Música

25 discos que você deveria ter ouvido em Fevereiro

Architects, BaianaSystem, Foo Fighters, Hayley Williams, Mogwai e mais: veja lista de discos deste mês de Fevereiro que você deveria ouvir!

25 discos que você deveria ter ouvido em Fevereiro

O tempo está voando em 2021 e a música vem sendo um consolo com cada vez mais ótimos discos entrando no catálogo deste ano que, por enquanto, não vem cumprindo o que prometeu (cadê as vacinas?!).

Para este mês de Fevereiro, voltamos com a nossa lista mensal de lançamentos de discos nacionais e internacionais que já virou tradição aqui no TMDQA! — sempre ao final do mês, trazemos as nossas seleções entre tantos lançamentos importantes.

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Os inícios de ano são sempre períodos um pouco menos movimentados, ainda mais com muitos artistas mantendo a esperança de turnês no segundo semestre. Ainda assim, separamos uma lista com 25 novos álbuns que chegaram neste mês e definitivamente compensaram a quantidade relativamente menor.

Você confere a nossa seleção logo abaixo, que vai desde clássicos como Foo Fighters e Melvins até jovens revelações como SG Lewis Trippie Redd.

Divirta-se e aproveite também para começar a acompanhar o Podcast Tenho Mais Discos Que Amigos!. Por lá, toda sexta-feira, falamos sobre os assuntos mais comentados da semana e os principais lançamentos do dia!

Ah, e na playlist do TMDQA!, disponível abaixo, você acompanha a inclusão de novos sons diariamente!

Architects – For Those That Wish to Exist

Ao contrário do que muitos pensam, o Rock não morreu e está com uma ótima nova geração de bandas. O Architects não é exatamente novo, mas entra firme na cena recente com uma renovação urgente e muito bem feita em For Those That Wish to Exist.

O trabalho ainda conta com participações de Mike Kerr (Royal Blood), Simon Neil (Biffy Clyro) e Winston McCall (Parkway Drive).

BaianaSystem – Navio Pirata

Grande nome da música brasileira nos últimos tempos, o BaianaSystem resolveu dividir seu novo trabalho OxeAxeExu em três atos.

O primeiro deles já está entre nós e também funciona muito bem como um disco por si só. Navio Pirata mostra a direção que o grupo está pronto para seguir e, com ótimas faixas como “Reza Forte” (com BNegão), nos deixa ansiosos para as próximas duas partes.

Clap Your Hands Say Yeah – New Fragility

Conhecido pelo uso de vários elementos eletrônicos em conjunto à sonoridade tradicional do Indie Rock, o Clap Your Hands Say Yeah aposta em um som mais frágil no (bem apropriadamente nomeado) novo disco New Fragility.

O resultado é um trabalho que exala honestidade e transparência e é uma ótima pedida para quem quer dar uma relaxada e curte nomes como Mac DeMarco e afins.

Cloud Nothings – The Shadow I Remember

Às vezes experimental, às vezes nem tanto, o Cloud Nothings está de volta com seu 9º disco de estúdio bem mais focado na sonoridade crua do Punk e do Rock de garagem.

Impulsionado por singles como “Am I Something” e “Nothing Without You”, The Shadow I Remember vai soar familiar para os fãs da banda mas também pode ser um ótimo ponto de entrada para quem não os conhece e quer conhecer algo novo com essa pegada mais sincerona.

Cult of Luna – The Raging River

Se o seu negócio é peso, não há nada melhor neste mês de Fevereiro do que o novo trabalho do Cult of Luna.

A banda já vem se destacando há algum tempo com seus riffs pesados e viscerais e, com apenas cinco músicas em quase quarenta minutos de disco, já dá para ter uma ideia do que os caras oferecem em The Raging River: uma baita pancada na cara, mas sem deixar de lado a ambientação e contextualização do som pesado.

Django Django – Glowing in the Dark

Mudança drástica de gêneros para falarmos do Django Django, que apresentou em Fevereiro seu 4º disco de estúdio e segue evoluindo seu som Neo-Psicodélico com uma pegada cada vez mais dançante.

Já tem um tempo que os caras flertam com a música eletrônica (são vários remixes durante a carreira, afinal) e Glowing in the Dark é mais um atestado à capacidade dos britânicos de unir vários universos musicais em suas canções.

Drakeo the Ruler – Truth Hurts

Já com diversas mixtapes no currículo, Drakeo the Ruler é muito elogiado por seu estilo extremamente único dentro do Rap norte-americano.

Conhecido no cenário underground e até fora dele de certa forma, Drakeo chega com força total em Truth Hurts e com mais apoio do que nunca — afinal de contas, o trabalho é liderado pelo single “Talk to Me”, parceria com o quase-homônimo Drake. Pedida sensacional para quem curte a veia mais melódica do Hip Hop, apesar dos vocais mais falados do que cantados.

Foo Fighters – Medicine at Midnight

A espera valeu cada segundo. Medicine at Midnight, o novo disco dos Foo Fighters, chegou com chuva de elogios pela banda ter encontrado uma forma de manter sua identidade e, ainda assim, experimentar com novos sons e atender ao urgente pedido de renovação depois de alguns trabalhos abaixo da média.

Sem dúvidas, uma ótima pedida — não é à toa que os Foos foram eleitos como Artista do Mês no TMDQA! para esse mês de Fevereiro. Você pode saber mais sobre isso e ler uma entrevista exclusiva por aqui.

Hayley Williams – FLOWERS for VASES / descansos

Com uma pegada bem mais intimista do que Petals for Armor, a ótima Hayley Williams se entrega de corpo e alma no ótimo FLOWERS for VASES / descansos.

Majoritariamente acústico, o trabalho tem arranjos complexos e sinceros que colaboram (demais) para que ele fuja da rotulação de monótono e mostra que Hayley é realmente capaz de explorar tantos gêneros diferentes com a sua música. É uma obra que certamente nos deixa ansiosos para o futuro da (ainda jovem!) cantora.

Indigo la End – 夜行秘密

Projeto secundário de Enon Kawatani (Gesu no Kiwami Otome), o Indigo la End é considerado por muitos o mais interessante para além da banda principal e volta a reforçar essa posição no excelente 夜行秘密 (Yakou Himitsu, ou “Segredo da Noite”), uma verdadeira aula de como escrever refrães grudentos sob uma cama instrumental que vai do Jazz ao Pop sem dificuldades.

Para quem conseguir se desligar da dificuldade do idioma tão diferente do nosso, é uma excelente pedida.

Julien Baker – Little Oblivions

Little Oblivions é uma aposta certeira de Julien Baker em expandir sua já conhecida sonoridade que transita tranquilamente entre o Emo, o Rock Alternativo e o Indie Rock de maneira extremamente única.

Liderado pelo single “Faith Healer”, o disco vai mexer com as emoções de quem der uma chance — e vale demais destacar a excelente “Favor”, que conta com participações de Phoebe Bridgers e Lucy Dacus, companheiras de Julien no boygenius.

King Gizzard & the Lizard Wizard – L.W.

Máquinas de fazer discos, os caras do King Gizzard & the Lizard Wizard estão de volta com seu Rock que navega entre o Psicodélico e o Stoner com maestria no ótimo L.W., álbum que serve como complemento a K.G. (2020).

O single “Pleura” é um clássico instantâneo e não é exagero dizer que, entre os inúmeros materiais lançados pelos caras nos últimos anos, essa dupla de obras se destaca com força. “O.N.E.” e “Ataraxia” também são ótimas pedidas.

Melvins – Working with God

Ativo desde os anos 80, o Melvins está de volta com mais um trabalho que atesta a capacidade de Buzz Osborne e companhia.

Working with God está longe de ser o melhor álbum dos caras, mas tem ótimos momentos em faixas como “1 Fuck You” e “Negative No No” — no fim das contas, é só mais um motivo para celebrar o fato de uma banda como essa ainda estar por aqui encontrando maneiras de fazer novas músicas.

 

MOD SUN – Internet Killed the Rockstar

A onda de reviver o Pop Punk tem ficado cada vez mais forte e o MOD SUN é o mais novo participante em seu disco Internet Killed the Rockstar.

De maneira bem similar a Machine Gun Kelly, o cara tinha um nome relativamente grande no Rap e se reinventou completamente no novo álbum, que conta até mesmo com Avril Lavigne na ótima “Flames” para dar credibilidade ao revival. Se você curtiu o disco do MGK, com certeza vai gostar deste.

Mogwai – As the Love Continues

Mogwai é uma baita banda e se você ainda não conhece o trabalho dos escoceses não há oportunidade melhor do que agora, com o recém-chegado As the Love Continues.

O disco com certeza entra para a seleção dos melhores que eles já lançaram, com destaque mais do que especial para a poderosa “Ritchie Sacramento”, que conta até mesmo com vocais. Outros bons momentos acontecem em “Ceiling Granny” e “Dry Fantasy” mas, como um todo, o álbum é certamente um dos melhores do ano.

NOFX – Single Album

Lendas do Punk, os norte-americanos do NOFX estão de volta com Single Album, trabalho que deixa mais do que evidente a capacidade dos caras de continuarem fazendo ótimas músicas mesmo com uma carreira já tão longa.

O disco traz até uma versão definitiva de “Linoleum” chamada “Linewleum” que conta com participação do Avenged Sevenfold e traz filmagens dos brasileiros do Forfun no sensacional clipe que a acompanha.

nothing,nowhere. – Trauma Factory

Mais um da cena que une o Rap e o Emo, o ótimo nothing,nowhere. não seguiu a onda de abandonar o Rap e ir direto ao Pop Punk.

Claro, as influências são perceptíveis em canções como “blood” e “fake friend”, mas de forma geral seguem a linha de seus trabalhos anteriores e aparecem mais focadas no viés Emo do que “rebelde”. Belíssimo disco para quem curte essa união de gêneros.

Pale Waves – Who Am I?

As aparências enganam bastante quando se trata do Pale Waves. Ao ver fotos da banda, é bem provável que você provavelmente vai imaginar um som que não poderia ser mais diferente do que o grupo britânico efetivamente faz.

Com uma pegada extremamente grudenta do Pop que remete aos anos 90 e 2000, a banda se apoia na ótima voz de Heather Baron-Gracie para gerar músicas que soam como grandes hits — e com a exposição certa podem vir a ser — no belíssimo Who Am I?.

The Pretty Reckless – Death by Rock and Roll

Houve um momento em que o The Pretty Reckless era a nova cara do Rock and Roll mas, agora, a banda comandada por Taylor Momsen já está mais do que estabelecida.

Justamente por isso, não é surpresa vermos participações de mega astros como Tom Morello e a dupla do Soundgarden, Matt Cameron e Kim Thayil, no novo Death by Rock and Roll. Imperdível para os fãs do gênero.

SG Lewis – times

Quem acha que a Disco ficou no passado certamente não conhece o trabalho de SG Lewis.

O cara oferece uma nova perspectiva em um gênero outrora tão popular ao unir elementos de sons modernos à pegada dançante e o resultado é simplesmente incrível. Não é à toa que ele foi “apadrinhado” pelo lendário Nile Rodgers, que participa em “One More”, um dos destaques do ótimo times.

slowthai – TYRON

O Rap britânico tem ganhado cada vez mais espaço e slowthai tem aparecido cada vez mais como um dos melhores nomes dessa cena.

Em TYRON, que faz referência ao seu nome de batismo, o artista se reinventa e aposta em parcerias certeiras com nomes como A$AP RockyDominic Fike Denzel Curry para fazer o que sem dúvidas é seu melhor e mais sincero trabalho até o momento.

Supercolisor – Viagem ao Fim da Noite

Diretamente de Manaus, o quarteto brasileiro Supercolisor entrega uma verdadeira obra de arte em Viagem ao Fim da Noite.

O disco é uma pedida essencial para quem curte a nova e velha MPB, com experimentações ajudando a enriquecer a sonoridade que ainda conta com participações de ótimos nomes como Tuyo (“Um e Meio”) e Leo Fressato (“Sempre”). Forte candidato a estar na lista de melhores do ano no cenário nacional!

Trippie Redd – NEON SHARK vs Pegasus

Quebrar barreiras de gêneros musicais tem sido cada vez mais comum entre artistas do Rap, e Trippie Redd se juntou com ninguém menos do que Travis Barker para fazer isso em NEON SHARK vs Pegasus.

O baterista do blink-182 produziu e tocou em todas as canções do trabalho, mas Trippie ainda recrutou nomes sensacionais que também abraçam essa proposta de transitar entre gêneros: Chino Moreno (Deftones), Machine Gun Kelly e blackbear. O resultado é algo realmente único.

The Weather Station – Ignorance

Projeto quase-solo da canadense Tamara Lindeman, o The Weather Station traduz influências do Folk para um cenário mais experimental que às vezes faz com que pensemos em algo como um “Radiohead do interior”.

Talvez a maior diferença fique por conta das melodias que se aproximam bastante do Pop, em especial na voz, com as experimentações ficando mais por conta dos ritmos curiosos e instrumentais arriscados. O fato é que Ignorance é um baita álbum e merece seu tempo.

Willie Nelson – That’s Life

Acredite se quiser, Willie Nelson acaba de lançar seu 95º disco de estúdio (contando com os 25 colaborativos) e não é exagero dizer que That’s Life é um dos melhores até hoje.

Aos 87 anos de idade, o lendário músico não abandona a raiz no Country mas abraça uma pegada que lembra o Jazz dos anos 50 e 60 e conta até com a incrível Diana Krall em “I Won’t Dance”, um dos destaques do trabalho ao lado da faixa-título. Que homem!

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