Após anunciar que trabalha atualmente na concepção de seu novo álbum, o Shaman lançou no YouTube um vídeo ao vivo de “More”.
A música é um cover do clássico do Sisters of Mercy presente no disco Reason (2005) e o registro da banda brasileira foi gravado em São Paulo, na Audio, em Fevereiro de 2020, durante o primeiro show da Shaman Nagual Fly Tour.
Por conta da pandemia do coronavírus, a turnê foi interrompida semanas depois. A captação das imagens foi feita pela Foggy Filmes e a direção do vídeo é assinada por Junior Carelli e Rudge Campos.
Neste show, a formação do grupo era composta por Alírio Netto (vocal), Hugo Mariutti (guitarra), Luís Mariutti (baixo), Ricardo Confessori (bateria) e Fabio Ribeiro (teclados).
O próximo trabalho de estúdio do Shaman está associado ao renomado produtor alemão Sascha Paeth, também responsável pelas produções dos dois primeiros álbuns da banda.
Danilo Gusmão
O cantor e compositor paulistano Danilo Gusmão liberou nas plataformas digitais as três primeiras partes de OGÓ – um álbum visual em quatro partes.
O trecho mais recente do material ganhou o título Aqui e abre caminho para o encerramento da coleção de canções que tem como proposta falar sobre a materialidade daquilo que é transcendental.
O projeto de Danilo mistura a MPB e o rock com jongo, samba de coco e maracatu de baque virado, mergulhando no experimentalismo.
A poética de suas letras, conduzida através de uma sonoridade ao mesmo tempo clássica e contemporânea, também resultou no EP Poema, o segundo ato do trabalho e que foca no poder transformador da arte e das palavras.
Antes disso, o ato que deu início ao álbum visual foi Peleja, que reúne faixas de inspiração política e social em um diálogo potente com o atual cenário nacional.
O projeto OGÓ – um álbum visual em quatro atos tem apoio do ProAC e foi pensado para compor uma turnê de oito apresentações, ideia esta que não pôde ser concretizada diante da pandemia atual.
O espetáculo então foi reestruturado para um formato em vídeo com músicas regravadas a partir de novos arranjos elaborados para o show, incluindo quatro inéditas.
“O intento inicial do projeto de aproximar artista e público se reconfigurou, mas o desejo de potencializar a criação artística como forma de luta cotidiana contra sistemas de opressão e em favor das coletividades possíveis se manteve, ainda mais emergencialmente diante do necessário distanciamento a que fomos submetidos,” observa Danilo, que trouxe influências que vão de Dorival Caymmi a Kiko Dinucci, ou de Baden Powell a Alessandra Leão.
Guevara Songs
O projeto solo do músico fluminense radicado em Brasília Marvin Costa, Guevara Songs, liberou o single inédito “Negro Demais Para Ser Deus?”.
A canção, de cunho social, explora as veias rock, hip hop e pop do artista, que gravou tudo sozinho, assinando também a produção da música.
“É uma crítica ao racismo estrutural presente de forma contundente na sociedade brasileira. Traço um paralelo do racismo a o momento político do nosso país. Citando, inclusive, o avanço dos ideais evangélicos presentes no discurso do atual presidente da república – que no passado não escondeu seu preconceito racial,” acusa Marvin, que fez parte do Mestiço, seu projeto ao lado do saudoso Marcelo Yuka.
O lançamento inaugura uma sequência de faixas que serão reveladas aos poucos neste ano e que vão integrar um álbum completo a ser lançado ainda em 2021.
Anteriormente, o Guevara Songs divulgou o EP Neurônio Espelho, que apresentou cinco canções.
Abronca
O duo Abronca divulgou no YouTube o clipe feito para a faixa “Pras Bandidas”, que traz as participações especiais de MC Carol e Thai Flow.
A produção ficou por conta da Brasil Grime Show e este é o terceiro single do projeto METE A BRONCA, experimento criativo concebido pela integrantes My e Ja durante a quarentena.
“Essas duas parcerias vieram como um presente pra nós. Somos verdadeiras fãs e admiradoras da Thai Flow e da MC Carol, então foi uma honra ter elas junto com a gente nesse som! Ainda mais por saber que a Carol e a Thai também são muito fãs uma da outra e nós conseguimos juntar tudo isso nessa música que é potência,” comenta My.
“Rap é um dos gêneros de música que mais curto e sempre fico empolgada de fazer essa ligação entre o funk e o hip hop, que são duas vozes das periferias, das comunidades,” completa MC Carol.
Cria da comunidade do Vidigal, a dupla antes divulgou o clipe de “Pelos Meus Ancestrais”, canção com a participação de Késia Estácio e que questiona o tratamento discriminatório que o povo preto recebe há séculos.
A letra tenta sintetizar o sentimento de revolta diante um sistema opressor e racista, que resulta em um processo de dor e luta que a população preta encara desde sempre.
Mulungu
O trio pernambucano Mulungu lançou recentemente nas plataformas digitais seu terceiro single, “A boiar”.
A canção integra o disco O Que Há Lá, que será disponibilizado ainda neste mês com incentivo do Funcultura, através da Fundarpe, Secretaria de Cultura e Governo do Estado de Pernambuco.
“‘A boiar’ traz sentimentos e sensações autobiográficas dos músicos, em uma reflexão sobre autoconhecimento e despertar da consciência. “A música fala sobre experiências corpóreas de relaxamento, sobre se deixar levar em um estado de autocuidado e auto cura,” explica a banda, que reflete com direcionamento especial ao público LGBTQIA+, já que o vocalista, Jáder, se identifica como pessoa não binária.