Promessa é dívida aqui no TMDQA! e, depois de um tempinho ausente, a nossa lista mensal de lançamentos nacionais e internacionais está de volta para ficar.
Sempre ao final do mês, iremos trazer as nossas seleções entre tantos lançamentos de discos importantes, ainda mais em um 2020 no qual a arte é uma das poucas coisas que nos resta.
Pois estamos chegando ao fim do mês de Outubro e, com todos os problemas que vêm se acumulando no mundo, pelo menos temos uma seleção incrível de discos para tornar a vida um pouco mais agradável.
Separamos uma lista com 40 novos álbuns que passeiam por títulos nacionais e internacionais, indo desde clássicos como Bon Jovi e Bruce Springsteen até nomes mais recentes, como o Bring Me the Horizon e o Nothing But Thieves.
É claro que a música brasileira também está bem forte com trabalhos incríveis de Luedji Luna, Wry e mais, e o Rap marca sua presença com uma série de discos excelentes de nomes como Black Thought e Busta Rhymes.
Divirta-se e aproveite também para começar a acompanhar o Podcast Tenho Mais Discos Que Amigos!.
Por lá, toda sexta-feira, falamos sobre os assuntos mais comentados da semana e os principais lançamentos do dia!
Por Felipe Ernani e Tony Aiex
21 Savage & Metro Boomin – SAVAGE MODE II
Impulsionado pelo hit “Mr. Right Now”, que ainda conta com Drake, o disco colaborativo entre 21 Savage e Metro Boomin é um dos trabalhos mais conceituais e sensacionais do Rap. Certamente um dos melhores discos do gênero no ano, e uma fábrica de hits já que ainda conta com as ótimas “Runnin” e “Glock in My Lap”.
Adrianne Lenker – songs
A voz do Big Thief se coloca mais íntima do que nunca no novo songs, que faz parte de uma dupla com sua versão auto-explicativa instrumentals. A melodia suave de Adrianne Lenker é de acalentar até os dias mais difíceis, e o single “anything” entra como forte candidato ao prêmio de música mais bela de 2020 (se é que isso existe em algum lugar).
Ariana Grande – positions
Em seu disco mais explícito até hoje, a cantora não abandona a influência Pop mas absorve novos elementos do R&B clássico. Positions vê Ariana se reinventando mais uma vez e atingindo uma nova sonoridade em relação ao aclamado thank u, next (2019), mostrando que sair da zona de conforto é praticamente obrigação para si.
beabadobee – Fake It Flowers
Beatrice Laus adotou esse nome artístico meio difícil de falar mas seu talento é fácil de compreender.
Fake It Flowers é o disco de estreia da artista que, se em canções anteriores mergulhava profundamente no bedroom pop, agora dá ênfase às guitarras e nos lembra de eras de ouro do Rock Alternativo.
BIN – Para Todas as Mulheres Que Já Rimei
Com belíssimas linhas de guitarra e melodias vocais, BIN vai além do beat padrão em seu disco de estreia Para Todas as Mulheres Que Já Rimei — que chegou bem no finalzinho de Setembro e acabou ficando de fora da nossa lista daquele mês. Sempre é tempo de elogiar esse belo trabalho, que comprova que “Marília Mendonça” é apenas o primeiro de vários hits daqui pra frente.
BLACKPINK – THE ALBUM
Definitivamente um dos trabalhos mais aguardados do ano, o disco de estreia das estrelas do K-Pop chegou com tudo e cumpriu a promessa. Depois de começar esse novo ciclo com a já icônica “How You Like That”, a sequência veio tão boa quanto com sucessos como “Ice Cream”, com Selena Gomez, e a ótima “Lovesick Girls”.
Black Thought – Streams of Thought, Vol. 3: Cain and Abel
Tariq, mais conhecido como MC do The Roots, voltou com seu sensacional projeto Black Thought em 2020 e o disco Streams of Thought, Vol. 3: Cain and Abel — sucessor do Volume 2 de 2018 — é um dos mais necessários do ano, além de exibir constantemente o talento impressionante do rapper com seus flows únicos. Vale um destaque especial para a ótima “Nature of the Beast”, que conta com o Portugal. The Man e outros convidados.
Bon Jovi – 2020
Apostando forte no seu Rock clássico de sempre, o Bon Jovi cumpriu o que se esperaria de um novo disco em 2020. Com um nome bastante apropriado, o trabalho traz algumas canções interessantes como “Do What You Can” mas, para quem é fã, é mais uma boa série de músicas no catálogo da lendária banda.
Bring Me the Horizon – POST HUMAN: SURVIVAL HORROR
Mais uma vez, o Bring Me the Horizon acerta em cheio ao se renovar e trazer elementos diversos ao seu som que já constantemente navega entre o Metal e o Pop (!). No novo trabalho, os britânicos parecem unir esses dois opostos mais do que nunca, resgatando suas origens (“Dear Diary,”) e ao mesmo tempo seguindo em frente e experimentando novos sons (“Kingslayer”, com BABYMETAL).
Bruce Springsteen – Letter to You
Sincero e aparentemente mais exposto do que nunca, Bruce Springsteen se entrega com força no excelente Letter to You. “The Boss” parece estar envelhecendo como vinho, já que o excelente Western Stars (2019) mal teve seu ciclo de vida e já recebemos mais um excelente trabalho do cara, que ainda traz algumas canções do passado.
Busta Rhymes – Extinction Level Event 2: The Wrath of God
Com uma escalação recheada de feats e incluindo nomes como Mariah Carey, Kendrick Lamar, Anderson .Paak e até o saudoso Ol’ Dirty Bastard, o novo disco de Busta Rhymes chega com tudo e revive a sonoridade do rap dos anos 90 em toda sua majestade, mas com uma mensagem mais atual do que nunca.
Corey Taylor – CMFT
Você já deve saber que Corey Taylor vai muito além de “o vocalista do Slipknot“, ou mesmo de seu trabalho com o Stone Sour. O cara provou isso mais uma vez em sua ótima estreia solo, que vai do Rock and Roll tradicional até a balada ao piano e exibe novos lados do músico, inclusive mais despojado e divertido do que nunca.
Death Valley Girls – Under the Spell of Joy
A banda de Los Angeles faz uma mistura interessante de gêneros do Rock And Roll que deixam todos por aqui muito feliz, apostando no garage rock, na psicodelia, no jazz e mais.
Baita pedida!
Emma Ruth Rundle & Thou – May Our Chambers Be Full
O mês não teve muitos lançamentos da música pesada, mas a união entre Emma Ruth Rundle e o Thou traz um som arrastado dos melhores para quem curte essa pegada. O novo trabalho, May Our Chambers Be Full, vai de vocais suaves e belas melodias até guturais agressivos e atmosferas sombrias com perfeição.
Future Islands – As Long as You Are
Grande nome do Synthpop no mundo, o Future Islands voltou com tudo em As Long as You Are, sucessor de The Far Field (2017). É difícil imaginar que a banda vá conseguir outro hit como a inesquecível “Seasons (Waiting on You)”, mas o novo trabalho traz um belo catálogo de opções como “For Sure”, “Moonlight” e “Born in a War”.
Gorillaz – Song Machine, Season One: Strange Timez
Lançado em episódios, o primeiro capítulo do projeto Song Machine, do Gorillaz, foi disponibilizado na íntegra recentemente. Além das já conhecidas parcerias com nomes como Robert Smith (The Cure) e Elton John, há vários outros destaques como os encontros musicais com Beck, St. Vincent e JPEGMAFIA/CHAI.
Jeff Tweedy – Love Is the King
O líder do Wilco aproveitou o tempo em quarentena para escrever um dos discos mais belos de sua carreira. Love Is the King faz jus ao nome e desperta os mais variados sentimentos de amor, ainda mais ao ouvir faixas excelentes como “Guess Again” e “Gwendolyn”.
Jónsi – Shiver
Com produção de A.G. Cook, grande nome da PC Music, Jónsi (Sigur Rós) traz uma sonoridade extremamente única em seu novo disco solo. Shiver ocasionalmente parece um disco orgânico e de arrepiar, e por vezes se coloca como experimental e cheio de efeitos e barulhos eletrônicos que deixam claro que o islandês não tem medo de arriscar.
Jay Electronica – Act II: The Patents of Nobility (The Turn)
Jay Electronica está tirando o atraso em 2020. Depois de 13 anos de espera desde a chegada de sua primeira mixtape, ele finalmente lançou seu disco de estreia A Written Testimony em Março, e voltou a nos agraciar com novas músicas agora em Outubro com Act II: The Patents of Nobility (The Turn), outra mixtape que era muito aguardada por seus diversos atrasos. Que venha mais!
https://www.youtube.com/watch?v=oqHUV1WgIFg
John Frusciante – Maya
É claro que todos os olhares sob John Frusciante estão voltados ao seu trabalho com o Red Hot Chili Peppers, mas o cara acabou de lançar um disco extremamente honesto e interessante. Maya vê o guitarrista explorar seu olhar mais eletrônico, e canções como “Brand E” mostram que ele leva muito jeito pra isso — como se já não soubéssemos.
Julico – Ikê Maré
Julico é o nome artístico que Júlio Andrade, vocalista e guitarrista da banda brasileira The Baggios, resolveu usar para a sua carreira solo.
No primeiro disco, Ikê Maré, ele celebra diversas influências nacionais e internacionais para mostrar uma sonoridade bastante própria.
Luedji Luna – Bom Mesmo É Estar Debaixo D’Água
Depois do sucesso de Um Corpo no Mundo (2017), a expectativa era grande para o próximo trabalho de Luedji Luna. E podemos afirmar com tranquilidade: Bom Mesmo É Estar Debaixo D’Água vai além de qualquer uma delas, e mostra que Luedji chegou para ficar e se estabelecer com um dos maiores nomes da nova geração brasileira.
Matt Berninger – Serpentine Prison
O vocalista do The National é mais um que aproveitou o tempo da quarentena para finalizar um projeto solo, e o resultado é o agradabilíssimo Serpentine Prison. O disco vê Matt Berninger mais suave do que nunca, e traz um clima mais bucólico do que estamos acostumados a ter em sua banda principal.
Melanie C – Melanie C
Há quem pense que as integrantes do aclamado grupo Spice Girls encerraram as suas atividades há longos anos, mas Melanie C nunca parou.
A artista britânica está chegando ao seu oitavo disco solo com Melanie C, onde mostra sonoridades voltadas ao Pop para falar a respeito de diversas questões importantes na sua vida.
Midnight Oil – The Makarrata Project
18 anos depois de seu último disco, Capricornia (2002), os australianos do Midnight Oil voltaram com uma proposta sensacional: dar espaço a artistas de origem indígena e dos povos das Primeiras Nações, como Jessica Mauboy, Dan Sultan, Frank Yamma, Alice Skye e mais.
Mr. Bungle – The Raging Wrath of the Easter Bunny Demo
Buscando fazer justiça com seu próprio passado, o Mr. Bungle se juntou a Scott Ian (Anthrax) e Dave Lombardo (ex-Slayer) para regravar sua primeira demo, The Raging Wrath of the Easter Bunny. O resultado é que finalmente canções como “Eracist” têm uma versão decente e de fácil acesso, e agora torcemos para que os caras tenham se inspirado para escrever material inédito!
mxmtoon – dusk
Dando sequência ao EP dawn, a ótima mxmtoon explora sonoridades da música clássica e mostra que suas composições cruas, que começam no ukulele, podem tomar formas grandiosas. Além disso, a aposta forte no Pop em parceria com Carly Rae Jepsen vê a cantora californiana pronta para sair da sua bolha e se expandir.
Nothing But Thieves – Moral Panic
Aguardado sucessor de Broken Machine (2017), o novo disco do Nothing But Thieves é mais um que cumpriu com as expectativas. A balada “Impossible” e a dançante “Is Everybody Going Crazy?” são bons exemplos do que o disco oferece, mas o verdadeiro destaque é a incrível “Unperson”, possivelmente a melhor música que os caras já fizeram até hoje.
Pallbearer – Forgotten Days
Mais uma para os fãs do som arrastado: o Metal do Pallbearer está de volta com força total no ótimo Forgotten Days, que já desponta como um dos melhores discos de música pesada em 2020. Liderado pelo single homônimo, o trabalho traz influências que remetem a grupos como Black Sabbath, Red Fang e tantos outros.
Puscifer – Existential Reckoning
Depois do milagre que foi a chegada do novo disco do TOOL, era até aceitável que o vocalista Maynard James Keenan tirasse um tempinho de folga. Mas não foi o que rolou, e ele trouxe de volta o projeto Puscifer com Existential Reckoning, álbum que sucede Money Shot (2015) e é liderado pelo excelente single “The Underwhelming”, exibindo um lado mais eletrônico de Maynard do que costumamos ver.
Sam Smith – Love Goes
Figurinha carimbada do Pop, Sam Smith já havia dado uma bela prévia do seu novo disco Love Goes com o mega sucesso “Diamonds”. Essa sonoridade é expandida no álbum completo, que vai desde a bela faixa-título, uma balada ao piano com participação de Labrinth, até a animada “Dancing with a Stranger”, parceria com Normani.
The Struts – Strange Days
Cheio de convidados especiais e apostando forte no Rock and Roll clássico e bem-humorado de sempre, o The Struts aproveitou os “dias estranhos” da pandemia para fazer um disco necessário nos dias de hoje — leve apesar de pesado musicalmente, divertido e ótimo para deixar as preocupações de lado por um tempo.
Tagua Tagua – Inteiro Metade
Finalmente jogando ao mundo seu primeiro disco completo, a ótima Tagua Tagua acertou em cheio com Inteiro Metade. O projeto de Felipe Puperi vê uma sonoridade que transita entre o Indie e o Psicodélico e se afinca com força em melodias extremamente agradáveis que dão o tom para todo o mergulho trazido no álbum.
Touché Amoré – Lament
Parece que o Touché Amoré melhora a cada disco, e depois de Stage Four (2016) era difícil imaginar como os caras poderiam fazer isso. A resposta é Lament, disco que vem sensacional ao unir as melodias de voz mais agressivas ao belíssimo instrumental atmosférico com boa pegada Shoegaze. Um dos discos do ano!
tricot – 10
Se você não conhece o tricot, chegou a hora. O sensacional quarteto japonês divulgou o disco 10, que já entra como possivelmente seu melhor, e traz tudo que eles oferecem de melhor: ritmos malucos, tempos quebrados e muita energia juntamente às melodias quase-Pop da voz.
Trippie Redd – Pegasus
Trippie Redd se consolida como um dos grandes nomes da cena atual do Rap no ótimo Pegasus, que traz 26 canções. Ele já vem conquistando o mercado com diversos singles e participações e já soma inúmeros lançamentos nos últimos anos, mas aparece mais maduro do que nunca dessa vez e ainda recebe nomes como Future, Busta Rhymes e muito mais na nova obra.
Ty Dolla $ign – Featuring Ty Dolla $ign
Muito conhecido por seus feats, Ty Dolla $ign inverteu os papéis e recebeu uma série de convidados para seu novo disco, que faz referência justamente às suas famosas participações. O cara recrutou nomes como Post Malone, Kanye West, FKA twigs e mais para essa escalação recheada, e o resultado, claro, é incrível.
The Vamps – Cherry Blossom
Sem abandonar seu Pop característico, o The Vamps volta mais maduro do que nunca em Cherry Blossom. Com alguma influência mais forte do Rock em canções como “Married in Vegas” e trazendo batidas mais eletrônicas e profundas, como vemos em “Chemicals”, não é à toa que o grupo britânico voltou ao topo das paradas em seu país de origem.
Woodkid – S16
Sete anos depois de sua estreia com The Golden Age, o francês Woodkid voltou com tudo e com os dois pés no industrial com S16. Com conceito bastante amarrado e visuais incríveis, o trabalho se destaca por sua sonoridade bela e, ao mesmo tempo, capaz de te transportar para ambientes em que muito suor (e até sangue) foi derramado.
Wry – Noites Infinitas
Verdadeira instituição do indie brasileiro, o grupo paulista Wry está lançando um novo álbum onde vai além do pós-punk que apresenta há décadas.
Em Noites Infinitas as novidades estão na sonoridade e também nas letras, que aparecem em português.