Uma pesquisa conduzida pela organização britânica Encore Musicians mostra que os músicos profissionais estão bem insatisfeitos com a profissão.
Segundo os resultados (via UCR), 64% deles estariam pensando em desistir da música como trabalho principal — a maioria, claro, em decorrência da pandemia do Coronavírus, que o mesmo estudo estima ter causado uma perda média de cerca de US$15 mil (R$80,5 mil) na renda de cada trabalhador.
Esse valor representava o pagamento de 87% da agenda de shows de cada profissional, e o estudo afirma que os músicos têm, em média, apenas cinco shows marcados até o final de 2020. Ao mesmo tempo, 4 a cada 10 não tinham nada na agenda até o fim do ano.
A mesma porcentagem representa os profissionais que não receberam qualquer tipo de suporte do governo britânico e, também, o número de pessoas que teve que buscar um emprego fora do meio musical para esse período.
As conclusões apontam para uma “contração significativa da indústria musical do Reino Unido” que emprega cerca de 200 mil pessoas e destaca que os problemas afetam “desde veteranos com contratos até jovens músicos no começo de suas carreiras”, ressaltando ainda que “o governo precisa agir agora para ter certeza de que nossos músicos não sejam deixados para trás”.
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