A cena Black Metal veio recheada de polêmicas e que ia definitivamente além das controvérsias satanistas e que chegaram a envolver a queima de igrejas na Noruega, onde o gênero musical ganhou força.
Dentro de todos os grupos que surgiram por lá, o Mayhem certamente foi um dos mais pioneiros e também um dos mais chocantes. Lá em 1991, por exemplo, o vocalista Per “Dead” Ohlin, cometeu suicídio e a banda chegou a usar fotos da cena sangrenta e pesada como capa de um álbum ao vivo.
Mas foi exatamente há 27 anos, em 10 de Agosto de 1993, que a coisa tomou um tom mais sinistro ainda, já que o guitarrista Øystein “Euronymous” Aarseth acabou sendo vítima de um assassinato cometido por um ex-colega de banda, Varg Vikernes, que é também fundador do Burzum. A história até virou filme, como te contamos por aqui.
Ele deu 23 facadas em Euronymous e especula-se que tudo isso tenha sido por conta de desavenças relacionadas a disputas de poder e financeiras, ainda que Euronymous não fosse lá muito querido — o primeiro baixista da banda, Jørn “Necrobutcher” Stubberud já chegou até a dizer que só não o matou porque Varg “chegou primeiro”.
Black Metal e a morte de Euronymous
A situação acabou caindo como uma luva para a polícia local, que já estava à procura de uma forma de condenar Vikernes por incendiar igrejas. Ele acabou sendo preso e só foi solto 16 anos depois, tendo escrito vários discos do Burzum durante esse período na cadeia.
Desde então, a cena acabou vendo o seu estereótipo caminhar para esse lado e até hoje Varg Vikernes é um símbolo de ideais como a supremacia branca e o conservadorismo. Ele também ressalta constantemente que não se arrependeu do assassinato, alegando que agiu em “defesa pessoal”, pois acreditava que Euronymous tinha um plano de matá-lo.
Certamente 10 de Agosto de 1993 foi um dia triste para a música pesada, mas é bom também poder olhar para diversos outros grupos que fazem parte da cena ou são influenciados por ela e conseguiram aprender com os erros do passado.