Killing in Thy Name: Rage Against The Machine ataca racismo em mini-doc gratuito

"Killing in Thy Name", documentário do Rage Against the Machine em parceria com o coletivo The Ummah Chroma, foi disponibilizado gratuitamente.

Rage Against The Machine em 2020
Foto: RATM.com

O Rage Against the Machine lançou nesta sexta-feira (15) um mini-documentário chamado Killing in Thy Name.

Feito em parceria com o coletivo internacional The Ummah Chroma (que significa Comunidade de Cor), o filme está disponível para assistir de graça e fala majoritariamente sobre questões de raça. Em sua descrição, o documentário diz abordar “a ficção conhecida como brancura”.

O filme mostra um professor contando a história de opressão dos Estados Unidos para um pequeno grupo de crianças. Durante a duração do documentário, ele usa sua lousa para passar por séculos de escravidão, por exemplo. Em determinado momento, o professor pergunta:

De onde você acha que os brancos vêm? […] Na verdade, não havia nenhum ‘branco’ vindo de qualquer um desses lugares [Europa e América do Norte]. Quando eles vieram da Inglaterra, como você acha que eles se chamavam? Ingleses ou britânicos. Quando eles vieram da França como eles se chamavam? Franceses. Quando eles vieram da Rússia, o que eram? Russos.

E continua:

Eles não se chamavam de ‘brancos’, então em que ponto essas pessoas, que nunca realmente pensaram em si mesmas como uma grande família feliz — na verdade, eles estavam se matando há anos – quando eles decidiram que eram ‘brancos?’

Rage Against the Machine

Já a banda, que escreveu sobre o projeto para divulgá-lo, também aborda a importância desse material. O baixista Tim Commerford afirma:

Escrever músicas que têm algo a dizer sobre o que está acontecendo social e politicamente não é uma escolha para nós. É uma obrigação. Eu quero usar a música como uma arma e começar a espantar os tolos.

Já o guitarrista Tom Morello acrescenta: “Minha mãe [Mary Morello] é uma mulher branca com uma voz radical. Por três décadas, ela foi uma professora progressista em um colégio conservador, inspirando alunos a desafiar o sistema — em suas ações e palavras, ela sempre ensinou que o racismo nunca deve ser ignorado e deve sempre ser confrontado.”

Brad Wilk, baterista do grupo, finaliza:

A música não existiria sem a política. Quando estamos fazendo um show, se algo fizer sentido para um jovem na plateia — começar essa mudança, esse processo de pensar por si mesmos – esse é o momento mais potente que o Rage Against the Machine pode ter como banda.

Assista!