A campanha presidencial para reeleição de Donald Trump e Mike Pence pode, literalmente, deixar vítimas dentro do Serviço Secreto dos EUA.
Como informa o Washington Post (via Rolling Stone), têm sido constantes os casos de Coronavírus entre os agentes que planejam a segurança dos políticos para os comícios que vêm sendo realizados presencialmente, como se a pandemia da doença já tivesse chegado ao fim.
Além disso, os constantes pedidos do presidente para jogar golfe — inclusive fazendo viagens para isso — têm colocado os trabalhadores em risco.
A reportagem afirma que já são “dúzias” de infectados no Serviço Secreto, e um ex-analista e expert em segurança nacional da CIA, Ned Price, falou ao jornal que “nunca antes o Serviço Secreto teve de lidar com um presidente com tanta vontade de se colocar em primeiro lugar independentemente do custo”.
Há ainda relatos de que os agentes foram avisados para não falar sobre seus casos um para os outros, de modo a conter a ira de Trump. Felizmente, por enquanto não soubemos de nenhuma morte relacionada a essas situações, mas as fontes dizem que vários funcionários já foram buscar tratamento e/ou ficaram de quarentena por longos períodos de tempo.
Donald Trump
Vale lembrar que Trump está travando uma batalha contra o aplicativo TikTok, em um ato que muitos enxergam como uma medida politicamente desesperada por estar vendo sua aprovação diminuir.
Em um documento assinado há pouco tempo, Trump proíbe as transações com a rede social que tem sido responsável por alguns dos maiores sucessos da internet nos últimos tempos, inclusive na música.
Ele afirma na decisão que “a propagação nos Estados Unidos de aplicações de celular desenvolvidas por e cujos donos são empresas da República Popular da China (China) continua a ameaçar a segurança nacional, política externa, e economia dos Estados Unidos”.
O TikTok afirmou que no último ano tentou “engajar em boa-fé com o governo dos EUA para encontrar uma solução construtiva às preocupações que foram expressadas, [mas] o que foi encontrado foi que a Administração não presta atenção aos fatos, ditou termos de um acordo sem passar pelo processo legal padrão, e tentou se inserir em negociações entre negócios privados”.
Se o processo não tiver resultados, a única forma do aplicativo que tem mais de 100 milhões de usuários nos EUA continuar funcionando é se a empresa responsável vendê-lo antes da data limite imposta pelo presidente.
A principal interessada na compra é a Microsoft, que ainda investiria nas operações em outros países como Canadá, Austrália e Nova Zelândia.