Não há palavras que possam descrever apropriadamente o ano de 2020. Intenso. Surpreendente. Interminável. Pensando em uma maneira de resumir a sucessão de eventos caóticos que foi este ano, a Rolling Stone criou “So, How Was Your 2020” (Então, Como Foi o Seu 2020?), uma série na qual artistas respondem a um questionário sobre música, cultura e memórias que definiram seu ano. A entrevistada da vez? Hayley Williams.
A artista fala sobre o que a trouxe conforto durante a pandemia, além de refletir sobre o que aprendeu com seus erros, e o que espera alcançar em 2021.
O ano da vocalista do Paramore foi intimista, algo que pode ser percebido em seu álbum de estreia em carreira solo, Petals For Armor. Hayley aprendeu a plantar seu próprio alimento e a desenvolver misturas de chá, voltou-se para seus livros favoritos, assistiu mais filmes do que consegue se lembrar e ouviu música. Muita música.
Os Destaques de Hayley Williams em 2020
- O álbum que mais ouvi em 2020 foi:
“Quiet Signs, da Jessica Pratt.”
- Minha série favorita para assistir durante a quarenta:
“Eu quero começar a ver Normal People e Insecure novamente.”
- A música que define “2020” para mim é:
“‘Lopin’ Along Thru The Cosmos’, por Judee Sill.” (A cantora fez um cover da música em junho deste ano)
- Eu definiria meu atual estado mental como:
“Cuidadosamente esperançosa.”
- O vídeo viral que assisti diversas vezes durante a quarenta foi:
“Jordan Firstman imitando qualquer coisa.”
- Um álbum favorito que busquei para me confortar este ano foi:
“Mama’s Gun, de Erykah Badu.”
- Um filme favorito que busquei para me confortar este ano foi:
“Psicopata Americano. Brincadeira, eu não sei, eu assisti a um milhão de filmes.”
- Um hobby que desenvolvi na quarentena foi:
“Fazer minhas próprias misturas de chá. Eu me tornei uma nerd quando o assunto é chá, porque isso foi basicamente o que me ajudou a criar uma rotina de meditação pelas manhãs.”
- A celebridade com quem eu gostaria de passar a quarentena é:
“A mãe da Billie Eilish. As lives no Instagram dela onde ela cozinha todos os tipos de pratos vegetarianos me confortaram muito.”
- A coisa mais interessante que aprendi a cozinhar durante a quarentena foi:
“Eu comecei a plantar alguns alimentos este ano. Um amigo me arranjou alguns materiais e eu comecei a colher minhas frutas, vegetais e ervas. E cozinhei com tudo isso. O processo tem sido lindo de se aprender e definitivamente empoderador. Minha parte favorita do verão foram os feijões verdes com alho que plantei.”
- O melhor livro que li na quarentena foi:
“Em qualquer momento, o melhor livro que já li é Mulheres Que Correm Com Os Lobos. Eu aprendo mais toda vez que releio. Ultimamente, tenho lido bastante sobre os conceitos de ‘instinto ferido’ e ‘raiva justa’.”
- Algo positivo que aconteceu comigo e que ninguém notou:
“Eu tive meu primeiro ano de folga do trabalho e de tours desde que eu tinha 15 anos.”
- O que mais aprendi com um erro este ano foi:
“Aprender que lançar um álbum significava que eu estava vivendo e me tornando minha própria mulher. Eu não tinha tempo de viver de forma simples ou me tornar minha própria pessoa até todos os meus “planos” serem contrariados por causa da pandemia e de outras tragédias. Sentir um propósito através do ativismo, me sentir descansada por causa da solidão e me render…Eu realmente acho que tinha algumas coisas bem distorcidas até este ano. Ainda estou aprendendo.”
- Os maiores heróis de 2020 foram:
“Os cachorros.”
- Uma palavra ou frase que eu nunca mais quero ouvir:
“Eu só queria não ter que saber quem Mitch McConnell (senador do estado de Kentucky, nos Estados Unidos) é.”
- O que eu mais quero fazer quando a pandemia acabar:
“Fazer shows com o Paramore e suar com estranhos.”
- Minha maior esperança para 2021 é:
“Nós vamos ter uma nova administração federal que vai levar à sério a luta pela equidade racial, pela assistência médica que vai incluir recursos acessível para pessoas que sofrem com transtornos mentais; eu espero que o rock continue sua bela ascensão à vanguarda da consciência musical de todos.”