Março chegou e 2021 segue nos presenteando com ótimos discos para aliviar o caos social e político que, infelizmente, continua tomando conta de boa parte do mundo.
Nesta última sexta-feira do mês, chegou a hora de voltarmos para a nossa lista mensal de lançamentos de discos nacionais e internacionais que já virou tradição aqui no TMDQA!. Dessa vez, são 21 álbuns para embalar seus próximos dias!
A nossa seleção está recheada de ótimos nomes e lançamentos. O retorno triunfal do Evanescence é um dos destaques, junto a novos trabalhos de artistas consagrados como A Day to Remember, Kings of Leon, Lana Del Rey e muito mais. Além disso, há algumas jovens promessas chegando com tudo, como 24kGoldn e Noga Erez.
Por fim, impossível não destacar a ótima safra de discos nacionais, que também vem forte no mês com álbuns de Djonga, Ego Kill Talent e mais.
Divirta-se e aproveite também para começar a acompanhar o Podcast Tenho Mais Discos Que Amigos!. Por lá, toda sexta-feira, falamos sobre os assuntos mais comentados da semana e os principais lançamentos do dia!
Ah, e na playlist do TMDQA!, disponível abaixo, você acompanha a inclusão de novos sons diariamente!
24kGoldn – El Dorado
Depois de explodir com o hit “Mood”, parceria com iann dior, o jovem 24kGoldn divulgou nesta sexta-feira (26) seu novo disco El Dorado, que expande a sonoridade que lhe levou ao topo das paradas.
Com direito a feats de outros grandes nomes como Future, DaBaby e Swae Lee, o álbum mostra que o promissor rapper chegou pra ficar nessa vertente mais radiofônica do Rap.
A Day to Remember – You’re Welcome
Depois de muita espera, o novo disco do A Day to Remember chegou e entregou o que prometeu.
Impulsionado fortemente pelos ótimos singles, como “Mindreader” e “Resentment”, o trabalho tem várias canções que entram imediatamente como clássicos da banda que hoje em dia entendeu como transitar perfeitamente entre elementos do Metalcore e do Pop/Pop Punk.
Adult Mom – Driver
Sem lançar disco desde o ótimo Soft Spots, de 2017, a excelente Adult Mom voltou com tudo em Driver. O álbum é uma expansão da sonoridade Indie Pop que a consagrou e é simplesmente perfeito para um fim de tarde em algum gramado por aí.
O grande destaque fica por conta do single “Berlin”, mas o uso de elementos eletrônicos em outras faixas como “Sober” e “Breathing” também é digno de elogios, bem como a forte presença da guitarra em outras como “Adam”. Sem dúvidas vale dedicar alguns minutos!
Blu DeTiger – How Did We Get Here?
Famosa nas redes sociais, Blu DeTiger já teve suas habilidades como baixista e vocalista reconhecidas por inúmeros nomes da música. Agora, chegou a vez do grande público se impressionar com suas composições originais, que integram o curtíssimo How Did We Get Here?, com apenas 18 minutos e alguns segundos de duração.
Ainda assim, o álbum tem o ótimo single “Figure It Out” e traz novidades como “disco banger but you’re crying in the bathroom”, que é possivelmente a melhor música do trabalho — com uma belíssima linha de baixo, é claro.
Chevelle – NIRATIAS
Figurinha carimbada do Nu Metal, o Chevelle está entre aquelas poucas bandas que sobreviveram aos altos e baixos do gênero sem perder sua identidade. Os caras seguem trilhando o mesmo caminho de sucesso em NIRATIAS, nono disco de estúdio que vem promovido pelo excelente single “Self Destructor”, que já entrou no rol das favoritas dos fãs.
Além disso, ótimas faixas como “Remember When” e “Peach” são ótimas para atiçar a nostalgia de quem viveu os anos de ouro do gênero, enquanto outras como “Ghost and Razor” trazem uma sonoridade relativamente nova, lembrando algo que o TOOL faria em uma pegada bem interessante.
Death From Above 1979 – Is 4 Lovers
Depois de um longo hiato entre seu primeiro e segundo discos, o Death From Above 1979 tem mantido suas atividades bem movimentadas. Infelizmente, Outrage! Is Now (2017) não foi um tiro certo (apesar de ser comercialmente muito bem-sucedido) mas, agora, a dupla que se limita a usar baixo, bateria e voz acertou em cheio com Is 4 Lovers.
Sem dúvidas, o trabalho é o melhor desde a estreia em 2004 e traz os elementos dançantes mesclados com Punk e Noise Rock que consagraram a dupla há quase duas décadas — o timbre de baixo distorcidíssimo que abre o disco em “Modern Guy” é um ótimo cartão de visita para o que eles entregam na obra, que tem como grande destaque o excelente single “One + One”.
Djonga – NU
Todo mundo já sabe que Março é mês de Djonga e 2021 não decepcionou, com o rapper mineiro entregando mais um discão em NU.
A abertura do disco, “Nós”, acaba sendo o grande destaque do trabalho que vem pesadão e unindo elementos do Rap mais tradicional com samples extremamente bem escolhidos, como fica claro em “Ricô”. Isso tudo, é claro, em meio a letras recheadas de mensagens fortes e necessárias.
Ego Kill Talent – The Dance Between Extremes
Grande nome do Rock nacional e inclusive já bastante conhecida no exterior, a Ego Kill Talent crava seu nome como realidade do gênero ao divulgar o aguardado The Dance Between Extremes.
Alguns singles, como “The Call” e “NOW!”, já mostravam o que vinha por aí e deixaram os fãs empolgados há meses. Agora, o disco completo entrega o que prometeu e faixas como “Our Song” e “Starving Drones (A Dinner Talk)” mostram ainda mais lados que a banda consegue explorar com maestria. Estamos prontos para um showzasso quando a pandemia acabar, hein?
Evanescence – The Bitter Truth
A espera por um novo disco do Evanescence foi longa — ainda mais se não contarmos Synthesis como um álbum de inéditas — mas extremamente recompensadora para os fãs da banda.
Desde o primeiro momento, é possível perceber o cuidado que a banda teve com The Bitter Truth e logo em seguida, com “Broken Pieces Shine”, fica claro também que o grupo estava com saudade de pesar a mão.
Isso não é surpresa para quem vinha acompanhando o lançamento dos singles, já que faixas como “The Game Is Over” e “Wasted on You” deixavam claríssimo que esse disco iria atender todas as expectativas. Mais ainda, outros como “Yeah Right” eram uma amostra do que Amy Lee e companhia vinham experimentando, e vale a pena viajar pelo álbum na íntegra.
Jon Batiste – WE ARE
O trabalho de Jon Batiste ficou muito aclamado por sua participação na trilha sonora de Soul, mas o fato é que o artista também nos entregou em Março um disco absolutamente fantástico que é melhor descrito como Neo Soul, por falta de um termo melhor.
Ainda assim, reduzi-lo a isso é um pecado: com influências do Jazz, do Rock das antigas, do Pop e do Rap, WE ARE é uma obra-prima e promete te despertar fortes emoções — desde a vontade de dançar com “I NEED YOU” até a necessidade de reflexão com a profunda “CRY”.
Justin Bieber – Justice
Faz algum tempo que Justin Bieber não consegue atingir o mesmo sucesso de sua era Purpose, mas o cantor ainda tem bastante a entregar e mostrou isso em Justice. O importante é alinhar as expectativas e entender que o novo álbum é um bom exemplo do talento Pop de Justin — mas não o melhor.
Ainda assim, Justice veio cheio de polêmica por ter sido recheado de mensagens de justiça social (como a presença de um discurso de Martin Luther King) enquanto as letras, na verdade, não fogem do padrão de sua carreira. De todo jeito, vale para quem busca um Pop agradável!
Kings of Leon – When You See Yourself
O novo trabalho do Kings of Leon é um daqueles que pode ser tudo que você esperava ou uma grande decepção.
Se você ainda acha que a banda vai trazer elementos novos a cada disco, como fez lá atrás com Only by the Night, é melhor tirar o cavalinho da chuva; por outro lado, se você aceitou a pegada Country Alternativa que os caras abraçaram nos últimos anos, When You See Yourself é uma excelente pedida.
Os singles “The Bandit” e “100,000 People” estão de fato entre os melhores do trabalho ao lado de canções como “Time in Disguise” e “Stormy Weather”. No fim das contas, o novo disco traz sim alguns elementos novos: com uma ambientação caprichada e uma sonoridade que busca novas influências, às vezes soando como algo do Velvet Underground, pode agradar bastante com as expectativas certas.
Kota the Friend & Statik Selektah – To Kill a Sunrise
Já com seu segundo lançamento de 2021, Kota the Friend se juntou a Statik Selektah para o novo To Kill a Sunrise.
A influência do Dub é claríssima, mas a essência do Hip Hop não foi abandonada e canções como “Wolves” e “The Love” mostram uma união espetacular entre esses dois estilos que têm tanto em comum mas dificilmente são vistos juntos. Para quem curtiu o ótimo Lyrics to GO, Vol. 2, é uma ótima pedida.
Jimmy & Rats – Só Há Um Caminho a Seguir
A mensagem é clara: Só Há Um Caminho a Seguir. O novo disco de Jimmy & Rats é exatamente o que se esperaria do ex-vocalista do Matanza com sua nova banda, trazendo a tradicional voz ríspida de Jimmy com um instrumental fortemente baseado no tal “countrycore” que o consagrou.
Ainda assim, o som está mais próximo do que nunca do Punk e definitivamente vai te fazer sentir saudade da famosa roda dos shows.
Lana Del Rey – Chemtrails Over the Country Club
Em meio a polêmicas, atrasos e tantas outras ressalvas, Chemtrails Over the Country Club mostra que o potencial de Lana Del Rey como artista é realmente inquestionável.
Sucessor do aclamadíssimo Norman Fucking Rockwell!, o trabalho explora uma atmosfera delicada que une elementos do Folk e do Country com o som Alternativo tradicional da cantora, resultando em um trabalho verdadeiramente sensacional.
Noga Erez – KIDS
Diretamente de Israel, Noga Erez é uma das grandes revelações dos últimos tempos. Com um som que traz influências de todo lado, desde o Hip Hop das antigas até o Pop chiclete mais recente, a cantora recebeu muita aclamação com sua estreia, Off the Radar, em 2017.
Agora, ela retorna com KIDS mais preparada para o sucesso do que nunca, prontíssima para sair do underground e tomar as paradas de vez. Vale muito a pena conhecer e ouvir cada uma das canções, sempre cheias de detalhes e diferenças entre si.
Rico Dalasam – Dolores Dala Guardião do Alívio
Segundo disco de estúdio do ótimo Rico Dalasam, o recém-chegado Dolores Dala Guardião do Alívio compila alguns sucessos do passado recente, como “Braille”, com novos lançamentos.
Entre os destaques das novidades estão canções como “Expresso Sudamericah” e “Última Vez”, que abraçam a sonoridade já característica do músico e mostram cada vez mais familiaridade com produções complexas e ricas em detalhes.
Rob Zombie – The Lunar Injection Kool Aid Eclipse Conspiracy
Não se deixe enganar pelo nome quase cômico: o novo disco de Rob Zombie é uma pancada do começo ao fim e, como sempre, vem recheado de elementos do terror que dão às canções uma pegada horripilante.
Riffs fortes se somam a baterias groovadas que lembram o Nu Metal e combinam perfeitamente com a rasgada voz de Rob, resultando em algumas de suas melhores canções em anos recentes. Não é pra todo mundo, mas os fãs do cara e do Metal de forma geral provavelmente vão adorar.
serpentwithfeet – DEACON
Tratando o amor de forma única e extremamente representativa, serpentwithfeet volta com o que é provavelmente seu melhor trabalho até hoje em DEACON.
Sem perder o viés experimental que lhe fez se destacar de outros artistas de R&B que surgiram nos últimos anos, o músico dos EUA entrega uma sonoridade agradável e reflexiva em canções como “Same Size Shoe” e “Fellowship”.
Skegss – Rehearsal
Tem um tempo que não surgem bons novos discos de Skate Punk, mas o Skegss está aqui para provar que o estilo está vivíssimo. Em Rehearsal, os caras apostam em um som mais cru e menos psicodélico do que nos discos anteriores, remetendo às canções que ouvimos enquanto jogamos Tony Hawk’s Pro Skater.
Parecendo terem saído diretamente de uma garagem, canções como “Down to Ride” e “Bush TV” são alguns dos momentos mais notáveis do disco.
Tomahawk – Tonic Immobility
Depois de oito anos, o Tomahawk está de volta. Um dos projetos mais queridos de Mike Patton por sua forte pegada Rock/Metal com toques de experimentalismo, a banda caprichou nos mínimos detalhes em Tonic Immobility.
O nosso destaque por aqui vai para a excelente “Predators and Scavengers”, uma pedrada veloz que é contrabalanceada pela voz atmosférica de Patton. Ainda assim, no som mais tradicional (se é que podemos chamar assim) dos caras, “Dog Eat Dog” e “Business Casual” são ótimas indicações para quem curte os discos anteriores.