Johnny Cash é, sem dúvidas, um dos músicos mais importantes de todos os tempos.
Fiona Apple, apesar de jovem, é também um dos nomes da música mais interessantes da história, já que não apenas lançou discos emblemáticos, marcantes, experimentais e pra lá de sinceros, como também faz questão de abordar questões importantes com muita firmeza.
E o que aconteceu quando essas duas verdadeiras forças da natureza se juntaram? Pois o resultado você pode ouvir logo abaixo.
Johnny Cash e Fiona Apple
Em 2002, o mundo foi agraciado com um dos últimos discos de toda carreira de Cash, American IV: The Man Comes Around, o último a sair com ele em vida.
Como o nome bem indica, o álbum faz parte da série American, criada por Johnny em parceria com o mega produtor Rick Rubin, que deu uma merecidíssima nova cara à carreira do astro norte-americano ao final da sua vida.
Na época, Johnny Cash já havia sido deixado de lado pelas gravadoras há algum tempo e Rubin o acolheu com uma ideia sensacional: não apenas regravar canções que marcaram sua carreira como registrar covers ao lado de grandes nomes, principalmente experimentando com elementos que não seriam tão óbvios assim.
Só no quarto volume da série American, o favorito desse que aqui escreve, estão a lendária cover de “Hurt”, do Nine Inch Nails, e versões para sons de Sting (“I Hung My Head”), Beatles (“In My Life”), Depeche Mode (“Personal Jesus”), Eagles (“Desperado”) e Hank Williams (“I’m So Lonesome I Could Cry”).
Essa última é um dueto com ninguém menos que o lendário Nick Cave e essa não é a única parceria do álbum.
Johnny Cash resolveu regravar o clássico “Bridge Over Troubled Water” da dupla Simon & Garfunkel e recrutou justamente a jovem Fiona Apple, que à época tinha seus 25 anos.
O resultado é uma parceria emblemática que marca um álbum impecável, recheado de grandes interpretações e alguns dos melhores momentos de toda carreira do Homem de Preto.
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A última faixa, inclusive, é uma cover da tradicional “We’ll Meet Again” com membros da família Cash nos backing vocals.
A canção era usada por parentes de combatentes da Segunda Guerra Mundial como um canto de despedida e esperança, já que fala “Nos encontraremos novamente / Não sei quando, não sei onde / Mas eu sei que nos encontraremos novamente / Em um dia ensolarado”.
De forma icônica, essa é a última faixa do último disco de Johnny Cash em vida, e você pode ouvir tudo isso logo abaixo.