Mario Frias irá supervisionar posts de todos os órgãos da Cultura nas mídias sociais

De acordo com o jornal O Globo, o Secretário de Cultura, Mário Frias, terá acesso prévio a posts nas mídias, transferências e mais.

Mario Frias
Foto: Reprodução / Instagram

Mario Frias, Secretário de Cultura do governo Bolsonaro, irá controlar basicamente tudo que acontece nos órgãos subordinados a ele, incluindo posts nas redes sociais.

De acordo com publicação do jornal O Globo, um ofício foi assinado pelo próprio na última sexta-feira determinando que todas as nomeações, exonerações, transferências, publicações de editais e posts em redes sociais sejam enviados a ele previamente, para que faça suas análises e/ou encaminhe para o Ministro do Turismo.

Vale lembrar que desde que foi eleito, o atual presidente Jair Bolsonaro rebaixou a Cultura do status de Ministério para Secretaria, e ela fica subordinada à pasta do Turismo.

No ofício, o seguinte texto traça as diretrizes para o acesso de Mario Frias às informações:

‘Nomeações/exonerações para cargos comissionados e funções de confiança’ ( a partir de DAS 3 ); ‘requisições e cessões que envolvam cargos comissionados’ ( a partir de DAS 3 ); ‘substituições de qualquer nível’ e ‘todas as publicações em sítios, perfis, mídias digitais e portais oficiais das entidades vinculadas’ passam a ser encaminhadas à Secretaria, para que sejam remetidas à ‘Secretaria-Executiva ou ao Gabinete do ministro’.

O documento foi enviado para a Agência Nacional do Cinema (Ancine), a Biblioteca Nacional, a Casa de Rui Barbosa, a Fundação Palmares, Fundação Nacional de Artes (Funarte), Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) e ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístisco Nacional (Iphan).

Polêmicas com Mario Frias

Vale lembrar que há alguns dias um vídeo com Mario Frias foi publicado para, teoricamente, exaltar a história brasileira.

Uma paródia por Marcelo Adnet rapidamente viralizou nas redes sociais e o secretário não levou a brincadeira na esportiva, chamando o humorista de “bobão”, entre outras coisas.

Depois disso tudo, o autor da canção utilizada como pano de fundo para o vídeo disse que não compactua com o governo Bolsonaro e não gostaria de ver sua obra associada a ele, mas a licença do som, Creative Commons, permitia seu uso sem autorização prévia.