Barrie-James é um cantor e compositor escocês que explora a psicodelia, o blues e o rock alternativo em canções reflexivas. Ele ganhou reconhecimento como um escritor prolífico com créditos em faixas como “Brooklyn Baby” e “Black Beauty” de Lana Del Rey.
Seu álbum de estreia, Cold Coffee, foi gravado em Los Angeles, onde Barrie residiu por alguns anos. Agora, Barrie-James retorna ao seu país natal e lança seu segundo álbum Psychedelic Soup.
O disco é uma viagem interna experimental que cai como uma luva para os momentos de introspecção na quarentena. Conversamos com o artista sobre o momento atual de sua carreira e seu processo criativo.
TMDQA!: Antes de tudo, como tá a quarentena?
Barrie-James: Estou fumando um e ouvindo musica na maior parte do tempo esses dias. (Risos) Tentando me manter otimista no meio de tudo. Sou um daqueles que acha que vamos ser obrigados a sair mais fortes disso.
TMDQA!: Uma das coisas que acho legal na sua música é o quão soa como parte de um sonho. Isso é algo que eu gostei no novo álbum Psychedelic Soup. Como foi o processo criativo do álbum?
Barrie-James: Adorei isso de parecer um sonho. O disco foi complexo. Foi um processo bem longo entre escrever, produzir e refinar Tudo. Foi um processo longo entre um surto e outro nos últimos anos (risos) Teve um momento que cheguei a duvidar que acabaria, mas acho que é por isso que esse disco está soando tão especial pra mim.
TMDQA!: Como é fazer música psicodélica quando parece que tudo está … meio que psicodélico e louco o tempo todo?
Barrie-James: (Risos) É libertador. E natural. Eu gosto dessa palavra… psicodélico, da ideia de experimentos que ela induz. O nome do disco é esse para trazer essa sensação de uma soma de coisas diferentes. De uma mistura.
TMDQA!: Escrever músicas é uma maneira de manter sua mente bem nesses tempos sombrios?
Barrie-James: Sim, definitivamente. Ainda mais agora que já tenho um tempo de estrada. Uma coisa que aprendi com os anos é que é um processo, você vai aos poucos evoluindo, entendendo como se expressar. Sinto que fui melhorando o modo de me comunicar. Hoje consigo compor algo que ressoa dentro de mim, sabe?
TMDQA!: Como compositor, como você decide qual música é pra você e qual vai para outro artista?
Barrie-James: Isso é difícil. Acho que vem de quem colabora com você. Eu já escrevo muitas pensando em outros artistas. E tem umas aqui que sinto que não são pra mim mas ainda estão guardadas por aqui. Vai que algo muda no futuro… (risos) Tento colocar no meu trabalho algo que eu sinta naquele momento, mesmo que não case como estética ou tema.