Entrevistas

"Libertador": Amy Lee fala sobre novo disco, luta contra o machismo e bastidores do Evanescence

A incrível Amy Lee teve uma conversa exclusiva com o TMDQA! sobre o novo disco do Evanescence, questões sociais — como feminismo — e muito mais. Leia!

Amy Lee, do Evanescence
Foto: Wikimedia Commons

Há algum tempo os fãs do Evanescence estão carentes por um novo disco da banda. Mas a espera está perto de acabar, já que o grupo liderado por Amy Lee prepara o aguardadíssimo The Bitter Truth e, pelo que mostram os primeiros singles, vem algo muito bom por aí.

Ao lado de “Wasted on You”, que abriu os trabalhos e é o mais perto de uma balada que tivemos até agora, “The Game Is Over” e “Use Your Voice” mostram novos lados de uma banda já consagrada mas ainda capaz de se reinventar e buscar novos sons — sempre com uma mensagem importante para consolidar suas intenções.

Justamente por isso, conversamos com a incrível Amy, que em um papo super bem-humorado contou ao TMDQA! mais detalhes sobre as inspirações por trás das faixas e ainda usou sua plataforma para entrar em assuntos sociais complexos, que certamente nos fazem refletir.

Mais do que isso, conversamos sobre os hits “Bring Me to Life” e “My Immortal”, e como eles evidenciaram o machismo contra o qual a vocalista lutou durante a sua vida na indústria musical. Você pode conferir esse papo na íntegra abaixo!

Entrevista com Amy Lee (Evanescence)

Evanescence
Foto do Evanescence via Shutterstock

TMDQA!: Oi, Amy!

Amy Lee: Oi! Prazer em te conhecer, Felipe! Como você está? Nunca nos falamos antes, né?

TMDQA!: O prazer é todo meu! Nunca nos falamos, infelizmente. Mas espero que essa seja a primeira de muitas conversas! Eu estou bem, e você?

Amy: Eu estou bem, estou me sentindo muito bem essa semana. Colocando toques finais no disco, chegando ao final, o que é maravilhoso. E finalmente parece que temos alguma esperança aqui nos EUA [a entrevista foi na semana seguinte às eleições do país], então…

TMDQA!: Ah, sim! Fico feliz que você esteja bem. Queria começar te parabenizando pelos novos singles, que têm sido incríveis e soam de fato como algo novo — aliás, sempre que vocês lançam novas músicas eu tenho essa sensação.

Amy: Obrigada!

TMDQA!: Acho que você estão sempre experimentando, né? E pra mim isso ficou muito claro com “Use My Voice”, que é tão diferente de tudo que vocês já fizeram antes. E essa canção acabou ficando tomando um novo significado com as eleições por aí e tudo mais… O significado original, pra vocês, já era esse? Se não, como você lidou com essa transformação?

Amy: É o significado real sim, mas é mais do que isso também. Vem de um lugar de reflexão pessoal: se levantar, mesmo que seja assustador e mais difícil do que só se desligar, é um desafio pessoal pra mim, ter que superar várias coisas e ser capaz de lutar as lutas para que possamos tornar as coisas melhores. É algo pelo que eu passei nesses últimos anos, então definitivamente fala comigo.

E, sabe, quando a música começou a ser escrita, foi há uns dois anos. Honestamente, foi inspirada primeiramente por uma afirmação impactante de uma sobrevivente de abuso sexual, e ela tinha estado nesse tribunal, em um julgamento realmente longo e humilhante, e no final de tudo ela se levantou e leu esse comunicado incrível, diretamente ao abusador dela. E eu o li e eu lacrimejei. Eu fiquei tão inspirada porque me ocorreu — é o coração da música, na verdade — que não haveria nada que eles pudessem fazer contra ela que tirasse o maior poder dela, que era maior do que qualquer outra coisa, que era ser corajosa o suficiente para simplesmente estar ali e falar a verdade.

Isso ressoou comigo e eu imediatamente sentei e escrevi aquele primeiro verso; isso cresceu e cresceu e se morfou e mudou e se tornou mais político conforme o tempo passou e nós assistimos a tudo que acontecia no mundo e no nosso país [EUA], então eu só sinto que era pra ser, sabe? Que tenha sido como foi e que tenha acontecido de nós lançarmos nesse momento e que tenhamos sido capazes de usá-la como uma plataforma para podermos inspirar, encorajar e empoderar as pessoas para usarem suas vozes e irem votar.

TMDQA!: Sensacional. Você lembra o nome dessa pessoa, Amy? Se quiser compartilhar, é claro.

Amy: Sim, o nome dela é Chanel Miller. Ela escreveu um livro [Know My Name: A Memoir], eu ainda estou lendo.

TMDQA!: Ah, obrigado por falar! Tenho certeza que muitas pessoas irão se interessar. Bom, ainda sobre os novos singles, eu sinto que esse tema da verdade realmente está muito presente, né — ainda mais pelo título, The Bitter Truth [A Verdade Amarga]. Sinto que nessas novas músicas você está sempre falando sobre as verdades dolorosas, mas parece que no fim das contas tudo tem um lado positivo, como se você estivesse nos mostrando o processo que te levou às respostas. É por aí?

Amy: Não! [risos] Eu fico feliz que você tenha me perguntado isso, porque não é como se eu tivesse entendido tudo. Eu não entendi. E escrever, pra mim… sou eu entendendo, sabe? E eu acho que, ouvindo uma música como “The Game Is Over”, sou eu falando sobre querer mudar dentro de mim mesma, para que eu não sinta a necessidade de ser falsa de alguma forma na frente das outras pessoas, de projetar quem eu quero ser. Eu quero realmente ser aquela pessoa. Isso é meio que um chamado para mim mesma, um desafio para mim mesma!

Não é dizer “Eu consegui!”, é dizer “Isso é difícil! Estou tentando fazer isso!”. E isso realmente é meio que universal na escrita desse disco, e antes também; sempre foi meio que eu abrindo o jogo e falando sobre o processo. Muitas vezes, quase sempre, quando eu começo a escrever letras, são só pensamentos aleatórios; só tipo, blá blá blá e pronto. Mas pequenas palavras vêm saindo inconscientemente e quase toda vez há alguma coisa muito valiosa que acaba saindo e eu acabo construindo em cima daquilo, e frequentemente há momentos em que eu ouço as coisas do passado e é como se eu me ouvisse falando comigo mesma, como se fosse uma pessoa separada. É terapêutico pra mim, me ajuda a resolver meus problemas. [risos]

The Bitter Truth e colaboração com Bring Me the Horizon

TMDQA!: E certamente isso é algo com o que muita gente se identifica, né? Não ter as respostas. [risos] Você disse que está colocando os toques finais no disco. Pode adiantar algo pra nós? Data de lançamento, próximo single…?

Amy: Não posso, mas eu vou ter outra reunião com os empresários depois dessa entrevista então deve surgir alguma coisa. [risos] A gente está quase lá. A gente meio que só tem que decidir agora, sabe, qual vai ser a melhor hora para lançar o resto do disco, essas coisas.

Mas eu tenho visto esse processo todo de lançamento como diferente do que fizemos antes e meio que tentado fazer cada mordida durar e nos sustentar por esse ano. [risos] Então é por isso que temos lançado música por música mesmo sem ter terminado, mesmo ainda estando trabalhando nisso, e nós vamos continuar lançando músicas. Acho que vamos lançar uma nova música daqui algumas semanas, para manter a coisa girando, e aí já vem o resto do álbum.

TMDQA!: Certo! Estamos empolgados e ansiosos! [risos] Falando em lançar novas músicas, você participou recentemente de uma com o Bring Me the Horizon, uma das minhas bandas preferidas. Foi um encontro sensacional. O Oli Sykes já contou um pouquinho desse processo pra gente em uma entrevista [clique aqui pra ler], mas queria saber a sua perspectiva de tudo; até porque é uma música super sombria, né? Eu amei…

Amy: Eu também! É bastante.

TMDQA!: Você pode contar um pouco mais sobre como foi esse processo de trabalhar com eles?

Amy: Foi maravilhoso! Eles são os mais talentosos e classudos; eu iria amar trabalhar junto com eles mais vezes, de qualquer jeito. Nós somos fãs das músicas um do outro e a gente já meio que tinha falado disso, pensado em trabalhar junto em algum dia, mas eu estava agora super envolvida com o disco do Evanescence, né? Então quando eles me abordaram e falaram “É agora, essa é a música, a gente tem uns dois dias” eu já pensei “Putz, pior timing, eu estou tão ocupada”.

Mas aí eu ouvi a música e eu fiquei completamente apaixonada, e eu tive que colocar o que eu estava fazendo em espera por uma semana e só me dedicar completamente àquela música, e sou muito grata por isso. Foi algo que se derramou em mim, em um momento em que eu estava derramando tanto em tanta coisa coisa, sabe? Me deu combustível, me inspirou, foi incrível.

Foi um processo ótimo, o Oli me procurou e aí nós falamos no telefone e meio que só cantamos e mandamos uns trechos um pro outro todo dia até ficar pronto. E eu não poderia ficar mais feliz com o resultado.

TMDQA!: Que bom que você tirou um tempo pra isso! Se você não se importar com a pergunta… [risos] Essa situação só aconteceu por conta do “quase processo”, por eles terem “plagiado sem querer” uma melodia do Evanescence. Eu sei que isso já foi resolvido, mas fiquei muito curioso pra saber como você descobriu. Foi você mesma que percebeu? Alguém te avisou?

Amy: Olha, é um pouco difícil porque eu sinto que é a banda deles, então são eles que têm que contar essa história, sabe? [nós perguntamos isso pro Oli na entrevista linkada acima!] Mas posso falar um pouco disso, porque eu acho que ficou um pouco mal entendido em algumas notícias que surgiram por aí, mesmo com ele tendo se explicado sobre como foi.

A gente nunca processou, nunca nem ameaçamos processar, não foi tão dramático assim! [risos] O que aconteceu, na verdade, é que a gente nunca disse nada. Eles vieram atrás da gente e falaram tipo, “Nós achamos que acidentalmente plagiamos a música de vocês”. [risos] E aí a gente falou tipo, “Ah, sim, é, eu acho que dá pra ouvir mesmo. Mas tudo bem”, só que não era uma conversa direta, era um papo entre empresários, sabe? Então foi meio, tipo… “Dá pra ouvir, mas eu não sei, tá tudo bem”.

E aí eles que viraram e falaram “É, mas eles realmente querem consertar isso”. [risos] Então é isso. Eu estava na expectativa de que a gente pudesse se juntar em algum momento e contar essa história direito com mais detalhes, porque é tão o oposto do que costuma rolar com essas coisas de direitos autorais, sabe? As histórias sempre envolvem brigas, pessoas falando tipo, “Não vou abrir mão do que é meu!” e afins, e isso foi totalmente o oposto.

É isso que eu quis dizer quando falei que eles são classudos, sabe? Do próprio coração deles, eles quiseram resolver isso, ouvindo os próprios fãs. Isso mexeu bastante conosco e daí pra frente foi uma coisa meio, “Uau, vamos trabalhar juntos algum dia”, sabe? A gente deveria fazer isso de propósito da próxima vez. [risos]

Evanescence e questões sociais

TMDQA!: Fico feliz que isso tenha acontecido! Olha, recentemente você começou a ser mais vocal sobre diversas questões sociais — não que não fosse antes, mas passou a ser muito mais agora. Ao mesmo tempo, isso não é de hoje: eu cresci com minha mãe e minha irmã, por exemplo, te admirando não só como uma vocalista de uma banda mas como um verdadeiro ícone, uma inspiração, um espelho delas próprias e um atestado ao que elas podem ser dentro do Rock. Imagino que isso seja algo perceptível quando você se apresenta: ver famílias nos seus shows, mães com suas filhas te olhando, te admirando… Como isso faz você se sentir?

Amy: Maravilhosa. Eu tenho que dizer que, assim como as letras que acabam soando meio “Eu entendi tudo!” que falamos antes, é o mesmo caso aqui: é uma missão em progresso, sempre. É algo que… o fato de nós sermos quem nós somos, quer isso signifique ser uma mulher ou ser de uma raça específica ou ser de uma classe social específica, todas essas coisas que potencialmente nos dividem socialmente, essas ideias que as pessoas têm de quem nós devemos ser, quanto mais nós conseguimos quebrar essas barreiras e mostrar a essas pessoas que nós podemos ser iguais… sabe? Só iguais! Não mais ou menos.

Eu acho que é interessante, inclusive. O feminismo… ele significa coisas diferentes para pessoas diferentes, mas o que eu realmente acho que significa é: direitos iguais. Não significa que mulheres são melhores que homens, significa que somos iguais, sabe? Quando se trata do que somos capazes de fazer e do que devem permitir que a gente faça, e como devemos ser respeitadas quando falamos. E sim, definitivamente, essa é uma plataforma que eu sempre pude estar e eu não tive medo.

Aliás, eu tive que, eu não tinha uma escolha. Quando eu tinha uns 21 anos, na nossa primeira turnê, eu enfrentei todos os tipos de chauvinismo e besteiras, sabe? Só falar com um DJ de rock, essas coisas… [risos] É essa coisa que você tem que assumir um papel pra fazer com que eles façam o que você quer, sabe? E eu só odiava isso, não queria fazer dessa forma.

Então ter que lutar um pouco contra esse sistema… eu tenho orgulho disso. É algo que é uma escolha ativa, e você pode só continuar jogando o jogo ou pensar, “Quer saber? Eu não vou mais jogar esse jogo”. Não é só sobre mim, é sobre todas as outras garotas, é sobre todo mundo.

Então se eu estou falando com um pouco mais de clareza agora do que eu estava antes, eu acho que é porque por mais que eu seja grata por estar onde eu estou, eu reconheço o fato de que não foi fácil e foi contra as probabilidades. E isso ainda é o caso, para muitas mulheres por aí, especialmente querendo se enfiar no mundo do Rock, especialmente nos EUA. Temos que estar todas aqui uma para a outra, e mudar o que isso parece ser.

Quanto mais de nós existirem e quanto mais mudanças trouxermos, mais pode continuar mudando.

TMDQA!: Incrível, Amy! Em uma entrevista recente, aliás, você mencionou que teve uma luta dessas quando foi lançar “Bring Me to Life”. A versão original não teria aquela parte do Rap, né? E acabou que ela nunca foi lançada da forma como você imaginou naquele momento. Vocês têm planos de lançá-la em algum momento?

Amy: Sabe… é engraçado. Ela existe. Eu lembro que parte da nossa luta… olha, você vai me dar gatilho. [risos] Parte da nossa luta com a gravadora naquela época foi principalmente porque era a nossa primeira música, e eu não queria que as pessoas se confundissem e pensassem que havia dois vocalistas na banda ou algo do tipo.

Mas ao mesmo tempo, machucou porque eles estavam me dizendo basicamente, “Por mais que você seja ótima, as pessoas não vão te aceitar sozinha, a gente precisa fazer isso mastigável para dar às pessoas”. E eu discordava completamente e, sabe, o meio-termo foi “Bring Me to Life”. O que eles realmente queriam é que nós trouxéssemos uma pessoa para sempre, para estar em todas as músicas.

Então, uma das coisas sobre essa luta, quando nós decidimos fazer só essa música, a gente pediu para que, por favor, quando eles enviassem as músicas para as rádios, eles mandassem as duas versões. Tipo, ok, mande a versão com o Rap, mas mande a versão original também. E eles disseram que fizeram mas… né? Eu nunca ouvi.

TMDQA!: Que saco.

Amy: Ah, tá tudo bem. Tudo que as pessoas precisam fazer é ir aos nossos shows. A gente tem tocado essa música sem o Rap há alguns anos e, na verdade, é uma parte que fica legal os fãs fazerem. Então não sinto que estamos perdendo nada, definitivamente. E foi bom meio que deixar isso ir, sabe?

Porque eu me lembro que no começo a gente tinha que ter [essa parte] ali, porque era o single, né? E em uma ocasião rara a gente estava com o 12 Stones, a banda cujo vocalista fez essa parte, então nós fizemos e tudo mais. Mas quando não era o caso, a gente tinha que fazer com um dos caras da banda, e não era natural pra ele… nunca pareceu certo, sabe?

Então eu me lembro bem do dia que eu falei “Ah, quer saber? Chega do Rap! Não vamos mais fazer!”. [risos] “Eu não preciso dele!”, e foi libertador. A gente tomou isso de volta pra gente de tantas formas.

TMDQA!: E falando nisso, eu fiquei curioso porque “My Immortal” também acabou tendo duas versões diferentes, né? Isso foi ideia sua ou da gravadora também?

Amy: É, isso foi meio que uma briga também. Porque a gente tinha uma demo da música que eu cantei quando eu tinha tipo 19 anos, e era ok, mas não era ótima. Eu não estava sendo produzida nem nada assim, e a gente fez por conta própria, o piano nem era um piano de verdade, era um piano elétrico que parecia um piano.

E assim, a gente nem tinha a master dessa versão, mas não sei se você já ouviu falar de “demoíte”? [risos]

TMDQA!: Nunca! [risos]

Amy: Quando você escreve uma música, você geralmente grava uma demo e aí você ouve bastante antes de ir lá gravar de fato, sabe? E frequentemente você fica tão grudada naquela performance específica que acaba rolando algo que você fica pensando, tipo, “Tem algo errado, perdeu a magia”, algo assim! Isso acontece muito, e comigo também, mas dessa vez rolou com a gravadora.

Eles realmente queriam aquela performance vocal, apesar de que a gente fez muito melhor — eu sei que a gente fez melhor, muito melhor. Aquela versão com a banda completa, as cordas do Dave Campbell e tudo mais… é superior! Mas eles queriam aquela outra tanto que a gente teve que colocar duas no álbum. Teve a versão deles, que eles colocaram umas cordas e usaram na trilha sonora de Demolidor, e eu fico com vergonha alheia toda vez que ouço. E é a que eu mais ouço. [risos] Toda vez que estou no mercado e toca eu penso, “Opa, olha aí minha demo”. [risos]

E aí tem a nossa versão que é bela, tem a banda entrando, então todo mundo se sente parte, sabe? É só uma daquelas coisas que, quando você está fazendo seu primeiro álbum, você aprende. E muito. E durante toda essa caminhada — hoje em dia não tanto — você tem que lutar pela sua arte, você realmente tem. Especialmente quando você é muito nova.

Aliás, por algumas coisas você tem que lutar, e algumas coisas você tem que ouvir. Porque outras pessoas podem ter boas ideias, sabe? Não quero agir como se não tivessem tido boas ideias que chegaram até mim, porque definitivamente tiveram. Eu aprendi muito nesse tempo.

TMDQA!: Entendo! Que fique registrado que também prefiro a versão com a banda.

Amy Lee: [risos] Obrigada! Bom saber!

TMDQA!: Amy, tenho tempo para mais uma pergunta só, infelizmente. Queria falar rapidamente sobre o Brasil, porque certamente os fãs de vocês por aqui estão entre os mais apaixonados do mundo. Você sente falta daqui? Está com saudade e já tem planos pra voltar pra cá quando for possível?

Amy: Eu mal posso esperar pra voltar! A gente ainda não tem planos porque temos alguns compromissos para compensar; a gente tinha uma turnê pela Europa marcada para esse ano e obviamente não pudemos fazê-la, então a primeira coisa será compensar isso aos fãs. Depois disso, o jogo começa. Estamos de volta.

E nós absolutamente amamos o Brasil, tanto! Pelas pessoas e pela cultura, sabe? A gente ama aí demais. Da beleza da natureza até a comida, a música, o espírito e a energia… a gente ama o Brasil. Eu sou muito grata por um lugar com esse ser tão cheio de… bom, sejamos justos, vocês são fãs de música em geral, vai? Eu não sou a única! [risos]

Todas as outras bandas com quem eu converso, especialmente as de Rock, eles falam tipo, “É, o Brasil cara, é demais”. Então eu não vou levar crédito sozinha por isso. [risos] Vocês curtem músicas boas, e eu sou muito grata por ser uma das artistas que vocês abraçaram.

TMDQA!: Claro! A gente mal pode esperar pra te receber também. Muito obrigado pelo seu tempo, Amy! Foi um prazer. Fique bem por aí!

Amy: Eu que agradeço! Se cuide!