TMDQA! Entrevista: Jade Bird, revelação da música britânica apadrinhada por ícones dos EUA

Com uma sonoridade que une a música tradicional dos EUA e o Pop Rock britânico, Jade Bird é uma grande revelação do Reino Unido e falou com o TMDQA!. Veja!

Jade Bird
Divulgação

Jade Bird é uma das vozes mais promissoras do Reino Unido e 2021 promete ser um ano fantástico para a cantora que une a influência do Pop Rock de seu país com a música tradicional dos EUA.

Não à toa, Jade foi apadrinhada por verdadeiras lendas da música norte-americana como Sheryl Crow, Brandi CarlileDave Cobb, este último um produtor que já trabalhou com nomes como John Prine Lady Gaga e ficou responsável pela gravação de seus dois novos singles, “Headstart” (disponível acima) e “Houdini”.

As canções fazem parte do novo ciclo de lançamentos da cantora, dando sequência ao ótimo disco de estreia homônimo de 2019 que produziu hits como “Uh Huh” e “Does Anybody Know”.

Além de tudo isso, Jade também conquistou notoriedade graças à íntima “What Am I Here For”, mas vem evoluindo seu som a cada dia que passa e seu novo trabalho promete ser o mais maduro da carreira. Conversamos por e-mail com a artista que contou um pouco mais sobre o que vem por aí; confira a seguir!

Entrevista com Jade Bird

TMDQA!: Oi, Jade! Obrigado por tirar um tempo para responder nossas perguntas. Queria começar perguntando sobre “Houdini” e “Headstart”. Parece que essas músicas estão realmente expandindo a sua sonoridade, incluindo mais elementos de banda e mais maduras do que nunca. Ao mesmo tempo, o refrão de “Headstart” parece algo jovem, cheio de esperança. Como você equilibra essas coisas?

Jade Bird: Eu acho que depende de como eu estou me sentindo no momento. A vida tem uma série de emoções e a música também deve ter, então é assim que acontece, eu acho.

TMDQA!: Você gravou essas músicas com Dave Cobb, que já trabalhou com nomes como John Prine e Lady Gaga. Como foi isso? Também sobre isso, quão surpresa e feliz você ficou de ser meio que “adotada” por essa comunidade de cantores que inclui lendas como Sheryl Crow e Brandi Carlile?

Jade: Foi uma coincidência estranha eu ter parado nesse grupo. Eu sinto que a Brandi se tornou uma mentora, e o mesmo ocorreu com a Sheryl. De ídolas elas se tornaram algo mais próximo de colegas. É incrível, mas eu acho que todas nós temos a composição como algo em comum em sua forma mais básica. O Dave teve algumas histórias incríveis sobre o John Prine, mais sobre tipo, quão engraçado ele era como uma pessoa. Um dos maiores.

TMDQA!: Você ainda está nos primeiros anos da sua carreira mas já fez tanto. Tocar no SXSW, turnê com o Hozier, tantas outras coisas — e você era muito jovem quando essas coisas aconteceram. Isso te afetou, afetou sua música?

Jade: Eu acho que as turnês constantes eram algo incrível no começo, eu cresci tanto. No fim eu precisei de mais tempo para escrever, mas tudo funcionou bem — eu escrevi outro álbum em um ano. Eu sinto falta também, das turnês.

TMDQA!: Por outro lado, você tinha tudo para 2020 ser o ano da sua vida e acabou acontecendo a pandemia, te forçando a parar com algumas coisas. Como você se sente de finalmente poder lançar essas canções para o mundo?

Jade: É muito bom, e me deixa incrivelmente nervosa. Eu não tenho a “inércia” dos shows ao vivo para me apoiar e é algo que sempre foi muito importante para mim. É assustador e difícil mas ao mesmo tempo bem simples, eu acho. Eu só mal posso esperar até que o disco completo seja lançado porque ele põe muita perspectiva em relação a quanto eu cresci e mudei minha sonoridade.

TMDQA!: Se eu não estiver enganado, o disco estava pronto antes da COVID. Você acabou mudando algo nele ou é o mesmo de antes?

Jade: Houve algumas mudanças na mixagem, mas no geral nós mantivemos o que estava gravado. É assim que o Dave funciona melhor, eu acho. Ele é um mestre nesse processo.

TMDQA!: Por mais que você esteja sempre fazendo coisas acústicas, seu maior hit até hoje é “What Am I Here For”, uma música que parece mais íntima do que o normal. Você sente vontade de recriar essa ambientação ou você fica mais empolgada com esse formato maior, com banda?

Jade: É sempre o que sair, eu não vou atrás de algo só porque deu certo em questão de gênero. [“What Am I Here For”] encapsulou um momento que eu não poderia repetir. Nesse disco, há momentos mais acústicos, íntimos, e canções de Rock. Eu realmente não consigo ter apenas uma dimensão. Simplesmente não é quem eu sou.

TMDQA!: Finalmente, você já tem planos para 2021? Os fãs brasileiros podem te esperar por aqui assim que possível?

Jade: Eu realmente espero que sim. Não parece que qualquer pessoa poderá por um tempinho, infelizmente. Eu vou estar do lado de fora assim que a porta se abrir novamente, isso é certeza.