Música

As 10 maiores teorias da conspiração do mundo da música

Elas incomodam, nos fazem rir, nos deixam bravos e nos entretêm: conheça as 10 maiores teorias da conspiração do mundo da música, com explicações!

Paul McCartney e Faul

Celebridades são sempre rodeadas por mistérios. No mundo da música, em especial, fãs e apreciadores da arte passam horas e horas tentando entender como as coisas acontecem e quais são os segredos por trás do sucesso.

É justamente daí que surgem as inúmeras teorias da conspiração que permeiam esse mundo, das mais absurdas às mais razoáveis. Ao mesmo tempo que levá-las muito a sério não é lá recomendado, não dá para dizer que não é divertido acompanhar o raciocínio de quem jura por tudo que Elvis Presley está vivo e escondido.

Justamente para entreter esses pensamentos, resolvemos separar 10 teorias (algumas já conhecidas, outras nem tanto) que envolvem ícones da música. Será que alguma delas tem um fundinho de verdade? Confira a seguir!

Lemmy Kilmister e Jay-Z seriam “Illuminati”

Não é de hoje que o Rock and Roll é associado com pactos, satanismo e coisas do tipo, e não é de hoje que Lemmy Kilmister é associado ao gênero logo de cara. Sendo assim, demorou mas aconteceu.

Depois da morte do líder do Motörhead, uma pessoa que seria supostamente ligada ao grupo conhecido como “Illuminati” falou ao Daily Star que o vocalista e baixista fez o “pacto final”, vendendo sua alma ao diabo para ter fama e dinheiro e tendo que finalmente pagar a conta em 2015. A teoria diz que ele estaria escondido até hoje em propriedades da seita.

Por outro lado, Jay-Z teria uma ligação menos “religiosa”, por assim dizer, com a instituição. O ícone do Rap fez algumas alusões aos símbolos do culto durante sua carreira e isso foi suficiente para surgirem diversas teorias de que o cara faz parte da organização — algo que ele já negou e tentou desmentir em músicas como “Free Mason” mas, ao mesmo tempo, fomentou em outras como “Holy Grail”.

É sempre bom lembrar que os Illuminati não têm qualquer ligação comprovada com o satanismo, sendo mais uma espécie de sociedade secreta que começou como rival da maçonaria e tinha a intenção de obter uma influência forte em todo o mundo. Há aqueles que acreditam que o grupo “todo-poderoso” controla a economia mundial até hoje, mas obviamente não há qualquer comprovação disso.

https://www.youtube.com/watch?v=wROzz-CGYY4

Gravadoras lucram com rappers presos por serem acionistas de prisões

Infelizmente, uma das teorias mais populares dessa lista é uma das mais tristes. Existe um rumor de que, em 1991, um encontro secreto aconteceu entre representantes da indústria musical que tinham investido em prisões, uma vez que alguns centros de detenção nos EUA são privatizados.

Na reunião, esses empresários decidiram se aproveitar da popularidade do gangsta Rap para “promover o crime” e, portanto, aumentar o encarceramento e gerar mais lucros para seus novos negócios.

Acontece que isso está longe de ser verdade, uma vez que fatores como o racismo estrutural e o preconceito contra comunidades marginalizadas de forma geral já são muito “eficientes”, por falta de uma palavra melhor, em aumentar o lucro desse negócio que definitivamente não deveria ser tratado dessa forma.

Ainda assim, não seria de se espantar se alguma influência existisse entre essas indústrias…

Supertramp “previu” o 11 de Setembro

Supertramp - Breakfast In America

Quem conhece o Supertramp provavelmente já ouviu o disco Breakfast in America, que abriga o grande sucesso “The Logical Song”. De relance, não parece ter nada errado com a capa do álbum — mas, para algumas pessoas, ela mostra que o grupo foi capaz de prever os acontecimentos de 11 de Setembro nos EUA lá em 1979.

Como podemos ver, a capa de fato mostra a cidade de Nova York vista da janela de um avião. Até aí tudo bem, mas as teorias vão (muito) além: em primeiro lugar, fala-se que as letras “U” e “P” da logo da banda, quando espelhadas, formam um 911 (número de emergência do país e também data do ataque no formato dos EUA; veja logo abaixo) acima das torres gêmeas, além da contracapa do disco que mostra um avião indo em direção à Estátua da Liberdade.

Tudo até então pode ser considerado como coincidência, mas uma série de fatores como ligações à maçonaria, o nome da banda (“Super Tramp” é um termo em inglês para a Prostituta da Babilônia, parte do Velho Testamento bíblico) e até o título do disco (que se traduz para “Café da Manhã na América” e é associado ao fato do atentado ter ocorrido pela manhã) mostram quanto essas teorias podem passar do limite do razoável.

Capa do Supertramp invertida

Suge Knight foi responsável pelas mortes de Tupac, Biggie e Eazy-E

Se você curte Rap, provavelmente já ouviu falar de Suge Knight. Associado à Death Row Records, o cara foi um verdadeiro ímã de polêmicas por anos e construiu um império do gênero com artistas como Tupac Shakur Snoop Dogg no seu catálogo — mas pagou um preço caro por isso, já que acabou sendo preso por suas táticas que envolviam usar membros de gangues e outras práticas não exatamente convencionais.

É natural, portanto, que Suge tenha sido objeto de interesse de conspiracionistas. Com tanto poder e envolvido com tanta gente perigosa, as mortes que aconteceram ao seu redor passam a não parecer coincidência — e a primeira vítima teria sido o rapper Eazy-E, que faleceu em 1995 depois de um diagnóstico repentino e fatal de AIDS.

De acordo com as teorias, Suge teria ordenado o assassinato de Eazy depois do fim de uma parceria histórica com Dr. Dre que culminou com um questionamento do status “gangster” de Dre. Depois, a próxima vítima teria sido Tupac: o rapper estaria pensando em sair da Death Row Records por estar cansado da associação ao crime e, para evitar isso, Knight teria pedido sua morte, algo que seria “confirmado” na introdução do disco póstumo do projeto Makaveli — os que acreditam nessa história afirmam que ele fala “Suge shot me” (“Suge atirou em mim”) no começo da canção.

Por fim, a teoria aponta para a morte de The Notorious B.I.G. como o “acerto de contas final”. A ideia teria sido matar o rapper que representava a Costa Leste e finalizar de uma vez por todas a treta entre os dois lados dos EUA (já que Tupac representava a Costa Oeste) para aumentar a margem de lucro de sua gravadora.

Suge Knight

Stevie Wonder não é cego

Stevie Wonder é conhecido por seu bom humor, além do seu talento sobre-humano na música. Por conta disso, muita gente acredita que o cara na verdade não é cego e está há décadas pregando peças na humanidade com sua história de que um nascimento prematuro teria tirado a sua visão.

Para justificar essa teoria, algumas pessoas apontam para situações como o fato de que ele sempre vai a jogos de basquete e fica na primeira fileira e os ótimos conceitos visuais de suas capas e clipes. O mais chamativo, no entanto, foi uma ocasião em que Paul McCartney derrubou um suporte de microfone e Wonder rapidamente mostrou reflexo ao segurá-lo durante uma apresentação.

Você pode ver o vídeo disso abaixo e tirar suas próprias conclusões…

Xuxa e seu “pacto com o diabo”

Sem dúvidas a teoria da conspiração mais falada no Brasil é a dos supostos pactos com o demônio de Xuxa. Isso surgiu há décadas, em grande parte por conta do sucesso sem precedentes da cantora com as crianças, e na época surgiram até depoimentos de pessoas que se diziam ex-satanistas “confirmando” os boatos.

As principais acusações, como muitos já sabem, era de que músicas como “Ilariê” traziam mensagens de adoração ao diabo quando tocadas ao contrário. Além disso, também apareciam rumores sobre o fato de ela sempre se referir a Deus ou Jesus Cristo como “o cara lá de cima” — para os que acreditam nas teorias, ela não podia falar o nome por conta do pacto.

Demorou, mas ela finalmente falou sobre essas acusações em uma entrevista de 2016 com Felipe Neto. Xuxa brincou dizendo que as pessoas “têm que ouvir [as músicas] do lado certo e não ao contrário”, e ainda exaltou o ícone religioso por tudo que conquistou, dizendo que “se tenho tudo isso foi Deus que me deus, não o cara que eles dizem morar lá embaixo”.

A CIA escreveu o maior hit do Scorpions

Você provavelmente já ouviu “Wind of Change”, grande hit da banda alemã Scorpions que mexe com as emoções de muita gente. Talvez você não tenha prestado atenção na letra, mas ela faz referência à queda da União Soviética e ao fim da Guerra Fria, muito por conta das origens do grupo na Alemanha Ocidental.

Ou pelo menos é isso que a CIA quer que você acredite, de acordo com o jornalista premiado Patrick Radden Keefe. Pois é! Talvez essa seja a teoria mais fundamentada por aqui, e o jornalista dos EUA explicou ao The Guardian algum tempo atrás como a canção era uma propaganda do governo para acelerar a queda do socialismo:

Os oficiais soviéticos estavam nervosos há tempos acerca da liberdade de expressão que o Rock representava, e como ela poderia afetar a juventude soviética. A CIA via o Rock como uma arma cultural na Guerra Fria. ‘Wind of Change’ foi lançada um ano depois da queda do Muro de Berlim e se transformou nesse hino para o fim do comunismo e a reunificação da Alemanha. Ela tinha essa mensagem leve de poder que o serviço de inteligência queria promover.

Por outro lado, o vocalista Klaus Meine deixa bem claro que isso é “fake news”, mas revela que achou a teoria “bem divertida” a ponto de lhe fazer “cair na risada”. Será?!

Paul McCartney morreu em 1966

Claro que não poderia faltar a famosa teoria de que Paul McCartney morreu e foi substituído.

Para quem não é familiarizado, uma explicação rápida: o rumor de que Paul teria falecido em um acidente de carro começou a ser espalhado por DJs das rádios dos EUA em 1966. Os caras também falavam que o “papel” começou a ser ocupado por William Campbell Shears, um anglo-escocês nascido em 1943 que ganhou um concurso de sósias do baixista e segue vivo até hoje.

Alguns dizem que a ideia teria sido ajudar os Beatles a manterem sua fama, e outros apontam até para essa situação como fundamental para o fim da banda poucos anos depois. Diversas justificativas são apontadas pelos que acreditam na teoria, a grande maioria provavelmente decorrente de uma imaginação muito criativa e talvez uma ou outra droga por aí.

Entre as mais notáveis estão as referências em músicas e capas, como em “Strawberry Fields Forever” onde John Lennon supostamente falava “I buried Paul” (“Eu enterrei o Paul”), algo que ele eventualmente desmentiu (ele falava “Cranberry Sauce”, ou “molho de cranberry”). Mas as análises dos fãs foram muito, muito, muito além e não dá nem pra começar a resumir todas as teorias e sinais que supostamente apontam para a morte de Paul.

Se você quiser assumir a verdade dessa teoria, a gente fez uma matéria sobre como seria uma comparação das obras dos “dois” Pauls. Confira por aqui!

Paul McCartney e Faul

“Stairway to Heaven” tem mensagens satanistas

Considerada uma das músicas mais belas da história, “Stairway to Heaven” está recheada de mensagens satanistas. Bom, pelo menos de acordo com o pastor de televisão Paul Crouch em uma fala de 1982.

O religioso dizia que, tocada ao contrário, a canção do Led Zeppelin tinha letras que falavam coisas como “Esta é para o meu doce Satã/Aquele cujo pequeno caminho me deixaria triste, cujo poder é Satã/Ele vai dar àqueles com ele 666/Havia uma pequena casa de ferramentas onde ele nos fez sofrer, triste Satã” — ou, no original, “Here’s to my sweet Satan/The one whose little path would make me sad, whose power in Satan/He will give those with him 666/There was a little toolshed where he made us suffer, sad Satan”.

Você pode fazer o teste por aí mas… forçado, hein?

Baterista do System of a Down foi criado por um computador

Essa é mais recente e leva em conta alguns acontecimentos dos últimos tempos. Pra começar, é preciso relembrar do clipe de “Chop Suey!”; em uma análise publicada há alguns meses, um YouTuber aponta para o quão estranho John Dolmayan parece em meio aos outros membros da banda, citando inclusive diversos comentários que dizem o mesmo.

De fato, ele parece “artificial”, como se tivesse sido inserido por computador. Naturalmente, registros mostram que ele esteve lá na gravação e é aí que a conspiração vai longe: meio brincando, meio sério, o cara afirma que John é um robô criado para fortalecer a narrativa de Donald Trump (mesmo tendo se tornado famoso décadas antes do empresário virar presidente dos EUA).

Ainda no tom “brincando mas nem tanto”, o autor do vídeo (disponível abaixo em inglês) mostra cenas de Daron Malakian falando que “odeia coisas que não são humanas” durante um show; na filmagem de bastidores dessa mesma apresentação, Daron diz que “odeia” Dolmayan.

Em outra performance, os outros três membros estão encharcados de suor enquanto John aparece sem qualquer marca de esforço. Para fechar com chave de ouro, o cara relembra uma entrevista em que John disse que “não gosta de ser um robô” e, por isso, sai do tempo algumas vezes tocando ao vivo — exceto pelo fato de que não há registros dele saindo do tempo.

Será?