Juliana Linhares discute estereótipos regionais no disco "Nordeste Ficção"

O objetivo maior do disco solo de estreia de Juliana Linhares era que ele abrisse espaço para questionamentos sobre os significados de ser nordestino hoje.

Juliana Linhares discute estereótipos regionais no disco "Nordeste Ficção"
Foto: Clarice-Lissovsky / Divulgação

O que é o Nordeste? O que define um nordestino? Juliana Linhares levanta essa discussão em Nordeste Ficção, seu primeiro álbum solo.

Nascida em Natal, capital do Rio Grande do Norte, Juliana foi viver no Rio de Janeiro em 2010. Essa mudança deu a ela um lugar de observação privilegiado a respeito dos clichês com que o resto do país enxerga o Nordeste.

Observar e esmiuçar esse imaginário coletivo de nordeste profundo acabou gerando material e inspiração para a criação das canções. Marcus Preto, diretor artístico da obra, explica que o objetivo maior era que o álbum abrisse espaço para questionamentos sobre os significados de ser nordestino hoje.

Juliana Linhares – Nordeste Ficção

Após lançar a canção “Bombinha”, a artista mergulhou na leitura de “A Invenção do Nordeste e Outras Artes”, de Durval Muniz de Albuquerque Júnior. Ficou completamente instigada pelo livro. Aprofundou-se nesse universo e até chegou a conversar com o autor da obra. Esse diálogo resultou na música que batizaria este álbum.

Produzido por Elísio Freitas, o disco traz as participações de Letrux, Mestrinho e Zeca Baleiro. Além disso, conta com a regravação do clássico “Tareco e Mariola”, de Petrúcio Amorim, e compositores da nova geração como Posada, Moyseis Marques, Rafael Barbosa, Khrystal, Jessier Quirino e Caio Riscado.