Música

Hotel Cecil e a história de um dos clipes mais controversos do U2

Nos Anos 80, U2 foi ao topo de um prédio vizinho do bizarro Cecil Hotel, tema de documentário da Netflix, e gravou clipe de "Where The Streets Have No Name"

U2 no Hotel Cecil

Nos últimos dias a Netflix estreou um documentário sobre o bizarro Hotel Cecil, localizado no centro de Los Angels.

Com 700 apartamentos, o prédio foi inaugurado em 1927 e de lá pra cá tornou-se palco de inúmeros crimes, sendo que era muito comum que pessoas morressem na propriedade após homicídio, suicídio, overdose e mais.

O documentário da plataforma de streaming gira em torno da misteriosa morte da canadense Elisa Lam em 2003, e há vários elementos soturnos em torno do caso como as últimas imagens da jovem com vida, registradas dentro de um elevador e que podem ser vistas ao final da matéria.

Hotel Cecil e o U2

Acontece que o mundo da música já cruzou com o Cecil algumas vezes e uma delas se deu quando a banda irlandesa U2 resolveu gravar um clipe literalmente ao lado do famigerado prédio.

No entorno do hotel está a área conhecida como Skid Row, considerada uma das mais violentas de todos os Estados Unidos e muito semelhante à Cracolândia de São Paulo, por exemplo.

Em plena luz do dia, parando o trânsito e movimentando as pessoas todas do local, Bono e sua trupe resolveram realizar um show em cima de um prédio vizinho do Cecil para gravar o clipe oficial de “Where The Streets Have No Name”, faixa presente no disco The Joshua Tree (1987).

Direto do topo de uma loja de bebidas alcoólicas, na esquina da Sétima com a Main, a banda irlandesa tocou oito músicas, sendo que a canção do clipe foi executada quatro vezes, e alguns dias antes a equipe dos caras chegou a reforçar o telhado do local para evitar maiores problemas.

Outro tipo de problema, porém, estava sendo procurado pelo grupo mas não foi alcançado: a polícia apareceu no local para botar ordem na coisa toda mas não chegou a ameaçar a gravação em nenhum momento, dando permissão para que ela continuasse o quanto fosse necessário.

Pessoas ligadas à banda, porém, disseram que houve uma tentativa de “tumultuar” as coisas, principalmente no vídeo, para que houvesse a sensação de que o clipe foi gravado como uma “contravenção”, passando o espírito “fora da lei”.

Isso não aconteceu efetivamente mas, de qualquer forma, tornou-se um registro importante da carreira do U2 ao lado do controverso Cecil Hotel com uma multidão de fãs que viu tudo bem de perto na rua ou em janelas de prédios próximos.

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