Cultura

TikTok processa Donald Trump após ameaças de banir a plataforma

Após Donald Trump assinar uma ordem pelo banimento do TikTok nos EUA, a empresa processa o presidente por não respeitar protocolos legais do país. Entenda.

Donald Trump e TikTok
Fotos via Wikimedia Commons e Shutterstock

Depois de Donald Trump ter ameaçado banir o TikTok, a rede social finalmente respondeu à altura e está processando o governo americano e seu mandatário.

Como te contamos por aqui, o aplicativo já tinha dito que a decisão do executivo norte-americano não respeitou o “processo protocolar nem tem aderência à lei” e garantiu que a ameaça deixou os responsáveis “em choque”.

O processo, segundo a Hot New Hip Hop, foca justamente nessa falta de respeito aos protocolos e no fato de que não há qualquer prova que justifique as acusações de Trump de que o app seria usado para que o governo chinês possa espionar os americanos.

No comunicado divulgado pelo site, o TikTok afirma que “não tem escolha além de tomar alguma atitude para proteger os nossos direitos, e os direitos de nossa comunidade e funcionários”.

Donald Trump e TikTok

No documento assinado há pouco tempo, Trump proíbe as transações com a rede social que tem sido responsável por alguns dos maiores sucessos da internet nos últimos tempos, inclusive na música.

Ele afirma na decisão que “a propagação nos Estados Unidos de aplicações de celular desenvolvidas por e cujos donos são empresas da República Popular da China (China) continua a ameaçar a segurança nacional, política externa, e economia dos Estados Unidos”.

O TikTok afirmou que no último ano tentou “engajar em boa-fé com o governo dos EUA para encontrar uma solução construtiva às preocupações que foram expressadas, [mas] o que foi encontrado foi que a Administração não presta atenção aos fatos, ditou termos de um acordo sem passar pelo processo legal padrão, e tentou se inserir em negociações entre negócios privados”.

Se o processo não tiver resultados, a única forma do aplicativo que tem mais de 100 milhões de usuários nos EUA continuar funcionando é se a empresa responsável vendê-lo antes da data limite imposta pelo presidente.

A principal interessada na compra é a Microsoft, que ainda investiria nas operações em outros países como Canadá, Austrália e Nova Zelândia.

Vamos aguardar os próximos capítulos.