Música

Israelense, Gene Simmons assina carta que pede fim de "narrativa unilateral" sobre a Palestina

Baixista do KISS e israelense de nascença, Gene Simmons assinou uma carta que pede o fim de "narrativa unilateral" sobre o conflito da Palestina. Veja.

Gene Simmons (KISS)
Foto: Reprodução/YouTube

Nascido em Israel, o baixista Gene Simmons, do KISS, foi uma das personalidades a assinar uma carta que pede o fim do conflito entre seu país natal e a Palestina.

O documento em questão também traz assinaturas de outros nomes conhecidos, como o vocalista David Draiman, do Disturbed, que também tem uma ligação forte com Israel por suas raízes no judaísmo. Seu irmão, aliás, mora no país. O cantor Michael Bublé também é outro presente, assim como a atriz Selma Blair e a apresentadora de televisão Meghan McCain.

Vale ressaltar que, apesar de pedir paz, o comunicado deixa bem claro que não enxerga a situação como uma via de mão única.

Enquanto muitos apontam uma resposta desproporcional de Israel e classificam inclusive como genocídio o que acontece no território disputado, a carta basicamente diz que os dois lados estão errados e pede o fim da tal “narrativa unilateral”.

Você pode ler o documento na íntegra com a nossa tradução abaixo.

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Carta assinada por Gene Simmons pede paz na Palestina

Nós estamos profundamente preocupados com a violência se escalonando em Israel e nos territórios palestinos. A perda de vidas e a violência são de partir o coração. Nós chamamos os líderes de todas as partes para que dêem um fim à violência, peçam por calma e trabalhem para desacelerar o conflito.

Nós também chamamos os nossos colegas e amigos na comunidade do entretenimento para que parem de publicar desinformações e narrativas unilaterais que só servem para inflamar o conflito ao invés de trazer paz.

Ainda que tenhamos opiniões diferentes no conflito, nunca é aceitável que o Hamas peça publicamente pela morte de civis, que use civis como escudos humanos e jogue mísseis indiscriminadamente em populações civis sem preocupações com quem vai morrer — árabes ou judeus.

Quando vidas estão em jogo, todos nós temos a responsabilidade de nos unir ao invés de dividir. A linguagem incendiária beneficia apenas aqueles nos extremos que não têm interesse na paz. Nossos pensamentos estão com todos os israelenses e palestinos que estão vivendo níveis inimagináveis de medo e violência, e esperamos pelo dia em que ambos os povos possam viver lado a lado em paz.