Bem antes dos movimentos antirracistas de hoje em dia, Peter Gabriel usou sua voz para contar uma das histórias mais importantes do ativismo anti-Apartheid.
Lá em 1980, o músico ex-Genesis lançou a canção “Biko” em homenagem a Steve Biko, ativista sul-africano que faleceu enquanto estava sob custódia da polícia local na época em que a segregação racial era praticada no país.
Agora, mais de 40 anos depois, “Biko” ganhou uma nova versão inspirada nos movimentos que vêm aflorando ao redor do mundo. Infelizmente, Gabriel reconhece que a mensagem ainda se mantém relevante graças à brutalidade policial que acontece por todo o planeta; em entrevista à Rolling Stone (via Blitz), ele conta:
Apesar de o governo de minoria branca ter desaparecido na África do Sul, o racismo que existe em todo o mundo e que o Apartheid representava não desapareceu. Na Índia, em Myanmar e na Turquia, em Israel e na China, o racismo tem sido explorado, deliberadamente, como forma de obter ganhos políticos. O movimento Black Lives Matter tem tornado bastante claro o longo caminho que ainda temos pela frente para escaparmos da sombra escura do racismo.
A nova versão da faixa conta com participações de 25 músicos de sete países diferentes, incluindo a ótima Angélique Kidjo, o lendário baixista Meshell Ndegeocello e o violoncelista Yo-Yo Ma (Silkroad). No vídeo, Peter ainda deixa uma mensagem:
Os olhos do mundo estão assistindo… Que lideremos com amor e que deixemos esse amor ecoar pelo universo.
Você pode conferir a nova gravação logo abaixo e pode, também, relembrar a original.