O sempre ótimo Greta Van Fleet revelou no ano passado que seu segundo disco, The Battle at Garden’s Gate, foi influenciado pelos diferentes lugares que a banda passou durante três anos e meio de turnê pelo mundo. O Brasil foi um deles.
Em uma recente entrevista ao G1, o vocalista Josh Kiszka confessou que ao sair de um show no Rio de Janeiro em 2019 a banda passou perto de uma favela e todos ficaram impressionados com o local.
Eu nunca vi uma coisa assim. Foi muito diferente para mim. E aí você vê outros lugares e percebe que isso faz parte do mundo, de onde a gente vive.
O músico destacou que o grupo ficou chocado com a pobreza de alguns lugares pelos quais passou e isso refletiu nas faixas que eles irão apresentar no próximo disco.
A gente não cresceu com essa pobreza, então você processa e pensa: ‘qual é meu papel?’ Isso se traduz de um jeito natural. Você cresce espiritualmente, se interessa por ideais filosóficas e isso se traduz na arte. Essa foi a experiência.
Especificamente sobre a desigualdade social no Brasil e como isso está presente no disco, Josh aponta que após “perceber a condição menos confortável de outros pessoas e se colocar nesse lugar”, o assunto saiu de forma “muito literal em algumas faixas”.
O cantor cita a música “Tears of Rain”, em que eles discutem como certos grupos de pessoas estão buscando salvação.
Greta Van Fleet
No bate-papo com o site brasileiro, Kiszka ainda comentou sobre as comparações entre sua voz e a do lendário Robert Plant e revelou não ter medo do Rock se tornar algo do passado, já que ele acredita que é um gênero “muito flexível”.
[O Rock] Está no espírito da liberdade, da energia, que desafia as pessoas. Tem que ter uma identidade forte. E espero que a gente esteja ajudando despertar isso para permitir às pessoas recriarem e fazerem seu próprio rock.
O single mais recente liberado pelo Greta Van Fleet foi “Broken Bells”. O aguardado disco The Battle at Garden’s Gate será lançado em 16 de Abril.