"Ninguém ajudou": Lauryn Hill conta por que não lançou discos após "Miseducation"

Em entrevista, Lauryn Hill relata falta de apoio de gravadora e explica por que não lançou mais discos depois do aclamado "Miseducation". Veja!

Lauryn Hill no Grammy em 1999
Foto de Lauryn Hill via Shutterstock

Uma das histórias mais impressionantes da indústria musical é a de Lauryn Hill, que teve um Grammy com o seu aclamado disco de estreia The Miseducation of Lauryn Hill e depois simplesmente nunca mais lançou nenhum álbum de estúdio.

Conforme conta a Billboard, a cantora conversou com a Rolling Stone sobre isso uma vez que o trabalho foi eleito o 10º melhor disco da história na lista atualizada dos 500 melhores da publicação. Por lá, ela revelou alguns dos motivos que a levaram a essa decisão:

A coisa mais louca é que ninguém da minha gravadora sequer me ligou e perguntou, ‘Como podemos te ajudar a fazer outro álbum?’. NUNCA… NUNCA. Eu disse nunca? Nunca!

Com ‘Miseducation’, não havia nenhum precedente. Eu estava, na maior parte, livre para explorar, experimentar e expressar. Depois de ‘Miseducation’, havia uma série de obstrucionistas com tentáculos, políticas, agendas de repressão, expectativas surreais e sabotagens POR TODO LADO. As pessoas haviam me incluído nas suas próprias narrativas dos SEUS sucessos no que dizia respeito ao meu álbum, e se isso contradizia a minha experiência, eu era considerada uma inimiga.

Lauryn Hill e Miseducation

Ainda na mesma entrevista, Hill disse ter sido sempre “muito crítica” de sua própria arte e afirmou que mudaria algumas coisas na obra, mas que “o AMOR no álbum, a paixão, a sua intenção é, para mim, inegável”. Ela elaborou sobre o legado do trabalho:

Eu acho que a minha intenção era simplesmente fazer algo que fizesse minhas ancestrais e meus ancestrais na música e no conflito social e político saber que alguém recebeu o que eles sacrificaram para nos dar, e para deixar os meus colegas saberem que podemos andar nessa verdade, com orgulho e confiança. Naquela época, eu sentia que era um dever e uma responsabilidade fazer isso. […] Eu desafiei a norma e introduzi um novo padrão. Eu acredito que ‘Miseducation’ fez isso e eu acredito que eu ainda faço isso — desafiar a convenção quando a convenção é questionável.

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