Sabe aquela sensação de que a idade está batendo quando descobrimos que um filme é mais antigo do que achávamos? Algumas datas mais especiais ainda potencializam este sentimento, como o aniversário de 10 anos. Uma década. Tempo suficiente para acontecer muita coisa na vida de qualquer pessoa.
Sendo assim, voltando para 2011 com o objetivo de relembrar alguns lançamentos que a gente jurava que tinham acontecido ontem, mas já estão completando 10 anos. Você se lembra de quais assistiu naquele ano?
Premiações e outros destaques
Como sempre, houve algumas estreias com cara de premiação. O vencedor do Oscar dessa temporada de lançamentos, por exemplo, foi O Artista (Michel Hazanavicius), um caso clássico de produção feita especialmente para agradar a Academia.
Também fizeram sucesso A Dama de Ferro (Oscar de Melhor Atriz para Meryl Streep) e Histórias Cruzadas (quase todos os prêmios de Melhor Atriz Coadjuvante do circuito para Octavia Spencer e um SAG de Melhor Elenco), além de A Árvore da Vida (Terrence Malick), Moneyball – Jogada de Risco (Bennett Miller, com Brad Pitt), Os Descendentes (Alexander Payne, com George Clooney), A Invenção de Hugo Cabret (Martin Scorsese) e Millenium – Os Homens Que Não Amavam as Mulheres (David Fincher), que colecionaram indicações. Também é de 2011 o filme Rango (Gore Verbinski), vencedor do Oscar de Melhor Animação.
Mas este também foi um ano de muitas produções de destaque para além das grandes premiações. Foram lançados filmes de diretores muito renomados, como Meia-Noite em Paris (Woody Allen), A Pele Que Habito (Pedro Almodóvar) e Bravura Indômita (Joe e Ethan Coen).
Outros realizadores bem populares tiveram lançamentos bem avaliados pela crítica e pelo público: Lars von Trier com Melancolia, Darren Aronofsky com Cisne Negro e J.J. Abrams com Super 8.
Também tiveram suas estreias em 2011 alguns filmes que não foram grandes blockbusters, mas que são muito interessantes e valem um confere: 127 Horas (de Danny Boyle), Sem Limites (aquele com o Bradley Cooper), Medianeras (um dos melhores filmes argentinos da década), Contra o Tempo (com Jake Gyllenhaal sobre viagem no tempo), Gigantes de Aço (com Hugh Jackman sobre luta de robôs), Contágio (sim, aquele sobre uma pandemia que voltou a ser muito citado em 2020) e Drive (com Ryan Gosling).
Franquias e continuações
Apesar de vários títulos originais de qualidade, quem mandou nas bilheterias foram as continuações de franquias populares. As dez maiores bilheterias de 2011 foram para filmes que pertenciam a séries de filmes:
- Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte 2
- Transformers 3: O Lado Oculto da Lua
- Piratas do Caribe 4: Navegando em Águas Misteriosas
- A Saga Crepúsculo: Amanhecer – Parte 1
- Missão Impossível 4 – Protocolo Fantasma
- Kung Fu Panda 2
- Velozes e Furiosos 5: Operação Rio
- Se Beber, Não Case! Parte 2
- Os Smurfs
- Carros 2
Ainda são desse ano Happy Feet 2, Pânico 4, Premonição 5, Atividade Paranormal 3 e Planeta dos Macacos: A Origem (o primeiro da nova franquia).
Cinema BR
Dois destaques nacionais valem a recordação: O Palhaço, filme dirigido, co-escrito e estrelado por Selton Mello e que foi um grande sucesso de crítica; e Rio, animação da Fox que, apesar de ser gringa, foi dirigida pelo brasileiro Carlos Saldanha e teve uma indicação ao Oscar de Melhor Canção Original.
Super Heróis
E claro, como não podia deixar de ser, o gênero mais popular da década teve uma boa quantidade de filmes lançados. Os super-heróis dominaram as discussões em um momento de crescimento desse nicho, com destaque para mais alguns passos para a construção do Universo Cinemático da Marvel, com os filmes Capitão América: O Primeiro Vingador e Thor.
Também saiu X-Men: Primeira Classe, primeiro filme no universo dos mutantes que foi razoavelmente bem avaliado pela crítica após o fracasso do fim da trilogia original.
E bom… também é de 2011 o filme do Lanterna Verde, um dos grandes fiascos protagonizados pela parceria Warner/DC nas adaptações dos seus heróis para o cinema.