Música

Geezer Butler diz que Ronnie James Dio "roubou" os chifrinhos do Metal

Creditado como "criador" dos famosos chifrinhos do Metal, Ronnie James Dio teria roubado o símbolo do baixista do Black Sabbath, Geezer Butler. Entenda.

Autobiografia de Ronnie James Dio ganha data de lançamento
Divulgação / Permuted Press

O uso do famoso sinal dos chifrinhos para representar o Heavy Metal é abertamente creditado a Ronnie James Dio, vocalista do Black Sabbath — apesar de Gene Simmons, do KISS, já ter até tentado patentear o símbolo como criação sua.

Acontece que, na verdade, o criador teria sido John Lennon. Isso é o que diz o baixista do Sabbath, Geezer Butler, que falou sobre o tema em uma entrevista recente com Eddie Trunk em seu programa de rádio (via Blabbermouth).

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Por lá, ele explicou que Dio o viu fazendo o sinal durante uma performance e resolveu adotá-lo para ter sua própria identidade ao invés de copiar o “paz e amor” de Ozzy Osbourne. Além disso, revelou a participação de Lennon e a inspiração em Aleister Crowley:

Eu fazia aquele sinal desde — eu tenho fotos fazendo isso desde 1971. E eu sempre fazia na parte quebrada da música ‘Black Sabbath’ — logo antes de ir pra parte rápida no final, eu fazia esse sinal para o público. E nos primeiros shows da turnê ‘Heaven and Hell’, o Ronnie dizia, ‘Quando eu vou ao palco, todo mundo está fazendo o sinal de paz e amor pra mim, e isso é uma coisa do Ozzy. Eu sinto que eu deveria fazer algo de volta pra eles.’ Ele dizia, ‘Qual é aquele sinal que você faz em ‘Black Sabbath’?’ E aí eu lhe mostrei o sinal dos chifres do demônio. E ele começou a fazê-lo a partir de então e o tornou famoso.

Eu realmente não achava um problema tão grande. Como eu disse, eu tenho fotos minhas fazendo [o sinal] em 1971. E era só uma alternativa aos sinais de paz e amor do Ozzy, eu estava fazendo aquilo. E se você olhar para a capa do disco ‘Yellow Submarine’ [dos Beatles], o personagem cartunizado do John Lennon está fazendo isso, em 1966 ou sei lá quando. Então é um sinal antigo. Eu só o fazia por conta do [ocultista] Aleister Crowley, que costumava fazê-lo.

Existem várias coisas que ele pegou de mim que ele dizia ter sido o criador. Mas ele tornou aquelas coisas famosas, então eu não ligava. O título do disco [do Dio] ‘Sacred Heart’; é onde eu estudava. E ele chamou uma de suas músicas de ‘One Foot in the Grave’. Eu disse brincando [uma vez], ‘Nós deveríamos chamar o álbum de ‘One Foot in the Grave’.’ E aí quando ele saiu [do Sabbath], ele deu esse nome para uma de suas músicas. Ele era bem safado com essas coisas. E quando eu fazia autógrafos, eu escrevia ‘Magic’. Então o Ronnie começou a escrever ‘Magic’ também. Na verdade, ele chamou o seu álbum de ‘Magica’. Ele era bem safado com essas coisas.

Questionado se já havia confrontado Ronnie sobre isso, uma vez que pelo menos quanto aos chifrinhos o vocalista abertamente aceitava o crédito (inclusive contando uma história sobre como o sinal era feito por sua vó para espantar maus olhados), Butler respondeu:

Nada. Só sobre o sinal do chifre do diabo.

Geezer Butler, Ronnie James Dio e os chifrinhos do Metal

Logo depois que a entrevista foi ao ar, Trunk usou seu Twitter para compartilhar uma foto de Geezer em 1971 fazendo, de fato, o icônico sinal. Em resposta à publicação do radialista, o baixista comentou esclarecendo a situação:

Só para esclarecer… eu não disse que eu inventei o sinal dos ‘chifres do diabo’, eu sempre usava na música ‘Black Sabbath’. Eu simplesmente compartilhei um momento que eu e Ronnie tivemos no palco. Ronnie o tornou famoso, e sempre será associado a ele, independente do que qualquer outra pessoa diga.

Além disso, eu não quero que as pessoas pensem que eu estava xingando o Ronnie de qualquer maneira. Ele era um dos meus melhores amigos da vida, e eu sempre irei sentir falta dele e de nossa amizade.

Tudo resolvido, então! Abaixo, você pode ver as postagens — incluindo a foto de Geezer e a capa de Yellow Submarine.

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