Os 60 melhores discos internacionais de 2020 (até agora)

Estes 60 discos internacionais nos ajudaram a passar pelos primeiros sete meses neste estranho e complicado ano de 2020. Conheça, relembre e opine!

Melhores discos internacionais 2020 até agora

Há algum tempo, nas listas que preparamos para exaltar os grandes discos do ano aqui no TMDQA!, falamos sobre como a música tem nos ajudado a superar períodos difíceis.

Infelizmente tudo isso parece minúsculo perto às dificuldades que 2020 tem proposto, mas novamente a música tem sido nossa aliada — diríamos até que mais do que nunca. Não tivemos descanso nos conflitos sociais e políticos e é claro que tudo se agravou demais com a pandemia do Coronavírus.

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Ainda assim, os sete primeiros meses já ficaram pra trás e com ele tivemos um respiro de esperança graças a alguns dos melhores discos dos últimos tempos.

Como já passamos da metade do ano há algum tempo, selecionamos 60 títulos ao invés dos tradicionais 50.

O início dessa nova década pode estar sendo um desafio enorme, mas ao mesmo tempo nos mostra muita promessa dentro da indústria musical. É nosso dever — e direito, claro! — celebrar isso.

Assim seguimos, e a lista completa está logo abaixo em ordem alfabética!

Em tempo, siga a playlist oficial do TMDQA! para sempre ir ficando ligado em todas essas novidades à medida que elas são lançadas!

Por Tony Aiex e Felipe Ernani

Alanis Morissette – Such Pretty Forks in the Road

Depois de 8 anos, Alanis Morissette voltou e foi com tudo. O ótimo single “Reasons I Drink” serve como cartão de visitas para o Pop Rock poderoso que aparece em Such Pretty Forks in the Road, um reencontro positivo de Alanis consigo mesma.

É sempre bom ressaltar que ela também conseguiu aproveitar muito bem o fator nostalgia e o fato de, por exemplo, ter restaurado para 4K o clipe de “Ironic” para divulgar o trabalho que, em canções como “Ablaze”, remete às suas melhores fases.

Arca – KiCk i

Conhecida por seu trabalho como produtora com nomes como Frank OceanKanye WestArca deu um passo gigante em sua carreira solo com o ótimo KiCk i, que explora com maestria a alta da chamada “PC Music” nos últimos tempos.

O lado experimental e a latinidade da venezuelana se encontram com força no disco, liderado pelos singles “KLK” e “Mequetrefe”.

Beach Bunny – Honeymoon

O Indie Pop do Beach Bunny é tão bem feito que faz o disco de estreia soar como um trabalho de uma banda experiente, ao mesmo tempo que renova os ares da cena que atualmente se vê um pouco saturada.

“Dream Boy”, “Colorblind” e “April” são apenas alguns exemplos das melhores canções do trabalho, que tem aquela capacidade incrível de te transportar para um lugar feliz imediatamente. Não dá para deixá-lo de lado!

Bob Dylan – Rough and Rowdy Ways

Sincero, aberto e épico. Essas três palavras descrevem com perfeição o ótimo Rough and Rowdy Ways, que marca o retorno oficial de Bob Dylan às músicas autorais depois de 8 anos, uma das poucas ótimas surpresas de 2020 até agora.

Desde as emocionantes “I Contain Multitudes” e “Murder Most Foul” até as ótimas e fortemente influenciadas pelo Blues “False Prophet” e “Crossing the Rubicon”, o disco é um passeio por novos lados de Dylan que agradam bastante.

Car Seat Headrest – Making a Door Less Open

Em seu quarto disco de estúdio pela influente gravadora Matador, Will Toledo consolida o papel de queridinho da cena e consegue estourar bolhas, indo do indie até a música eletrônica e conquistando todo mundo no processo.

Caribou – Suddenly

O músico canadense Dan Snaith ataca em diversas frentes e parece que com o Caribou é onde acerta com mais frequência.

Suddenly é uma viagem deliciosa pelo pop e pela música eletrônica, e tem como característica marcante o fato de que agrada, ao mesmo tempo, fãs mais exigentes e que gostam de seu lado experimental e o público em geral. É um dom de poucos.

Charli XCX – how i’m feeling now

Charli XCX é outra artista que é pioneira da “PC Music” e tem aproveitado o bom momento do gênero para explorar ainda mais esse lado de seu som, que constantemente transita entre ele e o Pop mais convencional.

“forever” entra facilmente na lista de melhores canções dela até agora, e outras faixas como “claws” e “enemy” também foram abraçadas fortemente pelos fãs e consagraram o trabalho de quarentena de Charli.

Circa Waves – Sad Happy

Depois do enorme sucesso de What’s It Like Over There? (2019), a expectativa em torno do Circa Waves era alta.

Tudo foi atendido em Sad Happy, que vê o Indie Rock do quarteto chegando mais dançante do que nunca e faz jus ao título — é simultaneamente um trabalho triste e feliz, muito bem exemplificado por canções como “Battered & Bruised” e “Move to San Francisco”.

Code Orange – Underneath

O futuro do Metal está em excelentes mãos, e até grandes nomes atuais do gênero como Corey Taylor reconhecem que o Code Orange tem tudo para liderar a nova leva de bandas da música pesada.

Com Underneath, os caras entregam uma verdadeira pedrada do começo ao fim além de mostrar muito senso estético e a capacidade de transformar o caos sonoro em uma experiência não apenas curiosa, mas agradável para quem curte o gênero.

Dogleg – Melee

Melee é o disco de estreia da banda norte-americana Dogleg, que faz a clássica mistura de Indie e Punk Rock que, quando bem executada, gera verdadeiras pérolas.

O álbum é um desses casos e, com boas doses de post-hardcore, uma baita pedida para quem gosta de todos os elementos desse caldeirão.

Dua Lipa – Future Nostalgia

Ainda em 2019, o single “Don’t Start Now” mostrou que Dua Lipa viria em uma direção diferente em seu próximo álbum. O que muitos não previam é que a influência disco seria aplicada tão bem quanto foi em Future Nostalgia, sem dúvida um candidato a álbum do ano.

Com singles poderosos como “Break My Heart” e “Physical”, a cantora se estabelece como uma das grandes vozes do Pop da nova geração e mostra que sua musicalidade é realmente incontestável.

Fiona Apple – Fetch the Bolt Cutters

Fetch The Bolt Cutters é sério candidato a álbum do ano, sem dúvidas.

Ainda não dá pra cravar com certeza, até porque em tempos incertos alguém pode aparecer com outra obra magnífica, mas dá pra afirmar sem medo de errar que o Top 3 da imensa maioria das listas por aí, incluindo a nossa, terá Fiona Apple.

Tudo isso porque a mistura certeira de assuntos extremamente confessionais com muitos elementos percussivos, letras impecáveis e até os cães de estimação de Fiona Apple faz do álbum um dos pontos mais altos do difícil ano de 2020.

Fontaines D.C. – A Hero’s Death

Depois de uma estreia espetacular com Dogrel em 2019, muitos estavam de olho no que viria a seguir para o Fontaines D.C., que corria o risco de entrar em um ciclo de repetição.

Foi exatamente o oposto disso que aconteceu, e a banda renova suas influências em A Hero’s Death, se distancia do termo “Post-Punk Revival” e mostra que chegou para ficar ao abraçar diversas novas direções que devem ser ainda mais exploradas daqui pra frente.

Frail Hands – parted/depart/apart

10 canções em 19 minutos.

É assim que a banda Frail Hands apresenta seu novo disco de estúdio, envolto por uma belíssima arte de capa, pedradas sônicas tão belas quanto pesadas e afiadíssimas como um lembrete urgente de que a arte é lugar para transparecermos as nossas sensações.

“Intenso” define.

Frances Quinlan – Likewise

Frances Quinlan é a líder da banda de rock alternativo Hop Along e em 2020 decidiu lançar um disco em formato solo.

Deu certo demais e o resultado é uma coleção de faixas autorais belíssimas onde a artista deixa seu talento à mostra pra todo mundo ouvir e ainda celebra uma canção da sua própria banda (“Rare Thing”) além de encerrar Likewise com uma cover impecável de “Carry The Zero”, clássico do Built To Spill que foi completamente reimaginado.

Grimes – Miss Anthropocene

Grimes foi notícia nesse ano por muito mais do que apenas a sua música, mas em meio a todas as curiosidades de sua vida que chegaram à imprensa, o disco Miss Anthropocene também fez bastante barulho e veio cheio de conceito.

Mostrando uma nova abordagem musical, o trabalho se apoia no sucesso de singles excelentes como “Violence” e “Darkseid” para criar uma trilha sonora que certamente vai embalar muitas festas após a pandemia.

HAIM – Women in Music, Pt. III

Se até então faltava alguma coisa no som das HAIM para te convencer que o trio de irmãs é um dos mais talentosos e capazes da nova geração, Women in Music, Pt. III surgiu para tirar qualquer resquício de dúvida.

Passeando por diversas influências desde o Folk até o Jazz, as garotas incorporam novos elementos às suas canções e estão mais conceituais do que nunca no ótimo álbum que ajuda os quarentenados a se transportarem para tempos mais simples e lugares mais agradáveis.

Halsey – Manic

Com mais de 1 bilhão de reproduções só no single “Without Me”, Halsey mostra que chegou a um novo patamar no excelente Manic.

O álbum é um hinário do Pop, passando por diversos de seus talentos desde a pegada mais eletrônica até a abordagem mais próxima do Rock que vemos em “3AM” e consolidando a artista como um dos maiores nomes para o futuro da música no mainstream.

Hayley Williams – Petals for Armor

Quando Hayley Williams anunciou seu projeto, ninguém sabia muito bem o que esperar. E ela surpreendeu indo em uma direção absolutamente nova, abraçando e traduzindo aos tempos modernos o Art Rock que anda um pouco sumido no mainstream.

Petals for Armor é uma declaração de Hayley, mas ao mesmo tempo é uma afirmação de seu nome para o hall de grandes artistas deste século. Não fosse por Fiona Apple, é bem provável que seria o disco do ano.

Hum – Inlet

De surpresa e após 22 anos sem um disco, o Hum voltou com tudo e recontextualizou a sua sonoridade dos anos 90 com maestria no excelente Inlet.

Enquanto faixas como “Step into You” remetem ao trabalho passado da banda, outras como “Waves” e “Desert Rambler” mostram as novas influências que se somaram à musicalidade dos caras nos últimos tempos e recolocam o Hum no radar de vez.

J Hus – Big Conspiracy

J Hus é um jovem rapper britânico que tem sido muito elogiado e também creditado como pioneiro do gênero afroswing, que mistura elementos de afrobeats, dancehall, trap, hip hop e R&B.

Big Conspiracy é o seu segundo disco de estúdio e conta com participações de nomes como Burna Boy, Koffee e mais.

Jeff Rosenstock – No Dream

Jeff Rosenstock é um verdadeiro mestre em retratar as emoções sentidas por jovens e não-tão-jovens que estão em seus trinta e poucos anos.

Ele sempre fez isso muito bem desde os tempos de Bomb The Music Industry! e agora, em carreira solo, tornou-se uma espécie de embaixador dos tempos atuais na música independente, sendo aclamado por veículos como a Pitchfork a cada novo álbum que lança.

No Dream, como o nome deixa bem claro, é um reflexo dos tempos em que vivemos e as dificuldades de os superarmos.

Jehnny Beth – TO LOVE IS TO LIVE

Deixando um pouco de lado as raízes Punk que exibiu por muito tempo no Savages, a incrível Jehnny Beth traz uma sonoridade bem mais conceitual no ótimo TO LOVE IS TO LIVE.

Esse nova faceta é algo que ela certamente deve explorar mais daqui pra frente, e o trabalho é realmente daqueles que temos que ouvir e admirar como uma verdadeira obra de arte.

Jessie Ware – What’s Your Pleasure?

What’s Your Pleasure? é o quarto disco de estúdio da cantora, compositora e instrumentista Jessie Ware.

Aqui, ela recrutou o amigo James Ford (Simian Mobile Disco, Arctic Monkeys, Foals, Gorillaz) para escrever as canções e trabalhar na produção de todas elas, sendo que a dupla trouxe outros nomes importantes para embarcar no processo.

O resultado é um conjunto de faixas que aborda a música eletrônica e “dançante” de forma muito refinada e interessante.

JJ Wilde – Ruthless

JJ Wilde é uma cantora que apareceu para o mundo com o single “The Rush” e agora nos presenteou com seu disco de estreia.

Ruthless é uma mistura certeira de Rock And Roll com sentimentos bastante pessoais e irá agradar bastante fãs do gênero que anda tão batido, principalmente por suas claras referências a estilos como o Blues.

Juice WRLD – Legends Never Die

Legends Never Die é a prova concreta de que o mundo perdeu um de seus jovens mais cheios de potencial musical quando Juice WRLD nos deixou de forma extremamente precoce.

O rapper tinha tudo para fazer a ponte entre diversos gêneros — inclusive o Rock e o Rap — e o álbum póstumo é uma forma de transformar isso em realidade mesmo sem a presença dele por aqui.

Kehlani – It Was Good Until It Wasn’t

Em seu segundo disco de estúdio, a talentosa Kehlani conta com participações que vão de James Blake até Masego para mostrar uma visão muito interessante e moderna do que ela entende como R&B.

Lady Gaga – Chromatica

Lenda do Pop, Lady Gaga não precisava de nenhuma ajuda propriamente dita para o seu próximo álbum. Ainda assim, se juntou a uma série de nomes incríveis como Ariana GrandeElton John BLACKPINK para lançar o verdadeiro hinário que é Chromatica.

Realmente uma pena que a pandemia nos impediu de curti-lo em festas ao redor do mundo, mas nunca é tarde demais. Vamos aguardar!

Låpsley – Through Water

Depois de um sucesso meteórico com Long Way Home em 2016, Låpsley resolveu provar que sua carreira não iria se resumir a “músicas de festa” e veio cheia de conceito no excelente Through Water.

A influência de nomes como Radiohead é clara, e o disco definitivamente a coloca no radar não apenas como potencial sucesso Pop mas como uma das grandes artistas dessa nova geração, capaz de conciliar o experimental e o radiofônico.

Laura Marling – Song for Our Daughter

O sétimo disco de estúdio de Laura Marling é uma espécie de “confessionário” onde a aclamada artista encontrou um espaço para falar de coisas que carregava há muito tempo.

Para isso, criou uma filha fictícia e compôs as canções como se elas fossem parte de um conjunto de mensagens a serem enviadas para ela.

Lianne La Havas – Lianne La Havas

Já consolidada como uma das grandes vozes da nova geração, Lianne La Havas tomou para si o rumo de sua carreira e entregou em seu disco homônimo um álbum conceitual que passeia por vários estágios de um relacionamento.

Com forte influência de nomes como Milton Nascimento Jaco Pastorius e incluindo até cover de Radiohead (“Weird Fishes”), o trabalho é um dos mais ecléticos e impressionantes de 2020 sem a menor dúvida.

Loathe – I Let It In and It Took Everything

Atualmente, é muito difícil encontrar uma banda que traga algo novo à música pesada. Por isso a surpresa quando ouvimos I Let It In and It Took Everything, o novo e excelente álbum do Loathe que mostra uma mistura de gêneros que é melhor comparada ao que fez e faz o Deftones.

Ainda assim, a agressividade e groove da banda são ímpares e o álbum é o grande garimpo da cena pesada de 2020 até agora.

Mac Miller – Circles

Circles é um disco póstumo mas raramente soa como tal.

Lançado com muito carinho e cuidado pelos responsáveis pela obra do saudoso Mac Miller, o álbum tem frescor e, claro, nostalgia, e prende o ouvinte do início ao fim como se naqueles minutos todos fôssemos transportados a um mundo onde o rapper ainda está entre nós e podemos conversar com ele sobre as loucuras desse mundo.

É um dos melhores do ano, com certeza.

My Morning Jacket – The Waterfall II

Cinco anos depois do aclamado The Waterfall, a banda liderada por Jim James nos presenteou de surpresa com a sua segunda parte.

Belíssima, a obra consiste em gravações de 2013 que fizeram parte do processo de criação do álbum original, e mesmo com a sua “reciclagem”, ainda nos apresenta para uma banda que nos impacta a cada nota.

Owen – The Avalanche

Desde a reunião do American Football, o projeto solo de Mike Kinsella estava um pouco deixado de lado. Mas The Avalanche é um retorno triunfal para o Owen, que mostra tudo aquilo que o cara faz tão bem em uma de suas melhores formas até agora.

Emocionante, o disco expõe o lado (ainda) mais íntimo de Kinsella e “A New Muse” é uma das mais belas faixas que o genial compositor já fez.

Ozzy Osbourne – Ordinary Man

Que coisa maravilhosa é ouvir novas músicas de Ozzy Osbourne, ainda mais com tanta qualidade quanto vemos em Ordinary Man. Vocalmente, o Príncipe das Trevas está tão bom quanto sempre e vem acompanhado de um time de estrelas no disco, incluindo nomes como SlashElton John.

Isso tudo além de Post Malone, que é um dos grandes responsáveis pelo trabalho sequer ter chegado a acontecer. Agradecemos!

Pearl Jam – Gigaton

O timing não foi bom, já que Gigaton chegou logo antes da pandemia e impediu o Pearl Jam de celebrar o primeiro lançamento de inéditas desde 2013 com uma turnê mundial.

O conteúdo do disco foi ótimo, e mostra uma banda experiente arriscando novas direções em sons como “Dance of the Clairvoyants” e exibindo algumas das canções mais belas de sua carreira como “River Cross”.

Perfume Genius – Set My Heart on Fire Immediately

Outro dos “Discos do Ano”, o quinto disco de estúdio do Perfume Genius é um compilado certeiro de grandes canções recheadas de elementos do Pop, do Rock Alternativo e do Indie em composições grandiosas e cheias de sentimentos.

Phoebe Bridgers – Punisher

E por falar em sentimentos, Phoebe Bridgers não teve medo de colocá-los de forma escancarada nas canções de Punisher, seu segundo álbum.

Aqui, ela coloca todo o coração e toda sua alma em 11 canções que misturam Folk, Emo, Indie e uma voz incomparável.

Pinegrove – Marigold

Sempre trazendo sua mistura única de Country e Emo, o Pinegrove apostou mais do que nunca em uma sonoridade mais próxima do acústico no ótimo Marigold, que coloca a banda em ótimo lugar musicalmente falando.

Sem complicações, o disco alterna momentos mais próximos de cada um dos gêneros — “Hairpin” vem mais perto do Country, enquanto “Moment” é praticamente um hino Emo e “The Alarmist” é um bom exemplo da mescla de ambos.

Pop Smoke – Shoot for the Stars Aim for the Moon

Infelizmente, Pop Smoke é mais um jovem talento perdido. Depois do sucesso de “Dior”, o rapper nos deixou extremamente cedo e Shoot for the Stars Aim for the Moon é um manifesto de tudo que ele poderia trazer ao Rap e à música em geral nos próximos anos.

Isso foi reconhecido pelo enorme número de participações que vemos no álbum, incluindo algumas verdadeiras lendas como 50 Cent e outros bons nomes novos como Lil Baby DaBaby.

Poppy – I Disagree

Ao longo de sua carreira, Poppy foi transformando o Pop chiclete que a definia em um dos elementos que compõem a sua música. Em I Disagree, ela mostra que atingiu um estilo próprio e muito difícil de ser replicado que une estética visual e sonora de forma espetacular.

É uma daquelas artistas para ficarmos de olho para os próximos anos!

Pretenders – Hate for Sale

Pretenders não precisa provar nada a ninguém faz um bom tempo, mas Hate for Sale é mais uma garantia de que o grupo liderado por Chrissie Hynde ainda tem muito a oferecer.

Seja na pancada que é a faixa-título ou na balada “You Can’t Hurt a Fool”, a banda exibe a sua melhor forma em muito tempo e ganha fôlego para mais alguns bons anos.

Protomartyr – Ultimate Success Today

Graças ao clipe de “Processed by the Boys” com a partipação de ninguém mais, ninguém menos que Gil da Esfiha Galerito, o Protomartyr virou sensação no Brasil.

Acontece que além de fazer bom uso da nossa cultura de memes, a banda entregou um trabalho bastante sólido e que reflete muito bem o cenário atual do mundo (apesar de ter sido gravado antes dos acontecimentos recentes) em Ultimate Success Today. Vale ir além das risadas!

Ratboys – Printer’s Devil

Outra banda que navega entre o Indie e o Punk, o Ratboys chega a seu terceiro disco com trabalhos que vão colocando a banda como um dos nomes mais interessantes do Rock Alternativo da atualidade.

Aqui, guitarras barulhentas e vocais doces se misturam e nos lembram de verdadeiros clássicos dos Anos 90.

Rina Sawayama – SAWAYAMA

Até Elton John se curvou ao talento de Rina Sawayama, que mistura Rock, Metal e Pop em seu disco de estreia de forma majestosa e que mostra que o uso de guitarras dentro da música radiofônica pode voltar à moda a qualquer momento.

Em meio a tudo isso, ela ainda encontra formas de explorar suas raízes asiáticas e isso a ajuda a se caracterizar de maneira mais única. Discão!

Rolling Blackouts Coastal Fever – Sideways to New Italy

Descrever o som do Rolling Blackouts Coastal Fever como Indie Pop é um grande pecado, ainda que essa seja a melhor forma de denominá-lo dentro do que conhecemos hoje.

Sideways to New Italy mostra uma banda que vai muito além do que se espera ao ler essa definição, sem perder a simplicidade que ela traz consigo. Descomplicado, o trabalho consolida de vez o quinteto australiano e “Cars in Space” já é uma das grandes músicas do ano.

Run the Jewels – RTJ4

RTJ4 é um disco necessário, e não dizemos isso por conta das manifestações que aconteceram nos últimos tempos. Aliás, o ótimo novo trabalho do Run the Jewels foi escrito bem antes destas e traz reflexões importantes, batidas sensacionais e a melhor versão moderna do Rap clássico.

Claro que não dá para deixar de mencionar as incríveis participações do álbum, que reúne nomes como Zack de la Rocha (Rage Against the Machine), Pharrell Williams e até mesmo Josh Homme (Queens of the Stone Age).

Soccer Mommy – color theory

Você já deve ter percebido um padrão, e não é à toa, já que misturar o Emo com outros elementos tem se popularizado bastante.

Com Soccer Mommy, a combinação se deu ao captar elementos do Indie, mas em seu segundo disco, Color Theory, há mais camadas e mais estilos, bebendo nas águas do Pop em diversas formas, o que acabou a catapultando para audiências ainda maiores.

Sorry – 925

925 é o disco de estreia da banda britânica Sorry, que tem uma sonoridade pra lá de difícil de explicar, mas que quando ouvida faz todo sentido.

Indie, Rock, Pop, Punk: há muito aqui a ser explorado e essa é uma daquelas bandas que devem dar muito o que falar nos próximos anos.

Spanish Love Songs – Brave Faces Everyone

É até um pouco injusto reduzir o Spanish Love Songs a uma simples banda de Pop Punk, já que os caras unem diversos estilos para criar seu próprio som.

Brave Faces Everyone é um respiro em um gênero que se viu saturado nos últimos anos, e mostra que ainda é possível incorporar novos elementos e criar uma identidade própria para sobreviver nessa “cena”.

Tame Impala – The Slow Rush

É engraçado dizer que The Slow Rush não é o melhor trabalho do Tame Impala e mesmo assim colocá-lo nesta lista. Acontece que, ainda que seja uma pequena queda em relação ao incrível Currents, o disco ainda é sensacional.

Impulsionado pelo excelente single “Borderline”, que tem tudo para virar figurinha carimbada nos repertórios de Kevin ParkerThe Slow Rush tem o mérito de não repetir fórmulas e exibir alguns lados interessantes que podem ser mais explorados daqui pra frente.

Taylor Swift – folklore

folkore aposta em uma sonoridade mais madura e bem diferente do anterior, Lover, mas o sucesso estrondoso se repete e só isso seria suficiente para uma menção ao trabalho, que em uma semana se tornou o mais vendido de 2020.

Acontece que Swift vai além e acompanhada por ótimos nomes como Aaron Dessner (The National) e Justin Vernon (Bon Iver) ela mostra um novo e excelente lado para a sua musicalidade.

The 1975 – Notes on a Conditional Form

Indo desde o Anarco-Punk até um som que remete ao Power Pop dos anos 70 e 80, o The 1975 apostou em uma mistura sem grandes restrições em Notes on a Conditional Form.

O trabalho polarizou, mas por aqui gostamos do rompimento de barreiras e, mesmo que a obra soe um pouco confusa em alguns momentos, é uma bela amostra de como é possível transcender gêneros musicais se você conseguir se livrar das amarras.

The Lawrence Arms – Skeleton Coast

The Lawrence Arms é uma pérola do Punk de Chicago que tem uma base enorme de seguidores no underground mas nunca conseguiu furar sua bolha.

Isso talvez aconteça com Skeleton Coast, sétimo disco da carreira do trio que volta a alternar vocais e belíssimas melodias com tons mais rasgados em um dos seus melhores trabalhos até agora.

Não à toa, o álbum vem reverberando lá fora, desde veículos que normalmente não o cobririam até artistas como Mark Hoppus (blink-182), que já se manifestou a respeito.

The Weeknd – After Hours

Já chegamos ao ponto em que The Weeknd transcendeu o posto de artista e se transformou em uma entidade, praticamente.

Ainda assim, After Hours mostrou que o cantor pode sempre ir além e expande a sonoridade do ótimo Starboy para incluir mais elementos dos anos 80 e criar algo ainda mais orgânico e cheio de verdade.

Thundercat – It Is What It Is

Um dos maiores gênios recentes da música, Thundercat conseguiu finalmente transformar todos os seus conceitos e sua expertise musical em algo palpável para todos do começo ao fim no incrível It Is What It Is.

É difícil definir o som do cara, mas é fácil provar que é um dos mais legais e importantes do ano.

U.S. Girls – Heavy Light

U.S. Girls é um projeto cheio de peculiaridades e pontos interessantes.

Pra começar, as “Garotas dos EUA” são, na verdade, uma artista só: Meghan Remy é quem toca o projeto e em seu sétimo disco de estúdio, Heavy Light, parece que a artista finalmente encontrou o balanço perfeito entre composição, instrumentação e uma certa dose de experimentalismo.

Ouvir o álbum dela é ser transportado para outras décadas e passar por uma viagem musical deliciosa.

Waxahatchee – Saint Cloud

Idealizado por Katie Crutchfield, o Waxahatchee é um dos projetos de música alternativa mais interessante dos últimos anos.

Em seu quinto disco de estúdio, lançado pela Merge Records, a artista colocou um problema sério em evidência ao falar sobre questões pessoais incluindo o alcoolismo, que ganhou novo corpo justamente na turnê de divulgação do disco anterior.

Lutando contra o próprio vício desde 2017, ela escreveu a respeito, decidiu ficar sóbria e compôs canções que podem ser ouvidas agora no ótimo Saint Cloud.

Yves Tumor – Heaven to a Tortured Mind

Música experimental, psicodelia, rock and roll, momentos épicos e grandes canções estão no quarto disco de estúdio do produtor Yves Tumor, conhecido pela música eletrônica mas que aqui navega bastante entre os mais variados elementos orgânicos.

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