Cultura

Fender terá o melhor ano de vendas de guitarras em toda sua história

Executivos de fabricantes de guitarras como Fender e Gibson falam em ano inacreditável para o instrumento por causa da pandemia da COVID-19.

Mulher tocando guitarra
Foto Stock via Shutterstock

É, parece que a pandemia terá um efeito colateral bastante interessante para a música através das guitarras.

Uma matéria do The New York Times intitulada Guitars Are Back, Baby! ou, As Guitarras Estão de Volta, Baby! mostra como os últimos meses têm sido extremamente interessantes para o mercado do instrumento que já foi até classificado como obsoleto por muita gente.

De acordo com a publicação, as vendas de guitarras estão voltando a ter números expressivos principalmente por conta das mulheres e do interesse jovens da chamada “Geração Z”, que estão aproveitando a pandemia para aprender a tocar como hobby e/ou terapia.

A Ressurreição das Guitarras

Pouquíssimo tempo atrás, em anos como 2017 e 2018, muito se falou sobre como as guitarras estariam dizendo adeus, com o mundo vendo empresas como a lendária Gibson quase indo à completa falência.

Dois ou três anos depois, a pandemia do novo Coronavírus chegou, as pessoas tiveram que se isolar, e aparentemente o mercado teve um boom que nem os mais antigos entendidos da indústria esperavam.

Andy Mooney, chefe executivo da Fender, por exemplo, disse ao New York Times:

Eu nunca teria conseguido prever que estaríamos lidando com um ano de recordes. E nós quebramos tantos recordes em 2020.

Será o maior ano de volume de vendas na história da Fender, com dias de recordes de crescimento de dois dígitos, vendas de e-commerce e vendas de equipamento para iniciantes no assunto.

Eu nunca pensaria que estaríamos onde estamos hoje se você me perguntasse a respeito em Março.

Aulas Online

A própria Fender também revelou que um dos grandes trunfos para essa volta das guitarras são os mecanismos online, e seu app de aprendizado, Fender Play, teve um salto de 150 mil usuários para quase 1 milhão deles entre o final de Março e o final de Junho, muito por causa de uma campanha gratuita organizada pela empresa.

Ao analisar os números, a companhia percebeu que 20% dos novos guitarristas tinham menos de 24 anos de idade e 70 porcento ainda não haviam completado 45 anos.

Além disso, outro destaque se dá com as mulheres, que antes da pandemia representavam 30% da base e tiveram um salto incrível para 45 por cento.

Tudo isso é amplamente conectado à nova realidade que o mundo enfrenta desde Março por causa da COVID-19, e quem resumiu bem a situação foi James Curleigh, chefe executivo da Gibson, que disse:

Em um mundo de aceleração digital, o tempo sempre é seu inimigo. De repente, o tempo se tornou seu amigo.

Para finalizar, é importante ressaltar que o aprendizado de um instrumento também representa um tempo da pessoa com ela mesma, o que tem sido extremamente importante em uma das crises sanitárias mais duras pela qual o planeta já teve que passar.

E aí, bora aprender a tocar guitarra?

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