Música

Parcerias, caixão e mais: Max Cavalera fala sobre importância do Deftones em sua vida

Figuras gigantes do Rock/Metal nos anos 90, Max Cavalera e os Deftones têm uma relação pra lá de interessante e importante.

Max Cavalera com o Deftones

A cena do Metal no final dos anos 90 tinha o Sepultura como um dos grandes expoentes, e é claro que o nome de Max Cavalera se tornou referência no gênero tanto dentro quanto fora do Brasil.

Isso tudo acabou resultando em uma parceria do músico brasileiro com os Deftones na canção “Headup”, que fez parte do disco Around the Fur. A canção foi eleita recentemente por Max como uma das 10 que definem a sua carreira em um especial da Metal Hammer, e ele explicou os diversos motivos para isso:

O Dana [Wells, afilhado de Max] veio pra casa com uma fita cassette do Deftones que tinha a música ‘Bored’ uma vez, e ele a tocou pra mim e eu amei desde a primeira vez que ouvi: ‘Cara, isso é bom pra caralho!’ Então quando nós gravamos o ‘Roots’, eu ouvia o [‘Adrenaline’, disco de estreia do Deftones] dia e noite — eu estava obcecado com aquele disco. Eles vieram tocar em Phoenix, e eu acabei aprendendo ‘Engine No. 9’ e tocando no palco com eles — havia só umas 30 pessoas ali, ninguém sabia quem eles eram.

Dana era um dos melhores amigos deles e, quando ele morreu, o Chino [Moreno, vocalista do Deftones] veio ao funeral — ele foi um dos que carregou o caixão. Então quando eu recebi uma ligação deles dizendo que iriam ao estúdio e queriam fazer uma música comigo sobre o Dana, eu amei a ideia. Foi a primeira coisa que eu gravei depois de sair do Sepultura, antes até do Soulfly, então eu fui fundo na caixa de riffs e peguei um dos melhores riffs que pude encontrar — era realmente bom pra caralho. Eu fui até Seattle, onde eles estavam gravando, e o toquei para eles, e eles ficaram tipo, ‘Amamos pra caralho o riff, cara, isso é de matar’.

Eu me lembro de gravá-lo, e eu estava cantando com o Chino, e ele bateu o joelho no nariz, ele ficou com o nariz sangrando bem no meio do estúdio. Tinha sangue pra todo lado — foi fantástico, como se fosse um show. [O produtor] Terry Date ficava falando, ‘Continuem gravando!’ e tirando fotos.

Eu amo o fato de que eles colocaram uma foto do Dana no disco, e do Zyon também. E eu amo o fato de que eles ainda tocam ‘Headup’ nos shows. Eu sempre toco com eles se estou por perto. Eu até vi um vídeo do Muse tocando [a canção]. Isso me deixou de cara: esse riff chegou longe assim.

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Que relação, hein? Você pode relembrar uma dessas performances ao vivo de “Headup” pelo vídeo logo abaixo.

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