John Frusciante diz que Rock está morrendo e explica sua volta ao Red Hot Chili Peppers

Em entrevista a um podcast de música eletrônica, John Frusciante diz que Rock está morrendo há algum tempo e fala sobre retorno ao Red Hot Chili Peppers.

John Frusciante com o RHCP em 2020
Foto de John Frusciante via JFEffects

Até que fazia um tempinho, mas voltamos a ter a discussão sobre a “morte” do Rock And Roll em evidência e agora é por causa do guitarrista John Frusciante.

O músico que voltou ao Red Hot Chili Peppers em 2019 e deveria estar excursionando com a banda se não fosse a pandemia do novo Coronavírus esteve no podcast RA Exchange, do Resident Advisor, veículo especializado em música eletrônica.

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Por lá, falou sobre os elementos que o inspiram a lançar discos voltados ao gênero com o qual tem trabalhado mais nos últimos anos e também abordou o estilo musical da banda que o catapultou ao mundo.

John Frusciante e o Rock And Roll

Frusciante foi questionado sobre seu retorno aos Chili Peppers, com o apresentador dizendo que ele havia confidenciado que sentia um grande impacto sobre como as músicas que criou ao lado da banda ainda significam tanto para muita gente.

Após falar sobre como ainda é um “choque” saber que tantas pessoas se conectam com as canções, ele ainda falou sobre como é um “desafio” fazer músicas boas no Rock And Roll e disse (via Alternative Nation):

É um tipo específico de desafio fazer música para um público específico que irá achar que aquilo é bom. E o Rock é um tipo de música que, para os meus ouvidos, está morrendo há algum tempo, e está realmente em seus últimos suspiros nesse exato momento. Parecia ser um desafio interessante tentar fazer boas músicas de rock que têm ideias sobre as quais as pessoas ainda não pensaram.

Muita gente acha que um tipo de música está morrendo porque todas as possibilidades foram exploradas e utilizadas. Eu não acho isso sobre nenhum tipo de música, e eu acho que você ainda pode criar grandes canções de blues, ou ótimas músicas envolvendo o Rock And Roll dos Anos 50. Para mim, especialmente, há muita coisa que eu posso fazer com a ideia do jungle que é inovadora, e com a banda é a mesma coisa.

Para compor música eletrônica, sou um grande colecionador de discos de soul e funk dos Anos 60 e 70. Nós temos a nossa forma de abordar esses estilos, é algo que eu só consigo fazer com essas pessoas [Red Hot Chili Peppers]. Como o que o jeito que o Flea toca baixo faz com que mude a minha forma de tocar guitarra, isso é o que me faz querer tocar guitarra. Eu não me interessaria muito se não fosse pelo Flea.

Quando eu componho um conjunto de progressão de acordes, eu consigo ouvir como ele toca baixo em cima disso. Ele tem uma forma específica de tocar algo que foi composto e está lá escrito mas ao mesmo tempo é improvisada e muito divertida de ouvir nos ensaios. Eu acho que eu nunca encontraria isso em outro baixista, e os nossos estilos nasceram para se complementar.

É uma das coisas que parece que caiu do céu e eu provavelmente não poderia esperar que isso acontecesse com qualquer outro baixista. Então é isso, todas essas coisas contribuíram para a minha decisão de aceitar a oferta de tocar na banda.

Você pode ouvir o episódio na íntegra, em inglês, clicando aqui.

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