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Gilberto Gil, Elza Soares e mais são excluídos da lista de personalidades negras da Fundação Palmares

Presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo alterou as regras da lista de personalidades negras e nomes como Gilberto Gil e Elza Soares foram excluídos.

Gilberto Gil em 2006, quando era Ministro da Cultura do governo Lula
Foto de Gilberto Gil via Shutterstock

Sérgio Camargo, presidente da Fundação Palmares, resolveu alterar algumas das regras da lista de personalidades negras comandada pela instituição e, com isso, nomes como Gilberto Gil, Elza Soares e mais acabaram perdendo suas posições por ali.

A nova medida, publicada em uma portaria no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (11), determina que só poderão ser prestadas essas homenagens de forma póstuma; por isso, esses nomes e outros que integravam a lista atual, como Marina Silva e Martinho da Vila, serão excluídos a partir do dia 1º de Dezembro, quando a decisão entra em vigor.

Em sua página no Twitter, Camargo afirma que “o Brasil finalmente poderá ter orgulho da galeria da Fundação Palmares” e garante que novos nomes estão sendo adicionados, destacando entre esses MussumWilson SimonalLuiz Melodia João do Pulo, focando agora em “quem deu contribuição histórica em sua área de atuação”.

Não ficou explícito, até o momento, se as personalidades foram excluídas por não cumprirem esse critério de “contribuição histórica” ou apenas pela nova regra que obriga as homenagens a serem póstumas.

Reação de artistas

Uma das que teve seu nome excluído, a atriz e cantora Zezé Motta se pronunciou por meio de um post no Instagram criticando o uso do tempo de Camargo para uma medida considerada de retrocesso ao invés de progresso:

Com tantas ações e medidas a serem realizadas em favor da cultura negra, com tanto trabalho para ele se ocupar, por que o senhor Sérgio Camargo prefere perder o tempo dele e de uma entidade pública brasileira retirando homenagens justas para personalidades que tanto fizeram por este país?

Você pode ver a publicação de Zezé a seguir e vale lembrar que essa não é a primeira polêmica de Sérgio Camargo sob o comando da Fundação. Gravações de áudio vazadas apontam para falas em que ele classifica o movimento negro como “escória maldita”, critica o Dia da Consciência Negra e tece outros comentários

 

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