Lançar dois discos em um único ano já pode ser uma tarefa bem difícil para grande parte das bandas do mundo, até porque o trabalho que envolve a concepção desses álbuns vai muito além das composições em si.
Ainda assim, são inúmeros casos de situações do tipo. Hoje em dia é natural que isso aconteça com menos frequência, já que as turnês são muito maiores e fazem com que as obras sejam obrigadas a “render” mais, mas é possível pensar em vários exemplos nas últimas duas décadas.
Outra questão totalmente diferente, no entanto, é imaginar a situação de não apenas lançar dois discos no mesmo ano como também fazer com que ambos cheguem ao Número 1 das paradas da Billboard, que ranqueia os lançamentos com base em suas vendas.
Esse feito só foi alcançados por oito artistas até hoje e, na lista a seguir, você confere todos eles em ordem cronológica!
The Beatles (1966)
É claro que a primeira banda a alcançar essa marca espetacular foi The Beatles. O mais impressionante é que não foram só dois: o grupo é um dos únicos 2 a ter TRÊS trabalhos no número 1 durante o mesmo ano, e isso aconteceu em 1966.
Em Janeiro, Rubber Soul foi o primeiro a alcançar a marca. Em seguida, Yesterday and Today repetiu o feito em Julho, com Revolver fechando a trinca em Setembro.
Impressionante!
The Monkees (1967)
A febre com o The Monkees foi algo inexplicável. E, ainda que não tão duradoura quanto a dos Beatles, também deixou a marca impressionante de ser o único outro grupo a conseguir três discos no número 1 em um mesmo ano.
O primeiro foi More of the Monkees em Fevereiro de 1967, seguido por Headquarters em Junho e Pisces, Aquarius, Capricorn and Jones LTD em Dezembro.
Led Zeppelin (1970)
Ah, o clássico Led Zeppelin! O ano de 1970 na música foi marcado em grande parte pelo fato da banda ter tomado conta do mundo e isso aconteceu muito graças aos discos Led Zeppelin II e Led Zeppelin III.
Ambos chegaram ao topo naquele ano, ainda que II tenha sido lançado em 1969.
Garth Brooks (1992)
Demorou 22 anos, mas finalmente alguém conseguiu repetir o feito depois do Led Zeppelin. O lendário cantor Country Garth Brooks foi o responsável por isso, tendo surfado na onda de Ropin’ the Wind (1991) para entrar bem em 1992 e conseguindo alcançar o topo novamente com The Chase, lançado em Setembro daquele ano.
Vale lembrar que, em Agosto de 92, ele ainda soltou o disco Beyond the Season — o pico do álbum foi no segundo lugar. Quase!
2Pac (1996)
Depois de Brooks, o intervalo para o feito se repetir foi curto. E isso só aconteceu graças ao “boom” do Rap nos anos 90, que impulsionou o lendário 2Pac ao topo das paradas duas vezes em 1996.
A primeira foi com All Eyez on Me, talvez o disco mais aclamado do cara, e a segunda com The Don Killuminati: The 7 Day Theory, que foi lançado sob o pseudônimo Makaveli mas não deixava de ser um álbum de Tupac Shakur.
Jay-Z (2004)
A paixão pelo Rap continuou nos anos após o precoce falecimento de 2Pac, e uma nova geração se viu capitaneada pelo sucesso do pioneiro Jay-Z. Ele repetiu a marca do lendário Pac em 2004, e curiosamente envolveu colaborações nas duas obras que chegaram ao primeiro lugar.
Falamos de Collision Course, parceria do cara com o Linkin Park, que assumiu o topo das paradas alguns meses depois de Unfinished Business, (infelizmente) uma colaboração com R. Kelly.
System of a Down (2005)
Talvez a marca mais impressionante dessa lista seja a do System of a Down. 35 anos depois do Led Zeppelin ser a última banda de Rock a ter dois discos no número 1 das paradas, o SOAD conseguiu essa proeza mesmo com um som bem mais pesado do que as rádios costumam tocar.
É claro que falamos da dupla de discos Mezmerize e Hypnotize, que chegou em 2005 e nos deu hits como “B.Y.O.B.” e “Lonely Day”.
Drake e Future (2015)
O nome mais recente a atingir essa marca absurda é, curiosamente, uma dupla: os rappers Drake e Future lançaram um disco solo cada que chegou ao topo das paradas em 2015 e, depois, o trabalho colaborativo dos dois também alcançou o primeiro lugar.
If You’re Reading This It’s Too Late (Drake), DS2 (Future) e What a Time to Be Alive (parceria entre ambos) chegaram ao número 1 naquele ano. Vale lembrar, ainda, que isso colocou o canadense Drake como o primeiro artista desde o Led Zeppelin a não vir dos EUA e completar esse feito.