Promessa é dívida aqui no TMDQA! e, depois de um tempinho ausente, a nossa lista mensal de lançamentos nacionais e internacionais está de volta para ficar.
Sempre ao final do mês, iremos trazer as nossas seleções entre tantos lançamentos de discos importantes, ainda mais em um 2020 no qual a arte é uma das poucas coisas que nos resta.
Pois estamos chegando ao fim do mês de Setembro e, com todos os problemas que vêm se acumulando no mundo, pelo menos temos uma seleção incrível de discos para tornar a vida um pouco mais agradável.
Separamos uma lista com 35 novos álbuns que passeiam por títulos nacionais e internacionais, indo desde nomes consagrados como Deftones e Fleet Foxes lançando trabalhos muito aguardados até boas revelações da nova geração, como a dupla brasileira Hot e Oreia.
Divirta-se e aproveite também para começar a acompanhar o Podcast Tenho Mais Discos Que Amigos!.
Por lá, toda sexta-feira, falamos sobre os assuntos mais comentados da semana e os principais lançamentos do dia!
Por Felipe Ernani e Tony Aiex
A. G. Cook – Apple
Fundador da PC Music — literalmente, pelo menos no que diz respeito à gravadora —, A. G. Cook lançou seu segundo disco de estúdio e o segundo de 2020. Apple alterna entre momentos bem mais próximos do eletrônico e outros em que a sonoridade acústica predomina, e mostra um equilíbrio bem interessante.
Alicia Keys – ALICIA
Sempre genial, Alicia Keys não decepcionou nem um pouco com o novo disco ALICIA. “Underdog” já entra certamente para o rol de clássicos da cantora, e o disco ainda tem outros grandes momentos como “Show Me Love”, parceria com Miguel, e a poderosa “Love Looks Better”. Em geral, é o que se esperaria: a mistura perfeita de R&B, Soul e Pop que consagrou Alicia há tanto tempo.
Big Sean – Detroit 2
Detroit 2 colocou Big Sean para dominar as paradas mundiais, então só por isso já seria injusto deixá-lo fora dessa lista. Mais do que isso, no entanto, o disco é um dos grandes trabalhos do Rap em 2020 e se consagra pela capacidade de conciliar sons modernos e clássicos, como fica claro em “Guard Your Heart” e “Lithuania”.
BK’ – O Líder em Movimento
Sem dúvidas um dos discos mais aguardados do ano, O Líder em Movimento cumpre toda a promessa que BK’ fez sobre o trabalho. Épico, poderoso, forte e, claro, cheio de batidas sensacionais, o novo disco mostra que o rapper carioca é realmente referência no gênero e melhora a cada álbum.
Bob Mould – Blue Hearts\
Lenda do Punk e famoso guitarrista e vocalista do Hüsker Dü, Bob Mould mostra que quem é rei nunca perde a majestade mesmo em seu ótimo novo disco Blue Hearts. Com forte pegada do gênero que o consagrou mas se aproximando um pouco da sonoridade mais radiofônica do Rock Alternativo, Mould pode estar em um segundo auge tardio!
Cynthia Luz – Não É Só Isso
Com participações de grandes nomes como Tassia Reis e Froid, Não É Só Isso mostra tudo que Cynthia Luz tem a oferecer de melhor: batidas envolventes, uma voz poderosa e um instrumental que parece cada vez mais qualificado. Sem dúvidas uma das artistas para ficar bem de olho agora e no futuro!
Declan McKenna – Zeros
Dono do hit “Brazil”, Declan McKenna está de volta com o disco Zeros e expande a sua sonoridade Indie Pop para incluir mais elementos modernos, soando um pouco mais atualizado e pronto para tocar em grandes arenas do que em seus trabalhos anteriores. Ainda assim, o cara disponibilizou versões mais cruas de algumas canções para quem prefere dessa forma.
Deftones – Ohms
O aguardadíssimo nono disco de estúdio dos Deftones é uma introdução perfeita para quem quer conhecer a banda agora, e um verdadeiro presente aos fãs de longa data. A reunião da banda com Terry Date deu certo demais e, se Gore dividiu opiniões, Ohms não deixou muito espaço para críticas.
Everything Everything – RE-ANIMATOR
O Indie dançante do Everything Everything está de volta com tudo em RE-ANIMATOR. Liderado pelo single “Violent Sun”, o grupo se prende ao que sabe fazer bem e oferece um novo “cardápio” aos fãs que estavam há 3 anos no aguardo do sucessor de A Fever Dream.
The Flaming Lips – American Head
Sem deixar o experimentalismo de lado, o The Flaming Lips abraça uma sonoridade mais agradável em um de seus melhores discos da carreira, certamente um dos mais fáceis de digerir também. American Head conta ainda com a participação da ótima Kacey Musgraves em “God and the Policeman”.
Fleet Foxes – Shore
Com participação de Tim Bernardes na faixa “Going-to-the-Sun Road”, o novo disco do Fleet Foxes chegou para trazer paz aos fãs em meio às loucuras do mundo. Shore é belíssimo do começo ao fim e faz jus ao nome, te transportando de fato para a beira do mar e abraçando as influências de brasileiros como João Gilberto e Tim Maia.
FLETCHER – The S(ex) Tapes
Dona de sucessos como “Undrunk” e “All Love”, FLETCHER voltou melhor do que nunca no sensual The S(ex) Tapes. Seja por meio de sua belíssima voz ou das batidas que reforçam a intenção sexy do álbum, o trabalho se destaca por não se acanhar nem um pouco em tratar do amor de uma forma bem visceral.
The Hives – Live at Third Man Records
Se você já teve a sorte de ver o The Hives ao vivo, sabe que a banda está entre as melhores do mundo nesse formato. Pela primeira vez, uma gravação conseguiu realmente capturar a energia dos caras em suas apresentações e Live at Third Man Records é um ótica nova para quem já conhece as músicas da banda.
Hot e Oreia – Crianças Selvagens
Há algum tempo a dupla Hot e Oreia vem se estabelecendo como um dos destaques da recheadíssima cena do Rap nacional. Crianças Selvagens faz com que os mineiros ganhem ainda mais respeito ao unir letras incríveis, batidas envolventes e flows sensacionais. Tudo isso com ótimo uso dos samples e das participações especiais!
Hurts – Faith
A belíssima “All I Have to Give” é um clássico instantâneo e Faith é um daqueles discos que une emoção, poder e muito potencial Pop. É daqueles que você precisa ouvir bem alto e se preparar para sentir de tudo um pouco!
IDLES – ULTRA MONO
Em meio a polêmicas, o IDLES entrega um trabalho que, ao menos musicalmente, representa o que eles sempre propuseram: muitas críticas, mensagens fortes e uma pegada visceral que remete fortemente ao Punk. ULTRA MONO provavelmente vai dividir opiniões, mas vale ouvir para decidir qual é a sua.
Knuckle Puck – 20/20
Fiel ao Pop Punk, o Knuckle Puck volta a mostrar que é um dos poucos grandes nomes restantes na cena com o novo disco 20/20. Sucessos como “Earthquake” e a faixa-título te transportam direto para a década passada, e pode ser um belo conforto para quem está se esforçando para passar por esse ano tão difícil (e quem não está?).
Lil Peep – HELLBOY
Pioneiro do Emo Trap, o saudoso Lil Peep ganha um álbum póstumo de respeito com o ótimo HELLBOY e traz até sample de Avenged Sevenfold. O trabalho serve para nos mostrar mais uma vez que ele poderia estar contribuindo com muita coisa boa à música se ainda estivesse vivo. Baita disco, mas deixa um gosto amargo pela situação que o envolve.
Lydia Loveless – Daughter
“Wringer” é uma das músicas do ano com seu ritmo dançante e destacando a voz poderosa de Lydia Loveless, que vai se mostrando uma das mais belas da última década. Somando-se a isso outras boas faixas como “Love Is Not Enough” e “September”, parceria com a icônica Laura Jane Grace, o disco Daughter rapidamente se transforma em presença obrigatória nessa lista.
Machine Gun Kelly – Tickets to My Downfall
Mais conhecido como uma figura do Rap ou do Pop, Machine Gun Kelly não teve medo de apostar para o ótimo Tickets to My Downfall. Com produção de Travis Barker e forte pegada Pop Punk, o disco estabelece MGK como uma figura de referência para aproximar a nova geração de um gênero que vem ressurgido depois de um período sem tanta popularidade e se destaca por trazer uma sonoridade atualizada, com elementos das outras vertentes musicais do artista.
Marcelo D2 – Assim tocam os MEUS TAMBORES
Único da lista a ainda não ter sido disponibilizado, Assim tocam os MEUS TAMBORES é mais um trabalho pioneiro de Marcelo D2, que o escreveu integralmente durante suas transmissões ao vivo na Twitch.
Chega no dia 26 de Setembro, sábado, e não podemos deixar de ouvir!
Marilyn Manson – WE ARE CHAOS
Apesar de manter a mesma estética dark de sempre, Marilyn Manson voltou um pouco mais “digerível” em WE ARE CHAOS. Substituindo o peso por uma pegada mais Rock clássico, o novo disco mostra um lado interessante do polêmico artista e talvez seja uma direção explorada mais vezes no futuro.
Matuê – Máquina do Tempo
Com direito a sample de Charlie Brown Jr. e mostrando que seu talento vai além do Rap, o aguardado disco de estreia de Matuê correspondeu às expectativas e vem fazendo muito barulho na cena brasileira. Nem todos curtem o trabalho do cara, é verdade, mas vale a pena dar uma chance se você não conhece.
MAX – Colour Vision
MAX é um nome pra ficar (bem) de olho dessa nova geração do Pop, e em Colour Vision ele mostra que já deixou de ser promessa e é realidade. Os sucessos bombásticos de “Love Me Less”, parceria com Quinn XCII e de “Blueberry Eyes”, parceria com SUGA (BTS) são provas disso.
The Menzingers – From Exile
Diretamente de seu “exílio”, o The Menzingers gravou versões mais intimistas de suas músicas e compilou tudo no álbum From Exile, que se tornou um daqueles discos que você ouve do começo ao fim sem nem perceber.
Movements – No Goods Left to Give
Conhecido por suas belas e emotivas canções que acumulam influências do Emo, do Rock Alternativo e até do Metalcore, o Movements entrega exatamente isso no novo disco No Goods Left to Give. Prato cheio pra quem curte!
Napalm Death – Throes of Joy in Jaws of Defeatism
Com letras cheias de mensagens fortes e uma sonoridade absolutamente renovada, o Napalm Death volta a mostrar o porquê de ser considerada uma das melhores bandas de Metal da história. Throes of Joy in Jaws of Defeatism é um dos melhores discos pesados de 2020 sem dúvida alguma, e entra instantaneamente para a seleção de clássicos da banda.
Public Enemy – What You Gonna Do When the Grid Goes Down?
“Fight the Power”, clássico do Public Enemy, nunca esteve mais atual. Literalmente: a versão 2020 da faixa é um dos grandes destaques do novo What You Gonna Do When the Grid Goes Down?, que ainda inclui ótimas novidades como “Public Enemy Number Won” com participação dos Beastie Boys e “State of the Union (STFU)”, parceria com o DJ Premier. Um dos discos mais necessários do ano!
RADWIMPS – 夏のせい
Se você já assistiu ao aclamado filme de animação Your Name, já deve estar familiarizado (talvez mesmo sem saber) com os japoneses do RADWIMPS. Em seu novo EP, primeiro lançamento desde 2018, os caras voltam a explorar a sonoridade que transita entre o Rock alternativo e o Soft Rock, sempre com bom uso de elementos orquestrais e eletrônicos. Vale a pena conferir — tem até versão do single principal em inglês (“Blame Summer”) para quem sente muito a diferença linguística.
Sad13 – Haunted Painting
Depois de uma boa estreia com Slugger em 2016, demorou mas Sadie Dupuis (Speedy Ortiz) voltou com seu projeto solo Sad13. O novo disco de estúdio Haunted Painting traz o que se esperaria da frontwoman, mas isso está longe de ser ruim — depois de 4 anos, é ótimo refrescar o repertório de suas canções.
Sufjan Stevens – The Ascension
Com uma mescla perfeita entre melancolia e misticismo, Sufjan Stevens voltou com tudo em The Ascension. Recheado de elementos eletrônicos mas sem perder a proximidade com o Folk, o trabalho entra para a seleção dos melhores do músico e é um dos grandes de 2020.
Thurston Moore – By the Fire
É claro que o trabalho solo de Thurston Moore remete muito ao Sonic Youth, mas By the Fire entra em uma nova categoria por trazer uma versão verdadeiramente confortável do músico em sua carreira solo através de canções como a épica “Siren”, além da pancada “Cantaloupe”. Vale muito a pena ouvir.
Will Butler – Generations
Como falou em entrevista ao TMDQA!, o norte-americano pensou nessas músicas antes mesmo da pandemia, sendo que algumas composições são de 2015 e as eleições norte-americanas, que “deixaram tudo muito estranho”, influenciaram o processo.
Yellow Days – A Day In A Yellow Beat
Não à toa, Yellow Days convidou nomes como Mac DeMarco para o álbum, sendo que o ícone da psicodelia empresta seus tons à faixa “The Curse”.
YoungBoy Never Broke Again – Top
Você já deve ter percebido que o Rap tem revelado alguns dos melhores talentos nos últimos anos, e hoje em dia é bem difícil traçar a linha entre esse gênero e o Pop. Isso fica ainda mais complicado quando vemos alguém como YoungBoy Never Broke Again, que com o ótimo Top se mostra absolutamente pronto para dominar as paradas mundiais.