A cantora e compositora Linn da Quebrada divulgou nas plataformas digitais os singles “quem soul eu” e “mate & morra”.
Com produção musical da BADSISTA, as músicas são as primeiras faixas de trabalho do próximo disco de inéditas da artista, Trava Línguas.
“mate & morra”, que flerta com o eletrônico e o funk, é tido como um ritual que faz parte da dança da vida e trata de temáticas sociais que permeiam a carreira de Linn.
“Nesses quatro anos em que atuo como Linn da Quebrada, que brada, que berra, que borra, que burla, aprendi muitas coisas. Me transformei e me transtornei algumas vezes, cruciais para que eu me tornasse quem sou hoje. Mas quem soul eu, afinal? É isso que tenho me perguntado. Já enviadesci, fui bixa preta, mulher, bixa travesty, e agora chego aos meus 30 anos me perguntando quem soul eu,” questiona a cantora, ativista social da comunidade LGBTQIA+ e da população preta.
Trava Línguas deve sair até o final de 2021e sucede o disco de estreia Pajubá (2017).
Mariano Marovatto
O cantor, compositor, apresentador, roteirista e escritor carioca Mariano Marovatto lançou um cover feito para “Sutil”, música do paulistano Itamar Assumpção.
Gravada em meio ao isolamento social no home studio do artista, onde tocou sozinho todos os instrumentos, a faixa chega depois de uma temporada de três anos em Portugal.
Por lá, Mariano liberou o álbum folclórico experimental Selvagem (2016). Agora, ele programa uma série de canções autorais e novos covers registrados durante a quarentena.
A ideia de Marovatto é lançar sua série de singles não-autorais ao longo deste primeiro semestre e reservar a outra metade de 2021 para o lançamento de seu próximo disco autoral, ainda sem título definido.
Coletivo Barbante
O Coletivo Barbante, através do movimento BarbantElas, divulgou a música “Não Vai Sobrar Nenhum”.
O lançamento aborda a questão da violência de gênero, tão urgente diante do aumento preocupante de casos do tipo durante o isolamento social.
Contemplado pelo edital PROEC em tempos de Covid-19 e promovido pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), o projeto estreou no I Festival Aberto de Arte e Cultura, CultuAr, e chega como forma de expressar o luto e a luta das mulheres que sofrem algum tipo de violência.
A produção audiovisual mistura a canção autoral de Bárbara Guinle junto ao poema de Indiara Belo, que convida o ouvinte a fazer uma reflexão necessária sobre o tema.
“A letra de ‘Não Vai Sobrar Nenhum’ veio através da demanda emocional da harmonia que eu já tinha feito no violão. Quando eu entendi a profundidade desses acordes, só me veio uma imagem na cabeça: a violência contra a mulher. A raiva e indignação,” explica Bárbara, que canta e toca ritmos brasileiros de cunho clássico da MPB somados a sua vivência contemporânea feminista.
“Neste projeto, além da composição, também atuou nas gravações de violão e voz principal.. Um sentimento denso, macabro e o desdobramento disso durante a pandemia. Quantas mulheres que se relacionam com homens hetero e cisgênero e estão correndo risco dentro da sua própria casa, de quarentena, fazendo o que se deve fazer durante a pandemia. Não tem saída,” completa ela, que nasceu no Rio de Janeiro e tem 23 anos.
Madre Sun
A banda Madre Sun liberou nas plataformas de streaming uma nova versão do clipe de “Puzzle”, gravada na Indonésia.
Filmado e editado por Leo Cotonete, o vídeo é o registro de uma viagem entre amigos em busca da onda perfeita no país asiático.
Leo, nascido em Rio Preto (MG) e baseado na Austrália, todos os anos organiza uma trip coletiva para surfar na Indonésia. Em 2019, ele e seus amigos foram para a Ilha Sumatra, onde passaram 12 dias em um barco.
“Navegar, ouvir música, tocar com os amigos e surfar,” conta Leo, que a cada viagem produz uma uma playlist especial, servindo de trilha sonora para os tubos, rasgadas, aéreos e outras manobras.
Desta vez, a música do Madre Sun, presente no EP de estreia The Speed Of Light (2020), foi a escolhida por se encaixar perfeitamente na proposta da gravação.
O grupo é formado pelos irmãos Eduardo e Matt Cavina, e Tyson Schenker, na guitarra.
Octopus Head
A banda Octopus Head, através do selo Abraxas, lançou seu primeiro álbum ao vivo, Depressed, but Alive.
As gravações foram realizadas em outubro de 2019 no Container Pub Stop, em Diadema (SP), durante o festival Container Underground Fest.
O lançamento foi o último registro com o antigo vocalista, Thiago Wallkicker, e traz uma seleção de músicas de todos os álbuns anteriores da banda, além da faixa inédita “Honey Hunting”.
“Com esse trabalho, fechamos em grande estilo um ciclo. Por isso, buscamos deixar esse material o mais cru possível, da maneira como foi captado, para dar aos ouvintes a sensação de estar em um show com a nossa formação original”, comenta Mega, baixista e novo vocalista do grupo.
“‘Depressed, but Alive’ além de ser uma homenagem ao nosso vocalista original por estes oito anos de amizade, música e porrada, é também dedicado a todos que como os membros da Octopus Head, encontram-se deprimidos, mas insistindo em viver,” completa o baterista Damiã Guilhen.