fiction”, esta última contendo as últimas linhas vocais gravadas por The Rev.

Waking the Fallen (2003)

Waking the Fallen é um prato cheio para qualquer fã de Hardcore ao trazer uma perspectiva fresca ao gênero, além de ter aberto caminho para o que viria a ser a cena Metalcore nos anos seguintes. O disco vem recheado com algumas das músicas mais viscerais do grupo, um atestado à crueza e verdade que o som do Avenged trazia na época.

Além do hit “Unholy Confessions”, é possível destacar a longa e épica “Second Heartbeat” e a extrema vulnerabilidade que aparece na dupla “I Won’t See You Tonight”, dividida em duas partes que se complementam.

Avenged Sevenfold (2007)

O disco homônimo do Avenged Sevenfold é uma coleção de hinos. Seja com os solos inacreditáveis de Synyster Gates em “Afterlife” ou com a dualidade de vozes incrível entre Shadows e Rev em faixas como “Critical Acclaim” e “A Little Piece of Heaven”, aclamada por muitos como a obra prima do saudoso baterista, a banda exibe o que para muitos é até hoje a sua melhor forma: segura, criativa e confiante.

Avenged Sevenfold via um grupo de músicos que surfava com força em seu auge, expandindo ainda mais sua experimentação e sonoridade e se consolidando como o grande nome do Heavy Metal moderno antes das infelizes situações que se dariam nos anos seguintes.

City of Evil (2005)

É praticamente incontestável que City of Evil é o melhor disco do Avenged. Marcando a transição dos caras entre o som Hardcore/Metalcore dos álbuns anteriores e uma nova fase mais influenciada pelo Hard Rock, o trabalho traz uma sonoridade literalmente única — nem mesmo o próximo A7X conseguiu replicá-la até hoje.

Isso fica claro em canções como “Trashed and Scattered” e “Blinded in Chains”, verdadeiros híbridos entre as duas principais fases do grupo até hoje. Mais ainda, desde os hinos “Bat Country” e “Beast and the Harlot” até as músicas mais obscuras como “Sidewinder” e “The Wicked End”, City of Evil é um passeio por uma banda atingindo seu ápice e se mostrando pronta para dominar o planeta.

O Avenged Sevenfold ainda deve ter uma trajetória muito duradoura pela frente, mas será difícil superar o impacto, a importância e a qualidade do álbum de 2005 que marcou uma geração e se eternizou como um clássico.