Vendas de vinil no Reino Unido aumentam e indicam melhor ano desde 1990

Após reabertura das lojas físicas de vinil no Reino Unido, em Junho, as vendas de LPs crescem e podem atingir novo recorde até o final do ano.

Loja de discos
Foto de Loja de Discos via Shutterstock

E o vinil vem conquistando cada vez mais espaço na casa dos amantes da música! As vendas de vinil no Reino Unido estão perto de atingir um novo recorde após três décadas.

Segundo a NME, as vendas aumentaram cerca de 10% este ano em relação a 2019, resultando até o final de 2020 em um valor próximo a 100 milhões de libras, ou o equivalente a mais 700 milhões de reais. Este seria o melhor ano para os bolachões desde 1990.

Com a pandemia no coronavírus, o mercado de música física caiu praticamente pela metade em Março quando os varejistas foram forçados a fecharem suas lojas. Porém, os primeiros sinais positivos de vendas surgiram a partir da reabertura desses estabelecimentos em Junho.

Ao The Guardian, o diretor administrativo da maior distribuidora independente de vinil e CDs do Reino Unido, Proper Music, falou sobre esse crescimento notório:

Achei que poderia ser catastrófico para a indústria, mas o tipo de pessoa que compra discos provavelmente também vai a muitos shows. Eles não podem mais fazer isso, então parece que os fãs estão gastando o dinheiro que costumavam gastar em shows todos os meses com discos.

Em meados de Novembro, a cantora Kylie Minogue ficou no topo das paradas de vinil com seu novo álbum Disco. Essas vendas ajudaram a cantora a se tornar a primeiro artista feminina a liderar a parada de álbuns do Reino Unido em cinco décadas consecutivas.

Cassetes e CDs

Algo que também vale ser destacado é o crescimento das vendas de fitas K7. Elas tiveram um aumento de 85% até agora, em relação a 2019. As vendas totais podem atingir o valor de £ 1 milhão, cerca de mais de 7 milhões de reais, o maior desde que o formato se tornou novamente um interesse do público da música.

Já com relação aos CDs, suas vendas caíram 30% até o momento, neste ano, segundo a Entertainment Retailers Association. Entretanto, Hill destaca que apesar de não ser um formato que esteja tão popular nos últimos anos, a pandemia não indica que ele deixará de existir.