Não há como começar qualquer tipo de texto, retrospectiva ou lista sobre o ano de 2020 sem falar que ele mudou as nossas vidas para sempre.
Não há, também, como prever o que será do futuro em um mundo tão polarizado onde até a vacinação virou arma política, mas há como saber que existem outras pessoas mundo afora sentindo as nossas aflições, medos e angústias e falando sobre elas.
Mais que isso, há um montão de gente talentosa colocando suas ideias no papel e gravando discos que impactam as nossas vidas profundamente.
Do revival da música Disco até as guitarras do Punk e do Hardcore, a música nos tocou de diferentes maneiras no ano do Coronavírus e o fez através de artistas que definitivamente foram algumas das pessoas mais afetadas pelo peso da pandemia, já que foram basicamente impedidas de tocar seus sons para plateias ao vivo.
Para nossa sorte, ainda temos as gravações de estúdio, e apresentamos aqui a lista com os 50 Melhores Discos Internacionais de 2020 segundo o Tenho Mais Discos Que Amigos!
Ao final de tudo, na última página com o Top 10, aproveite para seguir a nossa playlist com 50 faixas — uma de cada um desses álbuns.
Divirta-se!
Textos por Tony Aiex, Daniel Pandeló Corrêa e Felipe Ernani
50. The Lawrence Arms – Skeleton Coast
A banda Punk The Lawrence Arms é uma daquelas verdadeiras pérolas que não tiveram o reconhecimento popular que mereciam.
O grupo de Chicago foi formado em 1999 e influenciou diversos nomes ao longo do tempo, sendo citado por exemplo por membros de nomes como blink-182, mas mesmo dentro do Punk Rock sempre foi visto como um grupo de nicho.
Em 2020 o trio lançou seu sétimo disco, o primeiro em seis anos, e resgatou alguns de seus melhores momentos, misturando guitarras e melodias como poucos.
49. Paris Jackson – wilted
Ao final de 2020, Paris Jackson surpreendeu o mundo todo com seu disco de estreia, Wilted.
Aos 22 anos de idade, a filha de Michael Jackson se coloca no mercado para, justamente, parar de ser referenciada como a herdeira do aclamado artista e fazer seu próprio nome, e começa em grande estilo.
Wilted é um álbum que mergulha profundamente no Rock Alternativo, no Indie e no Folk, tendo sido escrito e gravado ao lado de membros da ótima banda Manchester Orchestra.
Se tivesse contado com uma campanha de divulgação maior, provavelmente teria aparecido em muitas outras listas de final de ano.
48. Joji – Nectar
Aos 28 anos de idade, George Kusunoki Miller tem um currículo de diversos trabalhos na Internet, mas definitivamente Nectar é uma nova página em sua carreira.
O segundo disco do cara tem elementos de Soul, R&B, Rock Alternativo, Trap e mais, tudo muitíssimo bem dosado ao lado de nomes como Yves Tumor, Diplo, BENEE e mais.
Uma das gratas surpresas do ano, embalou a nossa rotina em tempos difíceis e nos fez esquecer temporariamente do mundo lá fora.
47. Sorry – 925
Duo inglês que mescla Eletrônico, Indie e Rock Alternativo em imagens urbanas surrealistas, idílicas e intensas, criando um novo modo de pensar uma experiência psicodélica, o Sorry é uma espécie de encontro do The Kills com o The xx para a nova geração.
Em seu disco de estreia, mostrou que tem tudo para se tornar um dos favoritos do Indie.
46. The Strokes – The New Abnormal
O sexto disco de estúdio da banda norte-americana The Strokes também chegou ao mundo no início da pandemia e, curiosamente, carregava o nome de The New Abnormal, ou “O Novo Anormal”.
No álbum, a banda resgata sua sonoridade clássica e adiciona alguns novos elementos, principalmente da New Wave que dão uma revigorada interessante na sonoridade dos caras, que não criavam um material digno de nota desde Angles, de 2011.
Ao final das contas, é uma espécie de retorno à forma que talvez tenha chegado um pouco atrasado, mas ainda bateu no coração dos fãs.
45. Pearl Jam – Gigaton
Gigaton é um dos discos de 2020 que com certeza teriam feito mais barulho se não fosse a pandemia.
Melhor álbum do Pearl Jam em longos anos, o décimo primeiro trabalho dos caras saiu justamente ao final de Março, quando o mundo todo ainda estava sem entender direito o que significavam quarentena, isolamento e COVID-19.
Definitivamente é um disco pra voltar e apreciar.
44. Lady Gaga – Chromatica
Chromatica chegou após remarcações e muita confusão por causa da pandemia e evidenciou uma fase onde a sempre influente Lady Gaga mostrou mais uma vez todo seu poder de ditar novas tendências.
Se a estética foi celebrada por fãs, a sonoridade custou a sair da bolha de seguidores. Ainda assim, apresentou faixas com uma abordagem interessante para a Dance Music que vem sendo celebrada nos últimos anos por artistas mais jovens.
43. beabadoobee – Fake It Flowers
O disco de estreia da jovem Beatrice Laus é repleto de grandes momentos.
Aos 20 anos de idade e adotando um nome artístico difícil de pronunciar, ela impressiona por canções que misturam Indie, Pop/Punk, Grunge e até uma pitada de Dream Pop em um caldeirão que faz todo sentido.
Muito coeso, o álbum vai te levar uma hora para as rádios de música Alternativa dos Anos 90 e, em outros momentos, para o que vem sendo tocado em festivais descolados mais recentes.
Começou com o pé direito!
42. CeeLo Green – …Is Thomas Callaway
Em seu sexto disco solo, CeeLo Green resolveu deixar a persona mais famosa de lado para voltar ao nome de batismo e fez bonito demais.
O álbum que carrega suas origens é baseado em estilos clássicos como o Blues, o R&B e o Soul, e a produção de Dan Auerbach (The Black Keys, The Arcs) ajudou a deixar toda a qualidade do cara bastante evidente.
41. Soccer Mommy – Color Theory
A artista Sophia Regina Allison rapidamente se tornou um dos nomes mais quentes da música global e conseguiu uma proeza que poucos alcançam: continuou com a credibilidade da cena alternativa/independente mesmo lançando projetos em grandes gravadoras.
Seu segundo disco, Color Theory, é uma viagem imersiva por um universo cheio de grandes timbres e vocais, tudo com um apelo Pop interessante.
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