30. Charli XCX – How I’m Feeling Now
Resultado de um projeto coletivo e aberto como uma terapia em grupo, How I’m Feeling Now é um álbum completamente fruto da quarentena. Ele foi feito durante o período que seria ocupado pela turnê mundial (que passaria pelo Brasil) de Charli XCX.
Lidando com solidão, paixão, carência e lembranças do passado sob camadas e camadas de música eletrônica e PC Music, é um álbum que parece um retrato de 2020 feito por alguém de 3020.
29. SAULT – Untitled (Rise)
SAULT é um coletivo britânico de R&B sobre o qual sabe-se pouquíssima coisa.
A banda não faz trabalhos de divulgação na imprensa, seus músicos não dão muitas informações a respeito do projeto e isso ajuda a criar toda uma aura em torno do grupo que surgiu em 2019.
No ano passado, o coletivo lançou dois discos e agora repetiu a dose em 2020, sendo que tanto Untitled (Black Is) quanto (Rise) poderiam estar em listas de melhores do ano mundo afora.
Por aqui a gente ficou com o mais recente, lançado em Setembro.
28. Laura Jane Grace – Stay Alive
Laura Jane Grace não planejava lançar um disco solo da forma como lançou antes de começar a pandemia. Quando viu que todos os seus projetos com o Against Me! teriam que ser pausados por causa do Coronavírus, porém, não viu outra saída a não ser compor, gravar e lançar seus materiais.
Foi aí que nasceu Stay Alive, lançado de surpresa como um verdadeiro desabafo de uma artista que encontrou sua terapia na forma de canções e ainda serviu como psicóloga para os ouvintes.
Com muita força e transparência, mostra um ser humano repleto de questões a serem resolvidas em um mundo tão difícil, mas cheio de vontade de enfrentá-las de braços dados.
27. Taylor Swift – folklore
Facilmente o melhor álbum de Taylor Swift desde 1989, folklore surpreendeu muita gente que talvez tivesse esquecido o quão ótima compositora ela é.
Com um clima que mistura as baladas do ótimo Red com sons dos projetos de alguns dos colaboradores do álbum como Aaron Dessner (The National) e Bon Iver, folklore não é só um “disco de quarentena”, como foi vendido, mas uma prova inegável de talento para quem guarda ranço ou hate gratuito.
26. Laura Marling – Song for Our Daughter
A sempre incrível artista britânica Laura Marling chegou ao sétimo disco da carreira com uma árdua tarefa: lançar um disco pra lá de pessoal no meio da pandemia.
Song for Our Daughter foi disponibilizado ao mundo em Abril e nele a artista conversa com uma filha imaginária, passando por diversos temas de sua vida e se abrindo ao ouvinte, tudo envelopado por um som intimista.
25. Bad Bunny – YHLQMDLG
Para quem está acostumado com o tom radiofônico do Reggaeton, YHLQMDLG pode surpreender.
Primeiro dos três (!) discos lançados pelo porto-riquenho Bad Bunny neste ano, o álbum traz Trap e ritmos latinos para você debater saúde mental enquanto balança sua raba. Um dos destaques está logo de cara, em “Si Veo a Tu Mamá” com uma letra sensacional e um sample de “Garota de Ipanema” com um olhar irônico para essa música de lounge.
24. Kylie Minogue – Disco
E por falar em música Pop, a lenda australiana Kylie Minogue chegou, em 2020, aos seus 52 anos de idade e seu décimo quinto disco de estúdio.
Como bem diz o nome, Disco é uma celebração ao gênero tão popular nos Anos 70 e 80 que vem sendo reativado com frescor por nomes como Lady Gaga e Dua Lipa.
23. Sevdaliza – Shabrang
Já faz algum tempo que Sevdaliza se destaca como uma das vozes mais diferentes da música, não apenas por suas origens iranianas (e incorporação dos elementos dessa cultura em suas músicas) mas também pela capacidade impressionante de unir conceitos do Pop com o Rap e o Experimental.
Shabrang é melhor definido como um disco de Art Pop, mas resumir tudo que a cantora faz a uma única caixa é uma afronta ao seu trabalho tão único e ainda mais refinado do que na ótima estreia com ISON em 2017.
22. Grimes – Miss Anthropocene
Miss Anthropocene, quinto disco de estúdio da Grimes, cai naquela categoria dos álbuns que saíram antes da pandemia e parecem ter chegado em 1990, mais ou menos.
Acontece que o primeiro disco da exótica artista em cinco anos foi uma virada interessantíssima em sua carreira, com o experimental encontrando o popular na medida certa e resultando em um álbum que aponta para novas direções da música e agrada multidões ao mesmo tempo.
Definitivamente é um destaque em seu currículo.
21. Jeff Rosenstock – No Dream
Jeff Rosenstock se tornou um mestre em relatar elementos do cotidiano e, claro, na pandemia não iria passar batido.
No Dream é o quarto disco solo do músico conhecido principalmente pelo seu trabalho no ótimo (e finado) Bomb The Music Industry!, e assim como seus antecessores, saiu em Maio sem qualquer tipo de divulgação prévia.
Aqui, Jeff mistura Indie, Punk e letras pra lá de relacionáveis principalmente pra quem está vivendo nesse mundo maluco e tem seus 30 e poucos anos.
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