Música

10 músicos que superaram seus vícios em álcool e drogas

O mundo da música já perdeu grandes nomes para as drogas mas, felizmente, a lista de artistas que superaram seus vícios é ainda maior. Veja 10 exemplos!

10 músicos que superaram vícios

Por Júlia Colli

Já dizia o pensador contemporâneo Rogerinho do Ingá: “ambiente de música é ambiente de droga”. Brincadeiras à parte, o abuso de drogas e bebidas sempre foi um problema presente na vida de grandes nomes da música, seja para lidar com situações da vida pública, para seus processos criativos ou pelo estilo de vida agitado dos astros. Não é à toa que o mote dos rockstars é “sexo, drogas e rock n’ roll”.

Infelizmente, muitos artistas não conseguiram superar esses vícios a tempo e acabaram até mesmo perdendo a vida devido ao excesso de substâncias, caso de ícones como Whitney Houston, Amy Winehouse, Chorão, Elis Regina, Dee Dee Ramone e vários membros do fatídico Clube dos 27.

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Mas nem só perdas para as drogas temos no mundo da música, ainda bem. A lista de artistas que conseguiram superar os vícios, felizmente, é ainda maior. É o caso da cantora Florence Welch, que recentemente comemorou seus 7 anos de sobriedade em seu Instagram, e também do baterista Mick Fleetwood (Fleetwood Mac) que comentou há pouco sua experiência com a cocaína, droga que apagou 2 anos de sua memória.

Por isso, hoje separamos uma lista com 10 músicos que conseguiram deixar seus vícios para trás e agora vivem uma vida mais tranquila e saudável!

Elton John

Foto: Ludmila Joaquina Valentina Buyo, via Flickr

Elton John, sem dúvidas, é um dos músicos mais admirados e premiados do mundo, mas isso não quer dizer que sua trajetória tenha sido sempre de glórias. Pelo contrário: na primeira metade de sua carreira, Elton sofreu com vários vícios como drogas, álcool, sexo e compras, além de transtornos alimentares como bulimia; todos esses problemas foram retratados no filme biográfico Rocketman.

Um dos momentos mais marcantes dos abusos de álcool e drogas de John foi após a gravação do clipe de “I’m Still Standing” em 1983, quando ao acordar o cantor estava com as mãos trêmulas e não se lembrava de ter ficado nu no dia anterior, muito menos de ter batido em seu empresário John Reid e ter destruído um quarto de hotel.

Mesmo tendo se livrado dos seus vícios apenas em 1990, “I’m Still Standing” se tornou o hino de superação de Elton John, que neste ano completa 31 anos de sobriedade.

Demi Lovato

Foto de Demi Lovato via Shutterstock

A relação de Demi Lovato com as drogas começou cedo, quando ela tinha apenas 17 anos. A cantora diz que começou a consumir álcool e cocaína como uma forma de se enturmar com os colegas, já que sofria bullying na escola. 

Infelizmente, com o tempo a dependência de Demi só aumentou. Após vários episódios preocupantes, a cantora passou um ano internada em uma clínica de reabilitação — da qual acabou se tornando sócia — e conseguiu ficar sóbria durante alguns anos.

Parecia que Demi tinha conseguido de fato se livrar dos seus vícios, até que em junho de 2018 ela lançou a música “Sober”, em que confessava que não estava mais sóbria. E apenas um mês depois do lançamento da música, Demi foi vítima de uma overdose da mesma droga que acabou matando Prince em 2016.

Após ter se recuperado do ocorrido, a cantora voltou para a reabilitação e se manteve um tempo afastada dos holofotes. Demi fez sua primeira aparição pública no Super Bowl do ano passado, onde cantou o hino nacional dos EUA; já em Janeiro de 2021, há mais de dois anos sóbria, Demi se apresentou na posse do presidente Joe Biden e da vice-presidente Kamala Harris.

Adele

Adele atingiu a fama quando tinha apenas 19 anos, com o álbum 19. Com a autoestima abalada por se considerar fora do padrão, a cantora abusava de bebidas alcoólicas antes de se apresentar para superar o nervosismo, o que acabou virando um vício assim como o do seu pai, que era alcoólatra.

Um dos momentos que fizeram Adele repensar esse vício foi justamente durante uma apresentação em que estava bêbada no palco e esqueceu as letras de suas próprias músicas.

Para lidar com sua dependência química, a cantora decidiu viver uma vida mais reclusa, o que acabou piorando a situação. Foi apenas em 2011, depois de dar à luz ao seu filho e de passar por uma cirurgia vocal, que Adele conseguiu abrir mão do álcool e do cigarro. Antes tarde do que nunca!

The Weeknd

Dono do maior hit do século, The Weeknd também tem um histórico de abuso de drogas. Antes de se tornar o starboy, The Weeknd — no caso, Abel Tesfaye — largou a escola e passou a morar com dois amigos, conseguindo se bancar roubando comida no mercado e vendendo drogas.

Em entrevista, o cantor disse que naquele momento as drogas se tornaram uma espécie de muleta, o apoiando nos momentos mais difíceis. E a lista de substâncias que The Weeknd consumia não era pequena, indo desde antidepressivos a cocaína, ecstasy e cogumelos. 

Seu antigo estilo de vida fez com que Abel fosse preso algumas vezes, mas, de acordo com ele, isso foi fundamental para que ele amadurecesse e mudasse de vida. Após esses acontecimentos, The Weeknd conseguiu um emprego em uma loja de departamento e começou a produzir suas músicas paralelamente, o que fez ele chegar onde chegou. 

Hoje em dia, Abel confessa que em alguns momentos ainda faz uso de álcool e maconha, mas sempre de maneira balanceada e nunca antes de se apresentar.

Anthony Kiedis

Foto via Shutterstock

Em 1988, um episódio trágico marcou a história de Red Hot Chili Peppers: a morte de Hillel Slovak, guitarrista original da banda, em decorrência de uma overdose de heroína. 

Esse momento traumático fez com que o vocalista Anthony Kiedis ligasse um alerta e decidisse se afastar da cocaína e heroína para não ter o mesmo fim que seu companheiro. 

3 anos depois, o produtor Rick Rubin encontrou um poema de Kiedis em que ele desabafava sobre o vício que sofria e que não gostaria de voltar a ter. Eventualmente, ele se tornaria um dos maiores sucessos da banda: “Under the Bridge”.

Miley Cyrus

Reprodução/YouTube

Recentemente, a cantora Miley Cyrus declarou que decidiu ficar sóbria com medo de entrar para a lista de artistas que morreram aos 27 anos.  

Tudo começou quando ela teve que passar por uma cirurgia nas cordas vocais, o que obrigou Miley a ficar sóbria. Mas, felizmente, esse tempo longe dos entorpecentes fez a cantora repensar seus hábitos e decidir que era hora de deixar para trás esses vícios.

Miley, que sempre falou abertamente sobre seu consumo de álcool e drogas, confessa que sofreu uma recaída durante a pandemia e consumiu álcool, mas logo depois voltou firme e forte para a sobriedade.

Fergie

Foto via Wikimedia Commons

A eterna vocalista do Black Eyed Peas, no início de sua carreira, sofreu muito com o seu vício em metanfetamina. Fergie diz que tinha alucinações constantes, chegando até a achar que o FBI e a CIA estavam atrás dela.

Em uma entrevista, a cantora disse que enquanto achava que estava sendo perseguida procurou abrigo em uma igreja e fez uma promessa a Deus e a ela mesma: caso as forças armadas não a estivessem perseguindo, ela saberia que isso seria uma alucinação e não gostaria de viver mais assim. 

Foi a partir desse momento que Fergie se motivou a superar o seu vício. E conseguiu.

Steven Tyler

O líder do Aerosmith teve uma longa e triste história de dependência química. Steven Tyler começou a consumir drogas e álcool ainda na adolescência, e o uso excessivo fez com que ele acabasse sendo expulso da faculdade.  

Quando o Aerosmith alcançou o sucesso, Tyler e seus companheiros de banda Tom Hamilton e Joe Perry estavam cada vez mais dependentes de substâncias, o que começou a transparecer no trabalho musical — como na vez em que Steven desmaiou no palco. 

Com os membros “lesados” e o trabalho prejudicado, o grupo decidiu largar as drogas para se dedicar à sua música. Mas infelizmente a sobriedade da banda não durou muito tempo, o que fez com que Tyler fosse para a reabilitação inúmeras vezes e gastasse cerca de 6 milhões de dólares com cocaína para manter seu vício.

Em 2009, após sua oitava passagem pela reabilitação, Steven Tyler conseguiu ficar sóbrio mas confessa que se manter assim é uma luta diária.

Ronnie Wood

Foto via Steve Vas / Shutterstock

Assim como Steven Tyler, Ronnie Wood abusava das drogas junto com seus companheiros de banda, os Rolling Stones. Ao contrário do vocalista Mick Jagger e do baterista Charlie Watts, Wood não conseguia lidar muito bem com o consumo de substâncias químicas e acabou se tornando dependente, assim como seu colega guitarrista Keith Richards. 

Diferentemente de Wood, no entanto, Richards conseguiu deixar os seus vícios mesmo sem precisar ir para a reabilitação, largando a heroína em 1978 e a cocaína em 2006, após cair de um coqueiro e sofrer sérios ferimentos na cabeça.

A dependência de Wood era tão grande que o músico Rod Stewart confessou em sua biografia que ele e o guitarrista consumiam cocaína inclusive por via anal. 

Depois de idas à reabilitação e recaídas, em 2009 Ronnie Wood finalmente conseguiu se livrar do seu problema com drogas pesadas e, em 2017, também abandonou o cigarro após descobrir um câncer no pulmão, como ele e os demais membros da Rolling Stones relatam no documentário Ronnie Wood – Somebody Up There Likes Me.

David Bowie

Não é novidade para ninguém que o lendário David Bowie viveu uma vida conturbada, com várias polêmicas e vícios. O primeiro contato de Bowie com a cocaína foi, de acordo com ele, exclusivamente para fins profissionais, para expandir o seu processo criativo. E o que começou como uma busca criativa acabou se tornando um problema sério. 

Em 1975, recém mudado para Los Angeles, Bowie mantinha uma dieta à base de pimenta, leite e cocaína, chegando a pesar 43 quilos. Foi nesse período em que Bowie estava no auge de sua dependência que foi lançado o álbum Station to Station e com ele veio o polêmico personagem Thin White Duke — o Duque Branco Magro.

Thin White Duke era um personagem que casava bem com a aparência de Bowie na época: magro, pálido, triste e sem vida. Mas a persona apresentava uma característica sórdida, o que assombrou ainda mais Bowie, que costumava se aprofundar em suas criações. 

Buscando se livrar do vício, Bowie mudou-se para Berlim, onde encontrou criatividade na sobriedade e escreveu álbuns como Low, Heroes e Lodger.

Por mais difícil que pareça, é possível se livrar de um vício. Esses e outros inúmeros artistas são exemplos disso. Se você está passando por uma situação parecida, procure ajuda e acredite que você também pode superar seus vícios!

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