Música

Dave Lombardo diz que Slayer teria sido “destruído” se Internet existisse à época da banda

Dave Lombardo, ex-Slayer, reforçou a importância de músicos serem verdadeiros e disse que sua banda teria sido "destruída" se a internet existisse na época.

Dave Lombardo, do Slayer
Foto via Wikimedia Commons

Ex-baterista do SlayerDave Lombardo tem conselhos importantes aos músicos que aspiram viver nessa indústria tão complicada.

Falando ao MoshTalks Cover Stories (via Blabbermouth), Dave relembrou os princípios da lendária banda de Metal e ressaltou a importância de se manter verdadeiro ao que você acredita, destacando o quanto isso é difícil nos dias atuais por conta da internet:

Se a internet existisse quando o Slayer lançou seu primeiríssimo álbum, nós teríamos sido destruídos. ‘Ah, o que é isso?’ […] Então, hoje, nesses dias, você tem que ir com a abordagem de como fizemos lá atrás — a gente não ligava. Nós pensávamos que era pesado; nós pensávamos que era brutal e mau. Era sombrio. Tinha um certo sentimento ali. E nos deixava felizes; tinha o nosso selo de aprovação.

O que nós ouvíamos na época criou uma barra. É, tipo, ‘Ok, precisamos fazer algo parecido com isso ou melhor.’ E nós sempre quisemos fazer algo melhor e diferente. Eu acho que, de verdade, músicos e bandas, ouçam a si mesmos. Não ouçam mais ninguém.

E outra coisa é quando as bandas sente, ‘Ah, não. Nossos fãs não vão curtir isso, porque nossos fãs só curtem quando fazemos esse estilo.’ Bom, aí não existe crescimento. Você vai ficar estagnado. Só não vai evoluir se você não se aventurar e tentar novas coisas.

Eu sinto que parte da longevidade é ser tão criativo quanto você possa ser. Tipo, por exemplo, quando o Slayer lançou o ‘Reign in Blood’, nós fizemos o exato oposto em ‘South of Heaven’. Era um pouco mais lerdo — ainda que tivesse algumas músicas rápidas, mas nós tocamos em ritmos mais lentos. Nós mudamos as coisas. E o som era um pouco diferente também. E aí o ‘Seasons [in the Abyss]’ saiu, e era diferente. Você tem que fazer isso, cara. Se não… eu sei lá.

Sábias palavras!