Resenha: WandaVision é um ótimo início de jornada para a Marvel na TV

WandaVision é a primeira minissérie da Marvel no Disney+ surpreende e dá as cartas de como será a integração entre cinema e TV no estúdio.

WandaVision
Foto: Divulgação

WandaVision chegou ao fim e já foi possível entender pelo menos as primeiras intenções de como a Marvel vai fazer essa integração entre as produções do cinema e da TV.

A primeira minissérie do estúdio para o serviço de streaming Disney+ foi concluída fechando os próprios arcos de forma satisfatória, mas deixando algumas dicas do que esperar do universo compartilhado.

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O progresso na primeira parte da temporada foi algo surpreendente, atribuindo a cada episódio as características das séries de TV de uma década diferente.

Apesar de parecer um capricho estético para fazer graça com o novo formato episódico, esta escolha foi muito boa para o desenvolvimento dos personagens e para a imersão do espectador. Além disso, ela foi justificada lá na frente e se mostrou importante para a formação da própria Wanda.

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A fórmula Marvel

WandaVision pode ter feito algumas pessoas se esquecerem de que a tal “fórmula Marvel” para filmes de super-herói já estava ficando saturada até pouco tempo atrás – especialmente histórias de origem.

Esse sentimento ficou um pouco de lado por dois motivos: passamos mais de um ano sem lançamentos do estúdio por causa da pandemia de covid-19 e o lançamento do Disney+, por si só, já atraiu muita expectativa para a plataforma.

A série, no entanto, agradou não apenas por não parecer um grande filme dividido em nove episódios, mas por preservar as características do universo compartilhado de forma criativa.

Wanda e Visão tiveram arcos próprios que foram solucionados dentro da própria temporada, com processo de apresentação, auto descoberta, negação, enfrentamento e, finalmente, uma conclusão. Mas, além disso, essas jornadas se conectam diretamente com outros conceitos do Universo Cinemático da Marvel como um todo e, o mais importante, sem entregar tudo de uma vez – a tal da fórmula.

São apenas sugestões, dicas. O suficiente para fomentar teorias por toda a internet até o próximo lançamento.

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Vale ou não vale?

Claro que nem tudo são flores. WandaVision tem alguns problemas. Como os episódios são curtos e a proposta era apresentar todo aquele contexto antes de chegar aos finalmentes, a segunda metade da temporada pareceu acelerada demais em comparação com a primeira.

A revelação da grande vilã, Agatha Harkness, também ficou muito encostada no final da temporada, resultando em um descompasso no ritmo. Culpa, provavelmente, do excesso de episódios. Em menor quantidade e com uma duração razoavelmente maior para cada um deles, a história poderia ser contada mais tranquilamente.

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O saldo, no fim das contas, é positivo.

Fomos surpreendidos com uma história de origem de qualidade.

O universo Marvel na TV parece que vai oferecer mais espaço para que as atuações individuais se destaquem – Elizabeth Olsen e Paul Bettany que o digam –, personagens que não tiveram muito espaço nos filmes podem finalmente brilhar.

E, principalmente, as conexões entre os arcos do MCU podem ficar mais naturais com o aumento na quantidade de produções.

Se houve alguma decepção com o final de WandaVision, não é culpa nem da série nem do público. O formato de lançamento com um episódio por semana propicia a criação de centenas de teorias (Mephisto, Pesadelo, Doutor Estranho, etc), mas a série em si não entregou nada de inferior ao que veio prometendo desde o início.

Coerente e divertida, WandaVision foi um ótimo pontapé inicial para a Marvel na TV.

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