Estudo indica benefícios sociais da música, como inclusão e cooperação

Um estudo de uma universidade de Berlim apontou para os benefícios sociais da música, como maior inclusão e cooperação entre fãs da arte. Saiba mais!

Pessoas ouvindo música
Foto por Omar Medina Films via Pixabay

Ouvir música faz muito bem e isso não deve ser novidade pra ninguém, mas um estudo da Freie University de Berlim, o psicólogo musical Stefan Koelsch foi capaz de descrever alguns mecanismos objetivos através dos quais a música pode impactar nas nossas vidas sociais.

De acordo com Koelsch, as notas musicais impactam os circuitos do cérebro que estão diretamente envolvidos com conceitos como empatia, confiança e cooperação — por isso, ouvi-las torna mais fácil a nossa conexão uns com os outros.

Conforme conta a revista Greater Good, da University of California, Berkeley, é possível enxergar os benefícios da arte de quatro formas diferentes: aumento de contato, cooperação e coordenação com os outros; aumento de produção de oxitocina; aumento da capacidade de empatia e aumento da coesão cultural.

É natural que o primeiro ponto seja perceptível tanto ao ouvir música quanto ao fazê-la. Afinal de contas, performances musicais envolvem contato, cooperação e coordenação tanto entre os músicos em cima do palco quanto em relação ao público, que se junta em massa (saudades!) para ver os artistas que curte e criar experiências totalmente únicas, que jamais podem ser repetidas em casa. É só olhar para as lives e como, apesar de serem um recurso totalmente válido, jamais poderão substituir os shows presenciais.

As outras três formas também são bastante explícitas, mas vale ressaltar um dos experimentos citados no texto. Colocaram três pessoas para andar juntas ouvindo uma mesma canção e outras três fazendo o mesmo, mas sem ouvir música, e os resultados foram um baita atestado à importância inclusiva da arte.

O grupo unido pelo som criou muito mais laços entre si, apesar do pouco tempo passado junto, e chegou até a andar de forma mais sincronizada! É claro que tudo isso também tem seu lado negativo — o estudo cita a Alemanha de Hitler como exemplo disso, na qual o país se viu unido por canções de Richard Wagner que, segundo muitos, transmitiam musicalmente o ideal nazista.

Você pode ler o estudo completo de Koelsch por aqui!