[RESENHA] The Killers abandona guitarras e aposta em nostalgia em “Imploding the Mirage”

The Killers lança nesta sexta-feira (21) o novo disco "Imploding the Mirage"; o TMDQA! já ouviu e você pode conferir nossa resenha por aqui!

The Killers - Imploding The Mirage

Neste dia 21 de Agosto, depois de diversos singles, o The Killers finalmente divulgará o seu sexto disco de estúdio Imploding the Mirage, sucessor de Wonderful Wonderful (2017).

Se no trabalho anterior a banda já havia se aproximado um pouco mais do Pop, o grupo agora abraça de vez a nova sonoridade que é fortemente explicada pela saída do guitarrista e co-fundador Dave Keuning, o qual afirma estar em um “hiato”.

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Acontece que o espaço que ele deixa nas músicas não foi ocupado, digamos, pelo sempre ótimo baixo de Mark Stoermer. A nostalgia é a maior aposta do Killers no trabalho, e isso fica estampado com os sintetizadores que navegam por timbres dos anos 80 e 90, vistos claramente tomando conta de faixas como “Dying Breed”.

Apesar disso ainda estar presente nas ótimas “My Own Soul’s Warning” e “Caution”, dois dos singles que precederam o trabalho, Mark assume um protagonismo maior e as canções acabam como os melhores destaques do trabalho.

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Imploding the Mirage

A proximidade do Pop, de fato, não incomoda. Em alguns casos, como “Lightning Fields” e “When the Dreams Run Dry”, isso acaba dialogando com o Rock de arena (ou Power Pop) e tudo se casa muito bem com a proposta não apenas do disco mas do Killers como um todo nessa nova fase.

Ainda assim, as duas faixas são as melhores além dos singles, que parecem ter sido muito bem escolhidos — tanto que deixaram poucas surpresas para a obra na íntegra. Apesar disso, a presença de Weyes Blood em “My God” é um belo destaque e eleva artisticamente a canção para superar até mesmo algumas das prévias, como a fraca “Fire in Bone”.

Definir Imploding the Mirage como um disco excelente seria um pouco injusto até mesmo com a incrível carreira da banda, que desde seu surgimento foi uma presença refrescante na cena álbum após álbum. Mas de forma alguma é um trabalho ruim.

Ao mesmo tempo positivamente e negativamente, a nova obra é exatamente o que você esperaria se está acompanhando a trajetória do (hoje) trio e, em especial, a vida pessoal de Brandon Flowers que parece ditar a temática de tudo que envolve Imploding the Mirage.

Assim como sua nova vida em uma região menos movimentada do que Las Vegas, o disco traz uma banda que assume menos riscos e aposta na segurança tanto do seu passado quanto daquele mais distante para expor um lado que, ainda que seja novo, parece bastante familiar.

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