Cultura

Com Anitta e Guilherme Boulos, revista TIME elege os 100 líderes do futuro

A TIME divulgou o seu ranking "100 NEXT", que elege os líderes do futuro, e incluiu nomes brasileiros como Anitta e Guilherme Boulos. Saiba mais!

Anitta e Guilherme Boulos no TIME NEXT100
Fotos por Nolwen Cifuentes/Redux e Ananda Migliano/Agência Estado/AP (via TIME)

Como já é de costume, a revista TIME acaba de divulgar a sua lista dos “NEXT 100”, as 100 personalidades que emergem como mais influentes para um futuro próximo.

Essa seleção complementa a TIME 100 — que mostra os 100 maiores líderes mundiais do momento e, em sua edição mais recente, incluiu Felipe Neto Jair Bolsonaro — e serve como base para que o público entenda quem são os prováveis próximos integrantes da lista principal.

Dessa vez, o NEXT 100 veio recheado de nomes da arte, com Dua Lipa como um dos grandes destaques. Entre nomes da música, do cinema e de outras áreas artísticas, apareceram Amber RuffinJohn David Washington, Hunter SchaferLuke Combs, Misha GreenLil BabyAna de ArmasPhoebe BridgersFlorence PughChloe x HalleSalman ToorLakeith StanfieldAmoako BoafoShira HaasJohn Wilson, Jon HenryAnya Taylor-JoyOlivia Rodrigo Doja Cat.

Personalidades do esporte, como Marcus Rashford Luka Doncic, também figuraram entre os 100. Da mesma forma, ativistas e personalidades políticas como Amanda GormanRaphael WarnockSteve Kornacki e tantos outros completam a seleção.

O Brasil esteve presente na lista, com dois nomes nos representando: Anitta Guilherme Boulos.

Anitta e Guilherme Boulos entre os NEXT 100 da TIME

O parágrafo que explica a escolha de Anitta foi escrito por ninguém menos que J Balvin, astro da música latina e parceiro da brasileira em algumas composições como “Downtown”. Ele conta:

Eu sempre soube que o Brasil tinha uma rainha em Anitta. Nós temos muito em comum — como eu, ela se fez sozinha. Nós nos conhecemos no Instagram e começamos a conversar, e eu percebi que compartilhamos outra qualidade: não deixamos ninguém mais fazer nossos trabalhos. Nós gostamos de fazer tudo nós mesmos.

Anitta é verdadeiramente ‘do corre’ e transformou o seu movimento em um império. Ela pegou o som do Brasil — a música Funk, que é como o nosso Reggaeton — e a elevou a outro nível para que os sons sejam para todo mundo. Ela representa ‘mi gente, el pueblo, las masas’, os sonhadores, as pessoas ‘do corre’. E através de sua música, ela abriu portas para os outros — não apenas para serem artistas, mas para serem o que quiserem ser. Ela dá esperança àqueles que não achavam que iriam conseguir.

Por trás de sua fachada quase de super heroína está um ser humano real, sensível, que dá tanto às pessoas. Eu quero que as pessoas se conectem com a incrível humana por trás da ótima música. Ela tem talento suficiente para continuar conquistando o mundo.

Já o texto sobre Boulos foi de autoria de Ciara Nugent, repórter que colabora frequentemente com a própria TIME:

Dois anos adentro da controversa presidência de Jair Bolsonaro, a fragmentada esquerda do Brasil tem majoritariamente tido dificuldades para se unir atrás de um líder que desafie a extrema direita. Guilherme Boulos começou a mudar isso, impulsionado por sua campanha para ser prefeito de São Paulo em Novembro. Nascido e crescido na cidade — a maior da América do Sul — Boulos trabalha há duas décadas como organizador de comunidade em vizinhanças pobres. Um mês antes do primeiro turno das eleições, ele estava em quarto nas pesquisas como um candidato de um partido menor com apenas 10% dos votos esperados. Mas ao conquistar as pessoas jovens e energizar eleitores desiludidos com a esquerda mais tradicional do Partido dos Trabalhadores, Boulos venceu o candidato preferido de Bolsonaro e outros para chegar ao segundo turno. No fim ele perdeu as eleições — ganhou 40,6% dos votos contra 59,4% do incumbente da centro-direita — mas os analistas disseram que sua performance chocante na cidade influente o estabeleceu como uma figura ascendente na política brasileira e deu à esquerda um novo caminho a seguir. Muitos esperam que Boulos concorra à presidência em 2022, e que tenha um papel grande em reconstruir a força da esquerda no meio tempo. ‘Não é algo que acabou [com as eleições],’ Boulos contou a um jornal brasileiro após sua derrota. ‘Nossa campanha é o começo de um novo ciclo.’

Você pode conferir todos os textos (em inglês) e nomes escolhidos por aqui.