Uma nova pesquisa conduzida pela MRC Data/Nielsen Music (via Billboard) trouxe algumas informações bem interessantes sobre o TikTok.
Segundo os resultados do estudo, a plataforma que vem causando muita polêmica nos EUA e quase foi banida no país antes de um acordo de última hora pela permanência é bastante responsável pelo consumo musical de pessoas da Geração Z.
Os dados mostram que 52% das pessoas dessa faixa (entre 13 e 23 anos) no país norte-americano utilizam sites como o TikTok ou o Triller, seu concorrente, e cerca de 48% desse grupo consomem vídeos que são relacionados à música.
O curioso, no entanto, é que dentro da rede social as pessoas que produzem conteúdo como dublagens e danças geralmente têm mais seguidores do que os próprios artistas responsáveis pelas músicas que embalam esses vídeos.
TikTok e influência no mercado musical
Um exemplo dessa situação é a influencer Bella Poarch, com 25,3 milhões de fãs no TikTok, mais do que os mega grupos de K-Pop BTS e BLACKPINK (20,1 e 17,8 milhões, respectivamente).
Justamente por isso, a plataforma tem se tornado fundamental dentro de estratégias do mercado musical. Talvez o primeiro grande sucesso a sair de lá tenha sido “Old Town Road”, de Lil Nas X, mas já são inúmeros outros como “Dance Monkey”, de Tones and I, e “Roxanne”, de Arizona Zervas; todas essas atingiram no mínimo o Top 10 das paradas mundiais.
O exemplo mais absurdo disso é a garota Charli D’Amelio, de apenas 16 anos e com 88 milhões de seguidores e 6,7 bilhões de curtidas em suas publicações, que já participou de campanhas para promover hits financiadas por gravadoras.
A matéria da Billboard cita a RCA Records como um dos casos em que isso ocorreu, já que o vice-presidente sênior de marketing digital do selo, Tarek Al-Hamdouni, fez parcerias com personalidades do TikTok em campanhas para canções como “Say So”, de Doja Cat, e “Boys Ain’t Shit”, do SAYGRACE.
A tendência, segundo o estudo, é que cada vez mais esses produtores de conteúdo sejam tratados como verdadeiros astros — e o são, se considerarmos o poder de suas influências.
Ao mesmo tempo, dada essa “inversão” de importâncias, fica sempre a dúvida: será que os artistas serão constantemente reciclados ou veremos surgir novas estrelas longevas na música?
É difícil saber agora, com tão pouco tempo para analisar e com a concorrência aumentando cada vez mais (o Triller tem investido pesado nos influencers e o Instagram desenvolveu o Reels recentemente) mas certamente teremos as respostas no futuro.
Vamos aguardar!