Em mais uma amostra de quão desesperadora é a situação do nosso país, o ex-ator de Malhação e atual Secretário de Cultura Mario Frias fez uma série de postagens de péssimo gosto sobre a pandemia da COVID-19.
Primeiramente, em publicação na noite de quinta-feira (11), ele compartilhou uma cena do longa A Lista de Schindler que mostra judeus se livrando dos campos de concentração do nazismo por alegarem que são “trabalhadores essenciais”, em uma tentativa de comparar o Holocausto com o lockdown que vivemos atualmente.
O perfil oficial do Museu do Holocausto acabou respondendo à fala de Frias, citando uma “paródia agressiva” que ofende sobreviventes e descendentes. Em seguida, o secretário tentou se explicar e — na resposta que teve até erro crasso de português ao escrever “trecho” com x ao invés de ch — acabou só piorando a situação, principalmente depois de rebater o jornalista Daniel Rittner que relembrou o tratamento do tema durante a passagem de uma comitiva brasileira por Israel.
Você pode ver prints das interações (via Fórum) ao final da matéria.
Mario Frias diz que pandemia surgiu para “derrubar governo”
Na manhã desta sexta-feira (12), o secretário voltou a usar o Twitter para falar sobre a pandemia de maneira desinformada e claramente enviesada.
Ele compartilhou um texto chamado “a verdade em um parágrafo único” que passa por inúmeros absurdos sem qualquer fundamentação, inclusive afirmando que “o vírus de baixíssima letalidade” tem tido números inflados por conta de atestados forjados e por “prefeitos e governadores” que querem prejudicar a população para promover “a queda de um governo conservador e honesto” uma vez que “comungam da mesma fé esquerdista”.
Vale ressaltar que já são mais de 2,6 milhões de mortes por conta do tal “vírus de baixíssima letalidade” ao redor do mundo, com o Brasil ocupando a segunda colocação em número absoluto com quase 273 mil mortes (apenas EUA estão à frente, com mais de 530 mil).
Você pode ver essa publicação cheia de desinformação abaixo, também através de print da Fórum uma vez que o secretário apagou todos os Tweets em questão.