Além de toda a sua influência e seus hits que duram até hoje, os Beatles são fortemente conhecidos pela habilidade de praticamente todos os seus membros em compor canções.
Por isso, resolvemos aqui no TMDQA! dar início a uma série que elenca as 10 melhores composições de cada um e começamos pelo mais fácil: o baterista Ringo Starr.
A verdade é que Ringo só compôs de fato duas canções — “Don’t Pass Me By” e “Octopus’s Garden” — e só cantou em 11 no total, a grande maioria das outras 9 sendo covers de outros artistas.
Por isso, nesse caso em especial, vamos abrir uma exceção e contabilizar não apenas as músicas escritas por ele mas todas as que ele teve o papel principal como vocalista. Vem com a gente!
“What Goes On” (Rubber Soul, 1965)
Com uma discografia tão extensa e cheia de canções absurdamente incríveis como é o caso dos Beatles, “What Goes On” é uma daquelas faixas que passam despercebidas. Não é ruim, mas também poderíamos ter vivido perfeitamente sem.
Vale ressaltar, no entanto, que a canção tem créditos de composição para Ringo ao lado de John Lennon e Paul McCartney — teoricamente, a primeira dele.
“Honey Don’t” (Beatles for Sale, 1964)
Um dos trabalhos finalizados mais às pressas pela banda, Beatles for Sale viu Ringo emprestar sua voz a um clássico de Carl Perkins e a verdade é que a versão de “Honey Don’t” é até interessante e divertida de ouvir, mas passa longe de estar entre as melhores do grupo (ou até do álbum).
“Boys” (Please Please Me, 1963)
“Boys” é uma canção bastante divertida, e se essa lista foi feita com base na contagem de reproduções deste que escreve, certamente estaria à frente de outras. Acontece que, apesar da boa performance de Ringo, é uma das músicas mais genéricas dos Beatles e daquelas que mostram pouco do que a banda viria a ser.
“Don’t Pass Me By” (The Beatles, 1968)
É possível que muita gente discorde dessa escolha, mas tentarei me explicar: “Don’t Pass Me By” soa como se Ringo estivesse tentando escrever uma música dos Beatles, e não como se os Beatles estivessem tocando uma música de Ringo.
Ainda assim, é ótimo vê-lo com sua primeira composição solo, algo que certamente o ajudou a construir sua carreira pós-Beatles alguns anos depois.
“Act Naturally” (Help!, 1965)
Apesar de ser uma cover, “Act Naturally” parece ser uma canção autobiográfica de Ringo — um desabafo de alguém que se vê meio perdido em uma situação de ser uma grande estrela e tem como única opção “agir naturalmente”. Esperamos apenas que ele não tenha estado “triste e sozinho”, como cantava!
“I Wanna Be Your Man” (With the Beatles, 1963)
“I Wanna Be Your Man” foi a primeira faixa inédita dos Beatles cantada por Starr, e apesar de Lennon e McCartney não terem sido grandes fãs da faixa é impossível negar que ela tem nuances bem interessantes. Talvez seja um exagero, mas da até pra identificar uns elementos primordiais do Punk por ali — inclusive e principalmente na bateria e nos vocais mais viscerais!
“Good Night” (The Beatles, 1968)
Ringo já chegou a brincar que os Beatles “estragaram” a sua carreira por terem lhe feito cantar “Good Night”, mas a verdade é que a voz do baterista casa perfeitamente com o belíssimo instrumental e atiça um sentimento único de nostalgia no ouvinte, transportando-o diretamente para os anos 60 e despertando diversas emoções.
“Yellow Submarine” (Revolver, 1966)
“Yellow Submarine” foi sem dúvidas o maior sucesso de Ringo com os Beatles, e a sua voz é simplesmente perfeita para a divertida e leve canção. Não há muito o que dizer, afinal, é quase certo que só de ler o título você já lembrou do vocal de Starr e começou a cantar o icônico refrão na sua cabeça!
“With a Little Help From My Friends” (Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band, 1967)
“With a Little Help From My Friends” é outra faixa totalmente simbólica para Ringo e que parece quase autobiográfica, ainda que tenha sido escrita por Lennon e McCartney. Starr, até hoje, está sempre por aí com uma ajudinha dos amigos — e a canção em si é fundamental para a ambientação do icônico Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band.
“Octopus’s Garden” (Abbey Road, 1969)
A outra das duas únicas faixas compostas unicamente por Ringo, “Octopus’s Garden” é a versão musicada da alma do baterista: divertida, bem-humorada, e surrupiada em meio a canções geniais e dotadas de enorme significado para dar uma aliviada no clima.
Pessoalmente, tenho a canção como uma das minhas preferidas da banda em geral e associo isso ao sentimento alegre que vem desde o riff inicial até a voz de Starr que conduz a banda com maestria, com o músico inclusive também ditando o ritmo com suas batidas. Ouvi-la é como receber um abraço caloroso com alguém dizendo que “vai ficar tudo bem”!