Sim, ela finalmente está de volta!
A gente sabe que vacilou e deixou pra trás uma das áreas editoriais mais legais aqui do TMDQA!, a lista mensal de lançamentos nacionais e internacionais, mas a gente promete que isso será devidamente corrigido.
Agora, sempre ao final do mês, iremos trazer as nossas seleções entre tantos lançamentos de discos importantes, ainda mais que em 2020 a arte é uma das poucas coisas que nos resta.
Pois estamos chegando ao fim do mês de Agosto e, com todos os problemas que vêm se acumulando no mundo, pelo menos temos uma seleção incrível de discos para tornar a vida um pouco mais agradável.
Separamos uma lista com 30 novos álbuns que passeiam por títulos nacionais e internacionais, indo desde nomes consagrados como Metallica e The Killers até boas revelações como a estreia de Maya Hawke e o No Joy.
Divirta-se e aproveite também para começar a acompanhar o Podcast Tenho Mais Discos Que Amigos!.
Por lá, toda sexta-feira, falamos sobre os assuntos mais comentados da semana e os principais lançamentos do dia!
Por Felipe Ernani e Tony Aiex
Angel Olsen – Whole New Mess
Em seu primeiro trabalho verdadeiramente solo desde 2014, Angel Olsen chega com tudo em Whole New Mess que traz novas (e belas) canções somadas a arranjos mais íntimos do disco All Mirrors, de 2019.
Biffy Clyro – A Celebration of Endings
Em A Celebration of Endings, o Biffy Clyro renova a sua tradicional mistura entre sons viscerais (“End Of”, “North of No South”) e abordagens mais íntimas (“Space”), chegando às vezes até ao Pop como no single “Instant History”. Um dos melhores trabalhos da extensa discografia dos caras.
Blues Pills – Holy Moly!
O bom e velho Rock and Roll está muito presente neste mês de Agosto graças ao ótimo Holy Moly!, novo lançamento dos suecos do Blues Pills. O trabalho aborda questões sociais em faixas como “Proud Woman”, mas sempre trazendo um som frenético pra ninguém ficar parado — veja pelo exemplo de “Low Road” a seguir.
Boogarins – Manchaca Vol. 1 (A Compilation of Boogarins Memories Dreams Demos and Outtakes from Austin, TX)
Apesar do nome falar que as canções de Manchaca Vol. 1 são apenas demos e raridades do Boogarins, é difícil acreditar que faixas como “Inocência” e “Aquele Som” sejam encaradas dessa forma. Certamente uma bela adição ao já excelente repertório dos goianos.
Bright Eyes – Down in the Weeds, Where the World Once Was
O aguardadíssimo retorno do Bright Eyes depois de quase 10 anos — o último trabalho da banda havia sido The People’s Key, em 2011 — não decepcionou e mostra que o grupo ainda tem muito a oferecer.
Bully – SUGAREGG
Alicia Bognanno chegou com muita força no novo trabalho do Bully, intitulado SUGAREGG e, misturando elementos do Punk com o Bedroom Pop, conseguiu empolgar até mesmo lendas do gênero como Jeff Rosenstock para o lançamento. Discão!
Burna Boy – Twice as Tall
Uma das maiores revelações do Rap nos últimos anos, o nigeriano Burna Boy consolida sua força no recém-lançado Twice as Tall ao unir o gênero a uma sonoridade mais tradicional de seu país e ao Afrobeat, como vemos claramente no ótimo single “Wonderful”.
Cut Copy – Freeze, Melt
Sem fugir muito de seu som tradicional, o Cut Copy voltou com o sucessor de Haiku from Zero (2017) e aposta em uma estética belíssima para acompanhar Freeze, Melt, indo desde a capa (uma das melhores de 2020, sem dúvidas) até os ótimos clipes dirigidos por Takeshi Murata.
Deep Purple – Whoosh!
Falando em capa bonita, quem também caprichou na estética foi o Deep Purple. E a banda foi além, entregando em Whoosh! o que é sem dúvidas seu melhor trabalho em muitos anos — basta conferir canções como a épica “Man Alive” e a sensacional “Nothing at All”.
Disclosure – ENERGY
O Disclosure é daqueles grupos que transcendem nichos, e o duo de música eletrônica vem muito bem acompanhado por nomes gigantes como Khalid, Kehlani e Common no recém-chegado ENERGY. Não dá para cravar como o melhor deles, mas certamente tem ótimos momentos.
Dream Nails – Dream Nails
Entre as bandas mais fortes do movimento Riot Grrrl nos tempos atuais, o Dream Nails lançou seu disco homônimo depois de diversos singles que o precederam. Um deles, “This Is the Summer”, serve muito bem para resumir o trabalho do quarteto!
Doncesão – EGO
Depois de 12 anos sem um disco de estúdio, Doncesão está de volta com o excelente EGO, que se destaca mesmo em meio aos inúmeros ótimos trabalhos da cena nacional de Rap nos últimos tempos. “Homem de Lata”, parceria com Hot e Oreia, já é daquelas que ficam eternizadas.
Dua Lipa – Club Future Nostalgia
Não é tarefa fácil chamar atenção com um disco de remixes, já que acaba sendo um produto mais de nicho. A solução para Dua Lipa foi investir pesado na obra e criar o Club Future Nostalgia, uma versão de festa para as músicas do aclamado disco de 2020 com participação de nomes como Madonna, Gwen Stefani e Missy Elliott.
Fantastic Negrito – Have You Lost Your Mind Yet?
Uma das grandes revelações dos últimos anos, Fantastic Negrito expande seu sucesso no terceiro álbum Have You Lost Your Mind Yet? e entrega algumas de suas melhores composições, como a incrível “How Long?” e a poderosa “King Frustration”. O blues vive!
The Front Bottoms – In Sickness & In Flames
Sem perder sua sonoridade característica, o The Front Bottoms se reinventa em In Sickness & In Flames e entrega algumas de suas melhores canções, como “new song d” e “camouflage”, que unem o Emo, o Pop Punk e o Indie Rock com maestria.
Guided by Voices – Mirrored Aztec
Soar nostálgico e moderno ao mesmo tempo é uma tarefa quase impossível, mas é exatamente o que o Guided by Voices faz no novo Mirrored Aztec, que remete às composições mais antigas do grupo mas mostra que eles vêm se atualizando. Vale um destaque especial para os ótimos timbres!
Internet Money – B4 the Storm
Conhecido por produzir beats para diversos rappers famosos — de Juice WRLD a Drake — o coletivo Internet Money divulgou seu primeiro trabalho solo, B4 the Storm. A obra mostra toda a capacidade de produção dos caras, com elementos elaborados, guitarras, pianos e sintetizadores por todo o álbum, além de ótimas escolhas nas parcerias.
Jaden – CTV3: Cool Tape Vol. 3
A cada dia que passa, Jaden parece mais maduro musicalmente. CTV3 é a prova disso, e o filho de Will Smith transita entre o Rap que consagrou sua carreira e uma sonoridade mais orgânica, digna do festival Woodstock, em ótimas canções como “Cabin Fever” e “Falling for You”, esta última uma parceria com o amigo de longa data Justin Bieber.
Katy Perry – Smile
Poucos dias após ter se tornado mãe pela primeira vez, Katy Perry entregou ao mundo outro presente: Smile, seu disco mais maduro até agora. Isso é bem visível em composições como a faixa-título e “Cry About It Later”, mas também é legal ver que o lado com o qual estamos mais acostumados está presente em outras como “Not the End of the World”.
Kelly Lee Owens – Inner Song
Muitos dizem que é mais fácil conquistar o sucesso do que mantê-lo, mas o que Kelly Lee Owens faz em Inner Song vai até além disso. A obra expande o bom trabalho de 2017, homônimo da artista, e mostra que ainda há muito a explorar na cena Techno ao mesclar elementos do Pop em seu som.
The Killers – Imploding the Mirage
Imploding the Mirage é, sem dúvidas, o melhor trabalho do The Killers em muito tempo. A banda finalmente parece ter encontrado uma nova identidade — e fica a critério do ouvinte gostar dela ou sentir falta da original — e faixas como “My Own Soul’s Warning”, “Caution” e “When the Dreams Run Dry” serão ótimas adições ao repertório dos caras.
Maya Hawke – Blush
Filha dos aclamados atores Ethan Hawke e Uma Thurman e mais conhecida por seu trabalho como atriz, em especial no seriado Stranger Things, a multitalentosa Maya Hawke estreia na música muito bem com Blush. Com uma sonoridade que transita entre o Folk e o Country, o trabalho é agradável do começo ao fim e um ótimo primeiro passo para Maya.
Menestrel – Relicário, Vol. 2
Mais uma prova de quanto a cena do Rap nacional é rica em talentos, o novo Relicário Vol. 2 reafirma o lugar de Menestrel em meio a todos os ótimos nomes. Com uma produção orgânica, destaque em faixas como “Por Que Cê Tá?” e “Me Espera na Esquina”, o trabalho ainda vem cheio de parcerias com grandes artistas como Rashid, Cynthia Luz e Chris MC.
Metallica – S&M2
A aguardada segunda edição da apresentação do Metallica com a Orquestra Sinfônica de São Francisco finalmente chegou e cumpriu todas as expectativas. Engrandecendo ainda mais o ótimo trabalho de 1999, S&M2 é uma experiência fundamental para qualquer grande fã das lendas do Metal.
The Microphones – Microphones in 2020
17 anos depois de Mount Eerie, o músico Phil Elverum reviveu o projeto The Microphones para uma única música. Mas não se engane: Microphones in 2020 é composto apenas por essa faixa e tem quase 45 minutos de duração, vindo acompanhada de uma espécie de curta que é um prato cheio para quem curte a música experimental e a arte conceitual.
Narrow Head – 12th House Rock
Com influências fortes do Grunge, do Rock Alternativo e até do Nu Metal, o novo trabalho do Narrow Head é um dos grandes destaques do Rock nesse ano sem a menor dúvida. Essencial para quem sente saudades dos anos 90/começo dos anos 2000!
Nas – King’s Disease
O lendário Nas se juntou a outros grandes nomes como Big Sean e Anderson .Paak, além de se reunir com seus ex-companheiros de The Firm pela primeira vez em décadas, para o ótimo King’s Disease. Para quem curte o Rap dos anos 90/2000, é uma ótima pedida para ver o estilo modernizado e adaptado aos dias atuais.
niLL – Good Smell, Vol. 2
Homenageando mulheres icônicas tanto nos nomes das faixas (que vão desde “Dandara” até “Rosetta Tharpe”) até nas participações especiais (com convidadas como Ashira e Bivolt), o novo trabalho de niLL revela novas influências e a mesma qualidade de sempre.
No Joy – Motherhood
Motherhood é um dos trabalhos mais difíceis de descrever dessa lista. O No Joy é capitaneado por Jasamine White-Gluz, irmã da icônica vocalista Alissa White-Gluz (Arch Enemy) e a melhor comparação possível é com bandas como o Deafheaven, que apostam na sonoridade Shoegaze mas trazendo elementos do Metal. Vale a pena conhecer!
PVRIS – Use Me
O PVRIS sempre teve um pé no Pop e outro no Rock, mas com Use Me parece que o grupo realmente resolveu abraçar o lado mais radiofônico. O resultado foi ótimo, já que ganhamos um trabalho excelente e o disco parece caminhar para ser o mais bem-sucedido da banda.
Sevdaliza – Shabrang
Shabrang é o segundo disco da irani-holandesa Sevdaliza e vem inspirado em uma poesia épica da mitologia persa.
O impacto está não apenas na capa e na temática das faixas, mas também no instrumental pop-experimental/trip-hop de altíssima qualidade, consistente e encantador.
Toots & the Maytals – Got to Be Tough
Um dos grupos mais lendários do Ska jamaicano, o Toots & the Maytals está de volta depois de 9 anos sem um trabalho de estúdio. Got to Be Tough tem vários destaques, mas sem dúvida um dos maiores é o single “Warning Warning” que coloca um sorriso no rosto de qualquer um. Além disso, não podemos deixar de falar da versão de “Three Little Birds”, clássico de Bob Marley, com participações de Ziggy Marley e Ringo Starr!
Washed Out – Purple Noon
Depois de passar meio despercebido com o lançamento de Mister Mellow em 2017, o Washed Out faz seu retorno triunfal em Purple Noon. O disco traz a característica pegada dançante e cheia de sintetizadores do músico, mas se arrisca ao colocar novos ritmos — até mesmo latinos — no ótimo trabalho.
WC no Beat – GRIFF
Um verdadeiro festival da música brasileira, GRIFF somou mais de 30 participações especiais e viu o produtor WC no Beat cedendo suas ótimas batidas a vozes como as de Anitta, Djonga, Ludmilla, Vitão, FP do Trem Bala, Buchecha, MC Kevin o Chris e muito mais. Do Rap ao Funk, uma celebração de tudo que essa cena tem a oferecer!
Whitney – Candid
Com o seu tradicional Indie Folk capaz de relaxar qualquer um, o Whitney entregou mais uma bela obra em Candid, que reúne 10 das melhores faixas da discografia dos americanos — inclusive uma versão incrível do clássico “Take Me Home, Country Roads” em parceria com Waxahatchee.
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