Paul Simon é o artista mais recente a vender todo o seu catálogo.
A Sony Music Publishing – antiga Sony/ATV – anunciou na noite desta quarta-feira (31) que a partir de agora possui todas as obras de Simon, incluindo as músicas de sua influente parceria com Art Garfunkel e seus discos como artista solo.
O presidente e CEO da SMP, Jon Platt, enalteceu o cantor ao falar sobre o novo acordo (via Digital Music News):
Paul Simon é um compositor magistral e único, cujo notável corpo de trabalho gerou uma influência duradoura em nossa cultura e consciência.
Representar suas canções indeléveis é uma honra incrível para a Sony Music Publishing, então, com enorme orgulho, dou as boas-vindas a Paul em nossa família!
Em seu trabalho na dupla Simon & Garfunkel, o artista de 79 anos de idade escreveu faixas de sucesso como “America”, “Mrs. Robinson” e “The Boxer”. Já em seus discos solo algumas músicas que marcaram sua carreira foram “Graceland”, “You Can Call Me Al” e “Still Crazy After All These Years”.
Seu último trabalho foi lançado em 2018, o disco In The Blue Light, pela Legacy Recordings da Sony Music. Sobre a venda de seus matérias, Paul declarou:
Estou satisfeito por ter a Sony Music Publishing como a guardiã de minhas músicas nas próximas décadas. Comecei minha carreira na Columbia / Sony Records e parece uma extensão natural estar trabalhando com o lado editorial também.
Vendas dos direitos autorais
O valor do acordo realizado entre a SMP e Paul Simon ainda não foi divulgado. Mas tendo como base as negociações de outros grandes artistas, o músico deve ter recebido uma ótima quantia por suas obras.
Estima-se que o Iconic Artists Group de Irving Azoff pagou entre US$ 100 milhões e US$ 200 milhões pelo controle do catálogo dos Beach Boys antes de fechar negócios com David Crosby e Linda Ronstadt que também venderam suas obras completas.
Já Bob Dylan levou US$ 300 milhões da Universal Music em troca de mais de 600 músicas de sua carreira. Outros artistas que também ganharam fortunas com as vendas de seus catálogos foram Neil Young, Steve Nicks, Lindsey Buckingham, The Killers, Lil Wayne e mais.
Segundo o DMN, a Bertelsmann Music Group e a empresa de investimentos Kohlberg Kravis Roberts anunciaram na última semana uma parceria para investimentos em Propriedade Intelectual de música. Além disso, a Liberty Media e Neil Jacobson lançaram suas próprias empresas de aquisição focadas em música.
Ao que tudo indica essa nova tendência ainda irá render por muito tempo.