A partir de agora, o racismo passa a ser considerado uma “ameaça séria” à saúde pública nos EUA.
A decisão do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) veio em meio a um comunicado que anunciava novas iniciativas do órgão para trazer igualdade de saúde, ou seja, promover a acessibilidade da saúde a minorias.
Como conta a Rolling Stone, o Centro reconheceu que o racismo “afeta negativamente a saúde mental e física de milhões de pessoas, as impedindo de obter seus maiores níveis de saúde e, consequentemente, afetando a saúde da nossa nação”.
A especialista em saúde pública e médica Camara Phyllis Jones explicou em uma entrevista de 2020, citada pela RS, que “raças não te colocam em um maior risco, o racismo te coloca em maior risco”, em referência à população negra ter sido mais atingida pela pandemia.
A ideia do CDC agora é, justamente, tentar tomar pedidas para analisar e resolver essa situação. O primeiro passo seria um estudo para avaliar como os determinantes sociais — os ambientes de moradia e trabalho — afetam a saúde dos cidadãos dos EUA, seguido por um investimento maior em “comunidades de minorias raciais e étnicas”, incluindo um programa de 300 milhões de dólares para financiar a chegada de trabalhadores comunitários da saúde nessas regiões.
Com tudo isso, o órgão espera criar uma “infraestrutura durável que vai providenciar uma base e recursos para lidar com disparidades relacionadas à COVID-19 e outras condições de saúde”. Tomara! E tomara que outros países, como o Brasil, consigam trazer iniciativas parecidas no futuro próximo.
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