Cultura

Andrea Bocelli minimiza mortes por COVID-19 e critica a quarentena

O músico italiano Andrea Bocelli diz que se sentiu humilhado com a ação do governo para tentar conter a transmissão do novo coronavírus.

Andrea Bocelli na Itália, 2019
Foto de Andrea Bocelli via Shutterstock

O cantor Andrea Bocelli fez afirmações polêmicas e surpreendentes sobre a pandemia do novo coronavírus nesta segunda-feira, dia 27, durante uma conferência com líderes de extrema-direita.

Segundo o artista, as medidas do governo italiano para combater a transmissão da COVID-19, o fizeram se sentir humilhado. Ele ainda minimizou as mais de 35 mil mortes no país por conta da doença.

Andrea Bocelli, hoje com 61 anos, afirmou no vídeo que não cumpriu as recomendações de lockdown impostas pelas autoridades, pois não acha saudável ou certo ter que ficar em casa com sua idade.

Eu me senti humilhado e ofendido. Eu não podia deixar minha casa mesmo não cometendo nenhum crime.

Andrea Bocelli

O tenor italiano ainda colocou em xeque as informações das organizações de saúde e da imprensa afirmando que a situação não pode ter sido tão grave assim, já que ele não conhece ninguém que precisou de tratamento intensivo para se curar de COVID-19.

Matteo Salvini, líder do Liga, partido de extrema direita italiano, era uma das outras pessoas que estavam participando da conferência.

As falas de Andrea Bocelli surpreendem, já que em abril deste ano o cantor se apresentou sozinho na Catedral de Milão no domingo de Páscoa, e passou uma mensagem de esperança aos italianos.

O lockdown por lá começou na primeira quinzena de março e seguiu por três meses, sendo liberado aos poucos conforme os avanços na contenção do vírus. A Itália foi um dos países que mais sofreu com o novo coronavírus no início de 2020.