Com a retomada de eventos em muitos lugares do mundo, o mês de Abril trouxe nova esperança para a cena musical e, claro, muitos discos excelentes.
Nesta última sexta-feira do mês, chegou a hora de voltarmos para a nossa lista mensal de lançamentos de discos nacionais e internacionais que já virou tradição aqui no TMDQA!. Dessa vez, são 35 álbuns para embalar seus próximos dias!
A nossa seleção está recheada de ótimos nomes e lançamentos. Tem para todos os gostos, com grandes artistas do Rap como Snoop Dogg e BROCKHAMPTON divulgando novos trabalhos e também uma presença forte do Rock, desde clássicos como Cheap Trick e The Offspring até novas revelações como o ótimo Assertion e o Dry Cleaning.
Divirta-se e aproveite também para começar a acompanhar o Podcast Tenho Mais Discos Que Amigos!. Por lá, toda sexta-feira, falamos sobre os assuntos mais comentados da semana e os principais lançamentos do dia!
Ah, e na playlist do TMDQA!, disponível abaixo, você acompanha a inclusão de novos sons diariamente!
E no canal oficial do TMDQA! no Telegram você também é avisado toda sexta-feira a respeito dos lançamentos! Inscreva-se por aqui.
Por Felipe Ernani e Tony Aiex
The Armed – ULTRAPOP
Definitivamente um dos lançamentos mais curiosos dos últimos tempos, ULTRAPOP é o quarto disco do The Armed e lança a banda de vez ao carinho do público. Com uma mistura sonora totalmente única, o som precisa ser ouvido no momento certo: com influências complexas e barulhentas que vão desde o Hardcore até o Death Metal, é sem dúvidas algo novo para experimentar.
Assertion – Intermission
Quem acompanhou a cena Emo nos anos 90 certamente se lembra de William Goldsmith, que ficou conhecido por seu trabalho no Sunny Day Real Estate e foi parar no Foo Fighters. O cara ficou afastado da música por um tempo depois disso, mas voltou com tudo no excelente disco de estreia do Assertion, uma pedida mais do que obrigatória para quem curte o som daquela época e busca por algo novo.
Birdy – Young Heart
Cinco anos depois de Beautiful Lies, a ótima Birdy está de volta para trazer um pouco de tranquilidade em meio ao caos. Young Heart é um daqueles discos que vai te deixar completamente relaxado, e colocar canções como “Second Hand News” e “Surrender” pra tocar é quase um exercício de meditação. Vale a pena tirar um tempinho da loucura do cotidiano pra isso!
BROCKHAMPTON – ROADRUNNER: NEW LIGHT, NEW MACHINE
Grande fenômeno do Rap nos últimos anos, o BROCKHAMPTON segue flertando cada vez mais com o Pop mas trouxe como novidade no seu novo disco alguns fortes elementos do Rap dos anos 90. ROADRUNNER: NEW LIGHT, NEW MACHINE é um atestado ao amadurecimento do grupo, que parece cada vez mais confiante no resultado de suas experimentações.
Cannibal Corpse – Violence Unimagined
Riffs poderosíssimos, ritmos frenéticos e vocais que te fazem tremer na alma: o novo disco do Cannibal Corpse vem sem grandes surpresas e isso não é nem de longe algo ruim. Para os fãs do Metal Extremo, Violence Unimagined é um prato cheio e repete a receita de sucesso de trabalhos anteriores, em especial com o ótimo single “Inhumane Harvest” liderando o caminho.
Cheap Trick – In Another World
Os clássicos nunca deixam de ser clássicos! Com seu Rock and Roll divertido e animado, o Cheap Trick está de volta com In Another World e se engana quem pensa que os caras estão lançando música só por lançar. A paixão pelo gênero fica clara durante o disco, que soa quase como uma ode ao Rock e à lendária carreira do Cheap Trick.
Costa Gold – AUGE
Prestes a completar 10 anos de carreira, o Costa Gold vive o que é provavelmente seu melhor momento e comemora em grande estilo com o novo disco AUGE. Além das canções já características do grupo, vale destacar a participação de grandes nomes da cena nacional como Papatinho, L7NNON, MC Rebecca e Jovem Dex.
Dawn Richard – Second Line
Cria do grupo Danity Kane, a ótima Dawn Richard mistura Pop, música eletrônica e R&B com perfeição no recém-chegado Second Line. O disco já é o 6º de sua carreira solo e mostra a cantora mais madura do que nunca, apostando também em algumas estéticas novas — se aproximando até da chamada PC Music em alguns momentos, como nas ótimas “Boomerang” e “Jacuzzi”.
Demi Lovato – Dancing with the Devil… The Art of Starting Over
Com profundo significado para Demi Lovato, o novo Dancing with the Devil… The Art of Starting Over mostra a cantora em seu momento mais íntimo e poderoso. A capacidade de refletir em um passado cheio de erros — como o de todos nós — e transformá-lo em música fica escancarada e quem ganha são os ouvintes, que agora também podem refletir com as boas letras e curtir um baita álbum de Pop.
DJ Khaled – KHALED KHALED
Another one! DJ Khaled está de volta em um dos trabalhos mais recheados de grandes nomes do ano (e talvez de todos os tempos, sejamos sinceros). Em KHALED KHALED, o produtor recebe um time que conta com H.E.R., JAY-Z, Nas, Cardi B, Lil Wayne, Justin Bieber, Post Malone, Megan Thee Stallion, Justin Timberlake, Drake e muito, muito mais. Imperdível para quem curte o Rap e o Pop!
Dropkick Murphys – Turn Up That Dial
Será que é realmente preciso falar sobre o novo disco do Dropkick Murphys? A banda já ganhou status de clássica e caminha para atingir a moral de um grupo lendário, trazendo há anos seu Punk com forte influência de música celta. Em Turn Up That Dial, os caras acertam em cheio novamente — sem grandes inovações, mas renovando o catálogo com boas músicas que serão cantadas a plenos pulmões em shows assim que a pandemia acabar.
Dry Cleaning – New Long Leg
Nova queridinha do mundo indie, a Dry Cleaning chegou com tudo em seu disco de estreia New Long Leg. Com um som que navega entre o Post-Punk e as diversas vertentes do Rock alternativo, o quarteto britânico aposta em uma pegada vanguardista tanto em suas canções quanto clipes para conquistar uma legião de fãs logo de cara.
Duda Beat – Te Amo Lá Fora
Depois do sucesso de Sinto Muito em 2018, Duda Beat poderia ter escolhido o caminho mais fácil e repetido a fórmula. No entanto, Te Amo Lá Fora faz exatamente o oposto e expõe um lado mais experimental da cantora brasileira, que brinca com ritmos e ambientações diferentes em algumas de suas melhores canções — como a ótima “Meu Pisêro”, que vai te colocar pra dançar mesmo em meio aos timbres e sons vanguardistas que aparecem por lá.
Escape the Fate – Chemical Warfare
Muitas vezes reclamamos quando uma banda faz mais do mesmo, mas às vezes é exatamente o que precisa ser feito. É o caso do Escape the Fate, que repete a fórmula de trabalhos anteriores em Chemical Warfare, disco que dificilmente entra para o catálogo de favoritos dos fãs da banda mas certamente vale o tempo gasto para quem curte o som dos caras.
Febem – JOVEM OG
Embalado pelo sucesso do excelente Running (2019), JOVEM OG renova o som de Felipe Desiderio, o FEBEM, e o estabelece de uma vez por todas na cena do Rap nacional. Com batidas sofisticadas e um flow espetacular, o rapper nem precisava de um time de convidados para ter sucesso — mas o tem de qualquer jeito, contando com participações de nomes como Djonga, Kyan e Jean Tassy. Discasso!
girl in red – if i could make it go quiet
Com elementos que vão do Pop intimista ao Punk Rock, a ótima girl in red acertou em cheio em if i could make it go quiet. O trabalho flerta com diversos gêneros diferentes e conta até com produção de FINNEAS no excelente e diferentão single “serotonin”. É uma das aquelas artistas que estão apenas começando e já mostram muito talento!
Gojira – Fortitude
Não é à toa que o Gojira foi eleito “banda da década” dentro da cena do Heavy Metal e já desponta como forte candidato para os próximos 10 anos. Com uma pegada inconfundível e usando e abusando de belas estruturas rítmicas para dar o tom de suas canções pesadas e ao mesmo tempo grudentas, o grupo francês volta com tudo em Fortitude e trouxe até protesto em nome da floresta amazônica na poderosa “Amazonia”.
Greta Van Fleet – The Battle at Garden’s Gate
Goste ou não do Greta Van Fleet, não podemos deixar de recomendar dar uma escutada no segundo disco da banda. The Battle at Garden’s Gate certamente ajuda a afastar o estigma de que os caras são apenas um “cover moderno de Led Zeppelin”, mas fica a critério do ouvinte decidir se isso é bom ou ruim.
ILoveMakonnen – My Parade
Do Rap ao Pop, passando por diversas outras vertentes no meio do caminho, My Parade é um belo exemplo da capacidade que ILoveMakonnen tem de explorar todas as suas influências da melhor forma possível. Mais conhecido por hits como “Tuesday”, o rapper não tem conseguido atingir tanta notoriedade quanto antes — o que é uma pena, visto que o novo disco sem dúvidas se destaca do restante.
Jeff Rosenstock – SKA Dream
Verdadeira instituição do Punk Rock e, mais recentemente, também do indie, o talentoso Jeff Rosenstock começou a sua carreira no Ska com a banda Arrogants Sons Of Bitches.
Longos anos depois, ele repaginou seu mais recente disco, No Dream, com traços do gênero que tanto ama e diversos convidados especiais.
Liquid Tension Experiment – LTE3
Quem acompanha o Liquid Tension Experiment ou qualquer um de seus integrantes já sabe bem o que esperar: muita técnica e virtuosidade de sobra em meio a melodias bem interessantes. LTE3 não desaponta nesse sentido e traz praticamente 2 horas (!) de música instrumental que certamente vão empolgar qualquer fã de Rock Progressivo por aí. Uma reunião marcante que vem acompanhada de um ótimo disco!
Manchester Orchestra – The Million Masks of God
Grande nome do Indie/Alternativo, o Manchester Orchestra volta em 2021 com o que é possivelmente seu disco mais belo da carreira. The Million Masks of God tem aquela pegada característica da banda comandada por Andy Hull, mas se mostra ainda mais reflexivo e profundo do que os anteriores. Definitivamente ótimo para ouvir em um momento de tranquilidade — ou quando se busca ela.
The Mars Volta – Landscape Tantrums
A coceira por um novo disco do The Mars Volta ainda não está exatamente resolvida, mas é fato que Landscape Tantrums ajuda. Apesar de serem apenas demos que fizeram parte de De-Loused in the Comatorium, as canções são bem diferentes de suas versões originais e definitivamente mostram um lado mais cru — e bem interessante — da banda.
Mick Fleetwood – Mick Fleetwood & Friends Celebrate the Music of Peter Green and the Early Years of Fleetwood Mac
Após o falecimento de Peter Green, o lendário Mick Fleetwood resolveu que já estava mais do que na hora de celebrar a obra do músico e dos primeiros anos do Fleetwood Mac. Para isso, organizou uma noite histórica com participação de nomes como David Gilmour, Kirk Hammett e Noel Gallagher, entre muitos, muitos outros. Um prato cheio para quem curte o Rock e o Blues!
Mon Laferte – SEIS
Mon Laferte é uma artista chilena que não apenas esbanja talento como luta por causas sociais bastante importantes e se envolve com a política de seu país.
Misturando pop, bolero, música alternativa e mais, em suas letras ela aborda desde questões pessoais até pautas feministas, tudo com uma imagem sempre muito forte.
MV Bill – Voando Baixo
A faixa de abertura, “Esgrima”, já dá o tom do que é o álbum (e a carreira) de MV Bill: reunindo alguns dos elogios que recebeu em rede nacional, a lenda do Rap brasileiro celebra seu legado mas também mostra que ainda tem muito a oferecer. E, como o glorioso Faustão diz em uma das gravações usadas na faixa, preste atenção na letra — mas não esqueça de curtir as ótimas batidas, que vão definitivamente agradar quem curte o Rap mais tradicional.
The Offspring – Let the Bad Times Roll
Depois de quase 10 anos, o The Offspring finalmente entregou um novo disco aos seus fãs. Let the Bad Times Roll dificilmente vai se tornar o disco favorito dos caras para qualquer um, mas é uma boa celebração de tudo que está no catálogo; há elementos que remetem a alguns dos melhores discos da carreira do Offspring e certamente o trabalho mostra que ainda vamos ouvir falar das lendas do Punk por mais algum tempo.
Origami Angel – Gami Gang
Há alguns anos muito se fala a respeito de voltas do Pop/Punk e do Emo, e parece que em 2021 isso está vindo com força total no mainstream através de nomes como Machine Gun Kelly, Willow Smith e mais.
Quem está fazendo bonito no underground é a dupla Origami Angel, que dá novas abordagens aos dois gêneros, misturando refrães incríveis com grandes riffs de guitarra e traços de outros ritmos como o hardcore e o rock alternativo.
Você muito provavelmente irá ouvir falar bastante a respeito dessa banda!
Orochi – Lobo
Sem dúvidas um dos grandes nomes do Rap nacional atualmente, Orochi se reinventa e traz o seu melhor trabalho em Lobo, seu segundo disco de estúdio. Com batidas fortes e exibindo o som único que resulta da mistura de influências nacionais e internacionais, o rapper ainda tem a ajuda de grandes nomes como Poze do Rodo e BIN para complementar a excelente obra.
Paul McCartney – McCartney III (Imagined)
Já bastante elogiado, o novo McCartney III virou objeto de exploração para alguns dos grandes músicos do planeta, que criaram versões diferentes para as faixas do trabalho mais recente de Paul McCartney. Aparecem por ali nomes como Beck, Dominic Fike, St. Vincent, Phoebe Bridgers, Damon Albarn, Josh Homme e Anderson .Paak, todos com perspectivas únicas gerando ótimas faixas.
Royal Blood – Typhoons
Dançante e eletrizante, o Royal Blood está de volta! Depois de ter muito sucesso com um som que se aproximava mais do Stoner, o duo de baixo e bateria aposta em uma sonoridade ainda cheia de distorção mas definitivamente mais malemolente. Dá pra bater cabeça, mas vai ser difícil fazer isso sem dançar pelo menos um pouquinho com o ótimo Typhoons.
Snoop Dogg – From Tha Streets 2 Tha Suites
A lenda do Rap voltou e não poderia ser mais ao seu estilo. Snoop Dogg apresentou um disco com sua assinatura por todo lado em From Tha Streets 2 Tha Suites, no qual também abre espaço para diversas participações especiais e oferece um prato cheio para qualquer fã de sua carreira.
Teenage Fanclub – Endless Arcade
Formada ao final dos Anos 80, a banda escocesa Teenage Fanclub é uma verdadeira instituição do indie e do rock alternativo e chega hoje ao seu décimo primeiro disco de estúdio, o primeiro desde a saída do cofundador Gerard Love em 2018.
While She Sleeps – SLEEPS SOCIETY
Para os fãs do Metalcore, o novo disco do While She Sleeps é uma baita pedida. O trabalho traz tudo que o gênero tem de melhor e, ainda que caia nos clichês em alguns momentos, consegue se esquivar na maioria e gerar algo bem interessante. Ajuda, também, a presença de nomes como Deryck Whibley (Sum 41) e Simon Neil (Biffy Clyro).
Zahara – PUTA
Chegando a seu sétimo disco de estúdio, a espanhola Zahara transita entre um som eletrônico alternativo e a pegada mais intimista que lhe fez estourar há algum tempo. No geral, PUTA definitivamente mostra que a cantora está sempre buscando novas influências e sabe usar sua ótima habilidade de criar melodias grudentas da melhor forma possível.